Melhores de PS3
O PlayStation 3 não teve um ano fácil. No ano em que seu sucessor foi lançado e que o mercado de jogos para PC e dispositivos móveis teve um forte crescimento, o PS3 teve que suar para se manter relevante. Felizmente o apoio de first- e third-parties continua forte no console, que entra no seu oitavo ano de vida com um catálogo respeitável de jogos.
2013 foi não somente o ano em que títulos de peso chegaram ao console, oriundos de desenvolvedoras renomadas como Naughty Dog, Rockstar North, Irrational Games e Crystal Dynamics, mas também o ano em que os jogos independentes deixaram de ser coadjuvantes e passaram a coprotagonizar o mercado de jogos ao lado de títulos mais tradicionais.
Seja qual for a origem do jogo, o que importa é se ele diverte você. Ele não precisa ter os gráficos mais avançados, não precisa ser um monstro com milhares de quilômetros quadrados virtuais de atividades para realizar nem deve necessariamente ser um simulador ultra-realista de algo. Videogames são entretenimento e nós não podemos nos esquecer disso.
Dentre todos os lançamentos para o PS3 em 2013, nós escolhemos os 10 que mais representam o que houve de melhor no ano para o console. Tenha em mente, como sempre, de que essa é uma lista elaborada pela nossa equipe e não necessariamente ela reflete o que estaria na sua lista pessoal. Ela serve mais como indicação do que nós gostamos e achamos que deve ser recomendado.
Ao longo da semana de 13/01 a 17/01/2014 nós revelamos dois ganhadores por dia em contagem regressiva para o campeão do ano no PS3, o jogo que nossa equipe acha que merece o maior destaque entre todos os lançamentos do ano passado.
Vamos aos premiados:
Puppeteer é um jogo infantil, com uma história infantil, mas que possui um coração e uma criatividade de ouro. A aventura do pequeno Kutaro está repleta de desafios, personagens carismáticos, ação, comédia, drama e muita criatividade e zelo dos criadores para juntar tudo isso no mesmo pacote. Foi um dos poucos jogos esse ano que completei com um grande sorriso do começo ao fim e realmente torço que mais pessoas, adultos e crianças, joguem essa joia rara do console. Puppeteer é o “Mario” do PS3, um jogo que simplesmente diverte e surpreende do começo ao fim. –
Luís Guilherme // Leia a nossa análise do jogo.
Quando a Kojima Productions anunciou que faria um spin-off de Metal Gear com Raiden, nunca se imaginou que ela pediria ajuda para a Platinum Games. Talvez isso tenha sido a decisão mais sábia que a equipe de Kojima poderia ter feito, pois agora sabemos o resultado:
Metal Gear Rising: Revengeance é um excelente jogo de ação “hack and slash” que não desapontou fãs da série ou os do próprio gênero. Claro, a história, que é a marca característica da série, pode ter sido deixada de lado aqui, mas ainda é um Metal Gear – principalmente no quesito de possuir chefes únicos e memoráveis. Além disso, MGR:R tem um aspecto técnico impecável e uma jogabilidade sensacional. Fica difícil não imaginar uma continuação para este excelente spin-off, mas que tal Raiden descansar um pouco e vermos
aquele jogo com Gray Fox que Kojima tanto quer fazer? –
Ivan // Leia a nossa análise do jogo.
Apesar de a versão para PlayStation Vita apresentar algumas interações únicas pré-concebidas pelos desenvolvedores no início da criação de
Rayman Legends, o jogo no PlayStation 3 não deixou de se pautar pelo brilhantismo típico da série. Entretanto, isso externa uma polêmica que foi a quebra de exclusividade do jogo, outrora pretensamente cativo somente no Wii U, atual console de mesa da Nintendo. Isso deixou a equipe de Michel Ancel bastante descontente. Uma pena, mas donos de PS3 tiveram sorte nessa, porque conseguiram a oportunidade de jogar em seus consoles um jogo de plataforma competente em sua essência, com diversão, musicalidade e longevidade incomuns nos jogos atuais, seja na forma mais tradicional de controlar as ações de Murfy ou, ainda, se divertindo num multiplayer convidativo. Ir para Castle Rock pela primeira vez pode ser considerado um dos momentos mais marcantes para um amante de jogos no estilo. –
Adriano // Leia a nossa análise do jogo.
