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Subnautica: Below Zero – Review

Um ano depois do lançamento do primeiro Subnautica, a desenvolvedora Unknown Worlds Entertainment anunciou sua sequência, que logo entrou em acesso antecipado para PC. Mais de dois anos depois, no último dia 14 de maio, Subnautica: Below Zero teve sua versão 1.0 lançada também para PS4, com o Seaworthy Update, trazendo várias correções de bugs e a história do jogo finalizada, entre outros detalhes.

No primeiro jogo da franquia, seu protagonista se depara com um planeta alienígena após uma explosão e a queda de sua nave, Aurora. Ele precisa explorar esse planeta, especialmente o fundo do mar, onde vai encontrar recursos que o ajudará a sobreviver e a escapar desse lugar desconhecido, além dos mais diversos tipos de fauna e flora. Vale dizer que o game fez parte do programa Play at Home 2021 e, junto com outros oito títulos, ficou disponível gratuitamente de 25 de março a 22 de abril.

Subnautica: Below Zero

Subnautica: Below Zero começa com nossa protagonista Robin (sim, agora temos nome!) partindo em uma capsula de sobrevivência rumo ao mesmo planeta do primeiro jogo, o 4546B. Ela cai em uma área glacial do planeta e vai investigar a morte de sua irmã, Sam. Fazendo jus ao título do jogo, agora temos que nos preocupar também com a temperatura, além das outras circunstâncias as quais os jogadores de seu predecessor já estão tão acostumados, como fome e sede.

O problema é que, pra explorar o planeta e fazer sua investigação, Robin precisará de recursos, e é nisso que todo o jogo se baseia de forma geral. No início não é possível fazer muitas coisas, já que você não tem uma reserva de oxigênio suficiente pra descer tanto no fundo do maro, e tampouco outras ferramentas necessárias para sua jornada.

Se você não jogou seu predecessor ou não tem muita experiência com esse tipo de jogo, pode ser que se perca um pouco no começo de Subnautica: Below Zero. Na sua base existe uma máquina extremamente tecnológica denominada Fabricador, que pode construir vários itens a partir de determinadas matérias primas, e te diz o que buscar pelo oceano. Uma das perguntas frequentes na minha cabeça, entretanto, foi “Mas onde diabos eu encontro isso?!”. Apesar de você saber exatamente do que precisa, onde achar esses materiais pode ser um mistério.

Subnautica: Below Zero

Não só ferramentas e acessórios, o Fabricador também pode providenciar comida e água, a partir de certos tipos de peixes, e até mesmo melhorias para algumas das coisas construídas previamente. A respeito disso, minha dica é: carregue sempre uma ou duas garrafas de água, ou pelo menos alguns Bladderfish para fabricá-las na sua base. Contudo, como nem sempre sua base vai estar perto para a fabricação de itens, as garrafas são sempre a melhor opção. Além de outros peixes, o Bladderfish também serve para preparar comida, mas sobre isso deixo um alerta: fique sempre atento à “validade” de cada peixe. Se passar muito tempo desde sua coleta, ao invés de subir seus níveis de saúde, algumas comidas podem fazer mal.

Outra coisa que atrapalha bastante em Subnautica: Below Zero, especialmente para quem está acostumado com os jogos mais genéricos de mundo aberto, é a falta de um mapa. O que você pode fazer é construir uma bússola e utilizar sinalizadores para indicar na tela a localização e a sua distância de cada um deles, mas talvez leve um tempo até se acostumar.

Subnautica: Below Zero

Além dos equipamentos acima, outros dois indispensáveis são o Digitalizador e a Faca de Sobrevivência, sem os quais não vai ser possível avançar, pois possibilitam a descoberta e coleta de novos itens para fabricação de ferramentas mais avançadas, como nadadeiras e um tanque de oxigênio. Algo, inclusive, que desde o início de Subnautica: Below Zero pode ajudar na coleta de materiais é marcar a receita apertando quadrado. Os itens necessários para a confecção do objeto serão mostrados na tela até que esse comando seja revertido, e conforme você vai adquirindo a matéria prima, os números vão sendo atualizados.

De acordo com sua evolução, itens mais específicos serão necessários, e vai ser preciso ir mais para o fundo para consegui-los. É claro que muitos deles estarão em áreas mais perigosas, com leviatãs gigantescos capazes de te matar facilmente, mas o que seria desse jogo sem um pouco de adrenalina, não é mesmo? E quem estiver jogando provavelmente gosta de viver a vida (pelo menos a virtual) perigosamente.

Subnautica: Below Zero

Para auxiliar na busca de novas matérias-primas e novas localizações em Subnautica: Below Zero, Robin contará com a ajuda do Seatruck. Ele é basicamente um minissubmarino, ao qual você pode acoplar vários módulos específicos com diferentes funções, e em alguns momentos vai ser como se fosse sua base móvel. Com os módulos corretos, você será capaz de dormir, armazenar itens e até fabricar coisas por lá, o que vai ser de grande ajuda em longas e profundas explorações.

A fabricação dos módulos e do próprio Seatruck depende da localização dos chamados fragmentos. São basicamente partes quebradas encontradas em sua maioria no fundo do mar e que, digitalizadas, adicionam dados ao seu PDA e te permitem criar estes mesmos itens. Algo similar é feito quando Robin começa a construir uma base maior, inclusive com mesas, cadeiras, cama, entre diversas outras coisas importantes (e algumas supérfluas também), sem falar em outros tipos de sala, como por exemplo o observatório.

