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Vader Immortal: A Star Wars VR Series – Review

Quando se fala de cultura pop na atualidade, um dos nomes que dificilmente não aparece nas rodas de conversas entre amigos é Star Wars. A franquia arrecadou bilhões ao longo dos seus mais de 40 anos de vida e até hoje permanece relevante, independente da mídia em que esteja associada. No mundo dos games tivemos excelentes títulos baseados na obra, e agora a franquia dá mais um passo no território da realidade virtual com Vader Immortal: A Star Wars VR Series, que finalmente dá as caras no PlayStation VR após ser lançado de forma episódica para o Oculus Rift no ano passado.

Os eventos de Vader Immortal: A Star Wars VR Series se passam entre os Episódios III e IV. Nós entramos na pele de um contrabandista sem nome, capitão da nave espacial Windfall, ao lado de sua carismática droide de companhia ZO-E3. Durante uma operação envolvendo mercadorias roubadas do território dos Hutts, a dupla é capturada por naves do império sob o comando do icônico Darth Vader e levada ao planeta Mustaffar. Após um breve interrogatório, o vilão revela que o protagonista é a peça-chave para encontrar um antigo artefato perdido, capaz de lhe conceder imortalidade e o leva em uma jornada às profundezas de Mustaffar.

A experiência é dividida em três capítulos distintos, que podem ser executados de forma separada dentro da tela de início do PlayStation 4. Infelizmente, isso acaba sendo um pequeno problema para aqueles que desejam progredir através da história, uma vez que é necessário fechar o jogo e executar outro aplicativo na tela de menu do PS4 para dar continuidade à campanha ou aos modos extras. Ao colocar esse pequeno empecilho de lado, temos em nossa frente uma experiência que, apesar de ser um misto de sensações, é obrigatória para quem é fã de Star Wars. É indescritível a sensação de estar frente a frente com Darth Vader, que certamente possui uma das presenças mais imponentes e ameaçadoras que já vi. Não apenas isso, mas ser capaz de usar a “força” legitimamente é algo sem igual e que fará qualquer um voltar a ser criança mais uma vez.

A história é bem escrita e adiciona camadas interessantes à vasta mitologia do universo Star Wars, ao mesmo tempo em que presta homenagem à mesma. É preciso elogiar o excelente trabalho do elenco que deu vida aos personagens do título com suas ótimas performances, sobretudo Scott Lawrence que dá voz a Darth Vader. Apesar disso, o enredo sofre por conta da curta duração do título, que dificilmente supera a marca de 3 horas de duração, impedindo uma progressão natural e coesa através da narrativa. O título não dá tempo para que as ideias apresentadas sejam desenvolvidas, o que faz com que certos eventos soem forçados ou até mesmo inverossímeis dentro do universo. Vale lembrar que o jogo não conta com dublagem ou legendas para o português do Brasil, o que é decepcionante visto que há localização para diversas línguas além do inglês como alemão, francês, italiano, espanhol, japonês e coreano.

Para aproveitar a experiência proporcionada por Vader Immortal: A Star Wars VR Series é necessário o uso obrigatório de um par de controles PlayStation Moves, que dentro do título simulam as mãos do protagonista. Pressionar os gatilhos fará com que o personagem feche suas mãos, tornando possível segurar e manipular objetos como sabres de luz. A movimentação do título é realizada por meio de teleporte e basta segurar o botão central do controle e apontar para algum lugar para irmos até o local instantaneamente, enquanto os demais botões de face são responsáveis pela rotação do personagem. Infelizmente, não há um modo de movimentação livre, porém o game oferece diferentes opções de acessibilidade interessantes, incluindo a possibilidade de jogar o game sentado, a fim de obtermos o melhor conforto possível.

A campanha em Vader Immortal: A Star Wars VR Series é linear, e na maior parte de sua duração andaremos por diversos corredores que não oferecem nenhum tipo de exploração ou recompensa, apenas acompanhando personagens e assistindo às cutscenes. Eventualmente, você será obrigado a realizar alguma ação para progredir pelo cenário, como hackear uma porta, desviar projéteis inimigos com o sabre de luz, interagir com algum objeto ou escalar alguma estrutura. Por mais que essas pequenas sessões de gameplay resgatem o espírito presente nos filmes, é impossível negar que esses trechos carecem de maior profundidade para engajar o jogador a fazer algo que seja genuinamente divertido, algo que poderia ter sido alcançado com a presença de puzzles que utilizassem as mecânicas do título. Felizmente, esses momentos intercalam-se com divertidas sessões de combate envolvendo sabres de luz, que certamente são o ponto mais alto que o jogo tem a oferecer.