Na geração passada o PS3 recebeu inúmeros JRPGs medíocres e as empresas especializadas no gênero, inclusive a Level 5, pouco contribuíam para reverter esse cenário.
Ni No Kuni: Wrath of the White Witch chegou para desfazer esse estigma e nos mostrou que o Japão ainda produz excelentes RPGs. Por meio dele, a Level 5 manteve os aspectos mais interessantes e tradicionais do gênero, associando estes componentes a um belíssimo trabalho audio-visual – fruto também da inédita parceria com o Studio Ghibli. Próximo a um sucessor espiritual de Dragon Quest VIII, Ni No Kuni é um exemplo de JRPG que as desenvolvedoras japonesas deveriam seguir. Que a parceria entre Level 5 e Ghibli represente o começo de uma nova era de prosperidade para o gênero e nos permita sonhar com obras como O Castelo no Céu, A Viagem de Chihiro ou Princesa Mononoke em um formato interativo. –
Francisco // Leia a nossa análise do jogo.
Grand Theft Auto V, apesar de ter sido um dos jogos mais ambiciosos do ano, esteve em meio a vários outros lançamentos de peso para o PlayStation 3. Ele oferece um mundo aberto cheio de possibilidades (seja offline ou online), mecânicas novas de jogabilidade com a alternância entre três personagens, além da otimização de comandos inspirada em jogos pós-GTA IV, com notável destaque a Red Dead Redemption. Apesar de GTA V reunir esses predicados, ele não consegue agradar a todos os jogadores da mesma forma. Mesmo assim, ele foi o jogo mais bem sucedido em vendas do ano, gerando receitas bilionárias para a sua produtora e se destacando no ponto de vista técnico, fazendo os consoles da geração passada possivelmente chegarem aos seus limites. GTAV reafirma a posição da Rockstar como uma das melhores desenvolvedoras atualmente na indústria dos videogames. –
Adriano e Bruno // Leia a nossa análise do jogo.
Hotline Miami é um jogo arcade perfeito. Cada fase pode ser completada com bastante facilidade, contanto que seja aplicada a estratégia correta para cada situação. Provavelmente haverá muitas mortes até tudo ocorrer de maneira perfeita, mas Hotline Miami continua atraindo o jogador com sua jogabilidade simples e viciante, além de sua trilha sonora espetacular. Várias armas e máscaras expandem a forma de jogar, sempre fazendo o jogador almejar uma pontuação mais alta. Ele pode não ser o jogo mais bonito ou com a história mais relevante, mas com certeza será lembrado e jogado várias e várias vezes nos anos que ainda virão. –
Luís Guilherme // Leia a nossa análise do jogo.
BioShock Infinite pode ser visto apenas como um shooter com “poderes especiais” por muitos, mas quem jogou sabe que ele vai além disso, principalmente por sua história fantástica. O que é necessário destacar? Talvez Elizabeth, que fará você se apaixonar por ela como se fosse uma pessoa real, e não apenas uma I.A. muito bem programada. Ou quem sabe a reviravolta na história que explodirá sua cabeça? Ou até mesmo a jogabilidade, que é extremamente variada em suas opções de combate (Vigors, Armas, Elizabeth ou até mesmo o Sky-Hook)? Não importa. BioShock Infinite marcará sua vida de jogador de alguma maneira e são poucos os títulos na história dos videogames que conseguem fazer isso. –
Ivan // Leia a nossa análise do jogo.
Tomb Raider é um jogo maravilhoso. A experiência de acompanhar Lara no seu crescimento pessoal é excelente do começo ao fim. Inspirando-se nos melhores elementos de séries como Uncharted, Far Cry, Resident Evil, Dead Space, Batman: Arkham e outras, Tomb Raider conseguiu criar uma fórmula própria que funciona muitíssimo bem. A série, que sofria com uma sequência de jogos no máximo medianos, revitalizou-se em grande estilo. Tudo no jogo funciona bem, os personagens são ótimos, a ambientação é espetacular e nós mal podemos esperar por mais um jogo dessa nova Lara Croft que veio para ficar. –
Bruno // Leia a nossa análise do jogo.