Subnautica: Below Zero

Com isso, Subnautica: Below Zero vai evoluindo, e a história vai sendo revelada em doses homeopáticas. Como dito antes, é um game focado em harvest (coleta e construção de itens), então durante boa parte dele você vai estar a centenas de metros da superfície em busca de algo específico; ele não de deixa, contudo, fazendo apenas isso. Naturalmente (muitas vezes até de forma inesperada), pequenos avanços vão sendo feitos com certa frequência, o que torna o jogo bastante dinâmico.

Os gráficos são incríveis. Os detalhes das criaturas, tanto da flora quanto da fauna do planeta 4546B, te hipnotizam se prestar atenção e se atentar a coisas como cores, movimentos e iluminação. O título estava até poucos dias atrás em acesso antecipado, então alguns bugs visuais ainda são recorrentes, mas na minha experiência, nada que atrapalhe no decorrer da aventura de Robin.

Outra coisa que merece destaque é a trilha sonora, que inclusive está disponível. Instrumentais diferentes tocam em determinados locais, e não há nada tão reconfortante quanto sair do alcance de alguma criatura perigosa e voltar a ouvir a música característica que você normalmente escuta quando está próximo da sua base (ou até mesmo o característico “Welcome, captain” quando entra pela escotilha. Subnautica: Below Zero também é impecável no que diz respeito a outros barulhos de criaturas do oceano, que te alertam quando Robin se aproxima de locais perigosos.

Subnautica: Below Zero

Mas a parte sonora não é só isso! Sabia que dá até pra colocar uma Jukebox na sua base? Além de controlar o volume e decidir o que vai escutar, é possível também encontrar discos que liberam novas faixas que podem ser reproduzidas pela sua máquina. Legal, né?

De forma geral, Subnautica: Below Zero é muito completo e especialmente desafiador. Quando você pensa que é só isso, o jogo se expande e novas possibilidades (que talvez você nem tenha cogitado antes) são reveladas. Não é um jogo fácil, e você provavelmente vai morrer algumas (ou várias) vezes, principalmente quando estiver explorando lugares desconhecidos pela primeira vez – e não vou te enganar, vai ser muito frustrante. Mas é justamente isso que vai transformar essas conquistas em algo extremamente recompensador, e você vai querer alcançar esse sentimento outras vezes.

Falando em morrer, existem quatro diferentes modos de jogo. O mais comum é o Sobrevivência, no qual Robin precisa basicamente sobreviver enquanto investiga a morte de sua irmã, lidando com fatores como temperatura, fome e sede. O modo Livre é bastante parecido, porém nele não é necessário se preocupar com fome ou sede, e por isso acaba sendo bem mais fácil. No modo Hardcore, além de todas as coisas do modo sobrevivência, Robin só tem uma vida e também não recebe notificações do nível de oxigênio, e por isso é recomendado apenas àqueles que buscam desafios extremos.

O último modo é o Criativo, onde você poderá focar apenas em construção sem se preocupar com mais nada. Faça do Subnautica: Below Zero um “The Sims Submarino”, sem se preocupar com fome, sede, temperatura ou até mesmo oxigênio. A história também fica desativada, e não existe possibilidade de morte. Apenas relaxe e construa até não aguentar mais (o que pode ser uma boa ideia se você for marinheiro ou marinheira de primeira de viagem e quiser conhecer melhor as mecânicas do jogo).

Os controles podem se mostrar um pouco confusos às vezes, e dependendo do que estiver fazendo, você vai precisar ler a legenda dos comandos na parte inferior da tela antes de agir, evitando assim largar um item raro sem querer ou talvez até construir em excesso. Com o tempo é fácil de se acostumar, mas devido à frequente inserção de novas possibilidades no game, é interessante sempre se atentar ao máximo.

Jogo analisado no PS4 padrão com código fornecido pela Unknown Worlds Entertainment.

Winz.io

Veredito

Assim como seu antecessor, Subnautica: Below Zero diverte e entretém em cada um de seus mínimos detalhes. A história é capaz de despertar sua curiosidade e a infinidade de possibilidades faz você querer jogar mais e mais, seja construindo, explorando ou investigando. Horas a fio em frente à TV são garantidas.

90

Subnautica: Below Zero

Fabricante: Unknown Worlds Entertainment

Plataforma: PS4 / PS5

Gênero: Ação / Aventura / Sobrevivência

Distribuidora: Unknown Worlds Entertainment

Lançamento: 14/05/2021

Dublado: Não

Legendado: Sim

Troféus: Sim (inclusive Platina)

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Veredict

Like its predecessor, Subnautica: Below Zero entertains in each of its little details. The story is able to arouse your curiosity and the infinity of possibilities makes you want to play more and more, be it building, exploring or investigating. Hours in front of the TV are guaranteed.


Bruno Ribeiro
Bruno Ribeirohttps://linktr.ee/evankendal
Jornalista por formação, professor de inglês por ocupação (e por amor), e escritor já há mais de 20 anos, mas que só agora tomou vergonha na cara e resolveu se dedicar mais a essa área, publicando alguns trabalhos e escrevendo sobre jogos, uma de suas grandes paixões.