Jonathon Dornbush, do site IGN, falou com Philippe Ducharme (produtor sênior do jogo) e Roman Campos-Oriola (diretor criativo do jogo), da EA Motive, sobre o remake de Dead Space, anunciado na EA Play Live 2021 para PS5, Xbox Series e PC.
Eles falaram sobre como está sendo trabalhar no remake e oferecem muitos detalhes sobre como estão pensando no projeto, o que eles querem apresentar em comparação com o que querem manter igual, e o que podem usar de aprendizado que as sequências do jogo original fizeram corretamente e errado.
Como mencionado no trailer de revelação, o jogo está sendo construído usando a engine Frostbite da EA. O título ainda está no início do desenvolvimento, embora nenhuma data de lançamento foi citada ou quanto do game já foi produzido.
A equipe está “começando” com o nível de design do jogo original. O resto está sendo reconstruído do zero para a Frostbite ao invés de ser portado, atualizado, etc (texturas, modelos, animações, efeitos sonoros, etc.).
“Não queremos que nada o tire da experiência e não queremos nenhum corte”, explica Campos-Oriola. “[Os SSDs mais rápidos dos novos consoles significam que] não haverá nenhum carregamento. Não haverá nenhum momento em que cortaremos sua experiência, em que cortaremos sua câmera. Você pode reproduzi-lo da tela inicial até os créditos finais perfeitamente”.
“[Queríamos] ter certeza de que as melhorias que estávamos fazendo estavam dentro do DNA do que é Dead Space, e não apenas, ‘oh, podemos adicionar mais resolução de textura e mais polígonos, vamos apenas jogá-los nisso’, realmente queria transmitir essa sensação de Dead Space. A adição de efeitos volumétricos e a iluminação dinâmica dentro dessas cenas adicionam um grande elemento à atmosfera que estamos tentando transmitir”, comenta Ducharme.
“Queríamos usar os sons aos quais você está acostumado também e melhorar esses sons, e melhorar essa imersão para os sons da porta que você está ouvindo, o som da barra de saúde, o som das criaturas… estamos construindo sobre o original e recriando-o, mas nos certificamos de que seja fiel ao original e que estamos honrando o legado do jogo original”, destaca Ducharme. O áudio 3D está sendo utilizado para imersão máxima.
Sobre as mudanças na história, Campos-Oriola disse: “para nós, a base é a história do Dead Space 1. Portanto, por padrão, é isso que é canônico. Mas então há algumas melhorias que queremos fazer nessa história. E não necessariamente melhorias porque essas coisas não estavam realmente funcionando no original, mas melhorias por causa do que veio depois, e estamos tipo, ‘ah, cara, seria interessante se pudéssemos fazer referência a isso, ou se pudéssemos fazer um link para isso”.
Dornbush afirma que a equipe não está apenas olhando “o que aconteceu imediatamente em Dead Space 2” como referência, mas também o universo expandido de Dead Space (os romances, filmes, etc).
A EA Motive não planeja que o jogo tenha microtransações, ao contrário dos títulos anteriores da série (no vídeo, Ducharme diz categoricamente que sua inclusão no passado foi um erro).
A equipe está procurando refinar a jogabilidade, como “olhando para os avanços de Dead Space 2 para segmentos de gravidade zero” e Campos-Oriola também disse que está procurando “evoluir” o sistema de desmembramento do jogo de alguma forma.
A EA Motive está trabalhando com membros da comunidade a cada 2-3 semanas para testar ideias, para garantir que nada no remake interrompa a experiência ou pareça fora do lugar.
Você pode conferir a entrevista na íntegra no site IGN ou no vídeo abaixo.