O combate é relativamente simples e basta brandir o sabre de luz de qualquer forma na direção do inimigo para causar dano, enquanto que para aparar e defender golpes, é necessário observar a direção pela qual o inimigo realizará o seu ataque e então posicionar o sabre em sua trajetória. Há ainda a possibilidade de usarmos a “força” (pressionando os gatilhos do controle em certos momentos) e combiná-la com os golpes de sabre de luz para incapacitar inimigos ou arremessar objetos contra eles que, sem sombra de dúvidas, é uma das coisas mais divertidas de se fazer em Vader Immortal: A Star Wars VR Series. Infelizmente, os inimigos não oferecem muito desafio além de serem pouco variados e, com exceção dos chefes, se resumem a robôs e pequenas criaturas que habitam o planeta de Mustaffar. Mesmo os lendários Stormtroopers fazem apenas algumas aparições pontuais, não havendo confronto direto com eles, o que é uma pena. Não há nenhum tipo de violência gráfica no título e os desmembramentos ocorrem apenas em inimigos robóticos.

Além de seu modo campanha, Vader Immortal: A Star Wars VR Series ainda possui o dojô do sabre de luz, um modo repleto de desafios que testarão o nosso desempenho em combate. Cada desafio consiste em eliminar uma onda de inimigos no menor tempo possível, variando o equipamento e as condições para tal. Com base na pontuação ao longo dos desafios podemos desbloquear diferentes sabres de luz, incluindo o do próprio Darth Vader ou o icônico sabre duplo de Darth Maul, que transforma completamente a jogabilidade. Diferente do modo campanha, o dojô faz um excelente uso das mecânicas presentes no jogo, apresentando e desenvolvendo conceitos que nem sequer aparecem na história do título, criando um loop de gameplay extremamente divertido. É um modo tão bom e que se sustenta por si só e poderia ser vendido como um jogo completo na PlayStation Store.

O título apresenta gráficos excelentes com texturas bem detalhadas que abusam do poder do PlayStation 4 para dar vida aos cenários icônicos da franquia Star Wars. Assim como em Star Wars Jedi: Fallen Order, é possível iluminar o ambiente com o seu sabre de luz, um detalhe sutil, mas que só é possível por conta dos efeitos de iluminação e partículas que são muito bem implementadas. A direção de áudio e a trilha sonora do título mantêm o padrão de qualidade que conhecemos da franquia, com épicas melodias orquestrais que elevam os momentos de tensão.

Jogo analisado no PS4 padrão com código fornecido pela Disney Interactive Studios.

Winz.io

Veredito

Vader Immortal: A Star Wars VR Series é um título obrigatório para todo fã da saga Star Wars que busca uma ótima experiência relacionada ao universo da franquia. Infelizmente, como um jogo pautado no valor de sua campanha, é um título bastante curto e que faz mal uso de suas mecânicas, carecendo de desafio e de melhores formas de trabalhar os seus conceitos. Felizmente, seu dojô é bastante divertido e certamente renderá horas de diversão para aqueles que desejarem encarar os seus desafios.

75

Vader Immortal: A Star Wars VR Series

Fabricante: ILMxLAB

Plataforma: PS4

Gênero: Ação / Aventura

Distribuidora: Disney Interactive Studios

Lançamento: 31/08/2020

Dublado: Não

Legendado: Não

Troféus: Sim (sem Platina)

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Veredict

Vader Immortal: The Star Wars VR Series is a must-have title for every fan of the Star Wars saga who seeks a great experience related to the franchise universe. Unfortunately, as a game based on the value of your campaign, it is a very short title that makes poor use of its mechanics, lacking a challenge and better ways to work on its concepts. Fortunately, its dojo is quite entertaining and will certainly yield hours of fun for those who wish to face its challenges.