2016 foi um ano complicado, porém, para os videogames foi um ótimo ano. Além de vários lançamentos aguardados, tivemos também vários anúncios de jogos que veremos em 2017, 2018 e adiante.
Mas, como sempre, chegou aquela hora de considerarmos quais foram os jogos que mais agradaram a equipe do PSX Brasil em 2016. Vamos lá?
Melhor Jogo de PlayStation 4
“Mas espera, e Uncharted 4: A Thief’s End?”, você pergunta. A aventura final de Drake acabou ficando em segundo lugar em nossa votação interna. Portanto, apesar de não ter levado a votação geral, Drake conquistou sua posição de jogo do ano para muitos.
Da mesma forma que Uncharted 4, a campanha single-player fantástica de Doom foi mencionada na votação, além de Battlefield 1, Titanfall 2, The Last Guardian e Hitman. Overwatch também foi mencionado. Mas o jogo multiplayer da Blizzard, apesar de excelente, não foi cogitado para receber o nosso prêmio. Com a palavra, Francisco “Cotrip” Maia:
“A oferta de jogos de tiro em primeira pessoa foi robusta no ano de 2016. Ainda que a concorrência no multiplayer tenha sido forte com Battlefield 1 e Titanfall 2, Overwatch se sobressaiu na minha experiência.
Mesmo não sendo um entusiasta da Blizzard, o jogo me fascinou de imediato no Beta. Até o momento foram investidas mais de 250 horas no game, divididas entre os 23 heróis disponíveis atualmente. E é nisso que está o charme de Overwatch – cada partida proporciona uma experiência diferente, visto que os heróis possuem mecânicas singulares e as composições dos times rendem estratégias praticamente infinitas.
No entanto, Overwatch está longe de ser um multiplayer ideal e completo. Com tanto tempo investido, as falhas do FPS da Blizzard ficam mais evidentes.
Na tentativa de eliminar o lado tóxico dos jogadores e preservar o bem-estar da comunidade, diversos recursos comparativos e competitivos inexistem no jogo. Ao final de uma partida, em qualquer um dos modos presentes em Overwatch, não é possível verificar o rendimento dos membros da sua equipe, por exemplo. Usualmente uma ferramenta de propagação de ódio, o chat de texto também nunca foi implementado na versão PS4, o que acaba dificultando na comunicação entre estranhos. Leaderboards são muito limitadas também.
Por mais louvável que seja a iniciativa da Blizzard ao trazer conteúdos adicionais de forma gratuita, me decepcionei um pouco com o primeiro ano do jogo. Apenas um mapa (excluindo o Arcade) e dois heróis foram adicionados. Overwatch também sempre careceu de modos mais diversificados, mas nada foi introduzido para a categoria principal do jogo. Houve uma ênfase em conteúdos estéticos e de customização, o que não é ruim, mas o gameplay não teve novidades drásticas em relação à época de lançamento.
Por fim, uma queixa que imagino ser unânime na comunidade do PS4 – o lamentável matchmaking do jogo. Tão raro quanto ganhar uma “bolinha amarela” na lootbox é jogar o modo competitivo e encontrar times balanceados. Desconheço todos os parâmetros que a Blizzard utiliza para agrupar os jogadores, mas o modelo atual definitivamente não é o mais adequado.
Gostaria que a desenvolvedora também tratasse as versões para consoles com o mesmo carinho que ela trata a versão para PC, algo que não aconteceu no primeiro ano de vida do jogo. Apesar dos pesares, me diverti bastante com Overwatch e vislumbro um futuro promissor para o serviço da Blizzard, que só tende a melhorar em 2017″.
Escolha dos Leitores: Uncharted 4: A Thief’s End, seguido de Final Fantasy XV. Veja a enquete clicando aqui.
Melhor Jogo de PlayStation 3
Enquanto isso não acontece, o melhor jogo para o console escolhido pelo PSX Brasil foi Odin Sphere Leifthrasir. O remake do jogo de RPG e ação da Atlus foi o game mais marcante que vimos no console. Leia nossa análise (da versão de PS4, que tecnicamente é a mesma) clicando aqui.
Escolha dos Leitores: Resident Evil 0 HD Remaster, seguido de Odin Sphere Leifthrasir. Veja a enquete clicando aqui.
Melhor Jogo de PlayStation Vita
No fim, a disputa ficou entre Odin Sphere Leifthrasir e The Legend of Heroes: Trails of Cold Steel II. Mas o RPG da Falcom acabou levando desta vez. Melhor que seu antecessor em quase todos os aspectos, o game enaltece as qualidades dos RPGs da Falcom e da localização da XSEED Games. Leia nossa análise clicando aqui.
Escolha dos Leitores: World of Final Fantasy, seguido de Odin Sphere Leifthrasir. Veja a enquete clicando aqui.
Melhor DLC
Mesmo com concorrências fortes, como os DLCs de Dark Souls III, Destiny e até mesmo os episódios de Hitman, The Witcher 3 levou o prêmio de melhor DLC. Com uma expansão digna de um jogo isolado, Blood and Wine trouxe Geralt a Toussaint, a misteriosa e encantadora Terra do Vinho. Há novos personagens, um enredo muito bem desenvolvido e diversas novidades de uma maneira geral. O DLC finalizou a saga do bruxo com chave de ouro. Leia nossa análise clicando aqui.
Escolha dos Leitores: Blood and Wine (The Witcher 3: Wild Hunt), seguido de Ashes of Ariandel (Dark Souls III). Veja a enquete clicando aqui.
Melhor Jogo Indie
Em 2016 tivemos muitos jogos de nível surpreendente, como Severed, Hue, Firewatch, Darkest Dungeon, Shantae: Half-Genie Hero e outros. Porém, para nós, o melhor jogo indie acabou sendo Inside.
Produzido pela Playdead, a mesma de Limbo, Inside possui uma experiência fascinante, intensa e imersiva. Seu universo instiga a exploração, seu final choca e brinca com as noções pré-concebidas do jogador. Ainda que breve e com um replay limitado, é um jogo tão original e gratificante que provavelmente não fará o jogador questionar sobre seu valor como um produto. Leia nossa análise clicando aqui.