Nenhum jogo me divertiu tanto em 2013 quanto
Guacamelee!. A temática mexicana serviu de ótima base para um jogo extremamente polido e bem executado. Sua jogabilidade é dinâmica e precisa, sua direção de arte é muito marcante e a dificuldade que o jogo oferece é calibrada na medida certa para desafiar sem frustrar. Um dos melhores exemplos de jogos “MetroidVania” dos últimos anos, Guacamelee! é a prova de que jogos 2D de plataforma são um gênero eterno, daqueles que devem continuar recebendo títulos de qualidade independentemente da geração de consoles do momento. –
Bruno // Leia a nossa análise do jogo.
2013 foi outro ano repleto de excelentes jogos e marcado pela volta de séries queridas pelo público dessa mídia. No entanto, foi uma franquia estreante que tomou os holofotes, mesmo estando ao redor de gigantes como Grand Theft Auto V, Bioshock Infinite e Tomb Raider. Pode parecer estranho todo esse mérito, pois The Last of Us não é perfeito como jogo e talvez não seja tão refinado tecnicamente e em conteúdo quanto outros lançamentos do ano.
O que faz do novo produto da Naughty Dog algo tão especial é o modo como ele proporciona um novo nível de envolvimento do usuário com o universo e personagens ali construídos. É também um ótimo jogo, combinando Survival Horror com outros gêneros, mas é por meio da narrativa, dos diálogos e das atuações que o jogo brilha e demonstra o imenso potencial dos videogames como meio de se contar histórias. Igualmente importante e fundamental para o enredo dramático de The Last of Us é o acompanhamento das músicas de Gustavo Santaolalla, componente que está à altura da qualidade do jogo como um todo.
A jornada de Joel e Ellie é emocionalmente perturbadora – não somente pelas aberrações ou situações de perigo, mas principalmente pelo envolvimento afetivo que o jogo provoca. Após um longo convívio com as personagens, presenciando diversas situações que demonstram os pontos altos e baixos da natureza humana, é inevitável o sentimento de saudade por antecipação, tanto de Joel como de Ellie. Com momentos marcantes e um encerramento brilhante, não é raro The Last of Us causar um imenso vazio após seu término. Ele não só é digno do título de Jogo do Ano como merece figurar entre os melhores jogos da geração. –
Francisco // Leia a nossa análise do jogo.
– Menções honrosas –
Resident Evil: Revelations, Deadly Premonition: The Director’s Cut e Final Fantasy XIV: A Realm Reborn
O que você achou dos premiados? Quais jogos acha que deveriam estar ou não na nossa lista? Qual seria a sua lista de melhores de 2013? Participe da discussão nos comentários.
Participaram: Adriano Benedito Pasquini, Bruno Ferreira Machado, Francisco Maia Rodrigues, Gustavo Vitor Barbosa Bomfim, Ivan Nikolai Barkow Castilho, Luís Guilherme Machado Camargo e Patrick Seaba Guimarães.
Melhores de PS Vita
O PlayStation Vita é um excelente portátil, possuindo um hardware incrível. No entanto, todos sabemos da luta que existe para que ele se sobressaia no mercado, seja no Japão ou no Ocidente. 2013 foi um ano com grandes lançamentos para o Vita, mas não foi ainda desta vez que ele decolou.
Uma coisa é mito: o Vita possui, sim, muitos jogos e de ótima qualidade. Não há muitos títulos das franquias de peso tradicionais, seja das third-parties ou da própria Sony, mas há uma grande quantidade de títulos independentes e de IPs (propriedades intelectuais) novas que nenhum outro console possui. E mais: seu irmão mais velho, o PS3, tornou-se um ótimo parceiro com as compras Cross-Buy (compre uma versão, ganhe a outra) e alguns títulos com Cross-Play (jogue com pessoas em qualquer dos dois consoles) e Cross-Save (seu jogo salvo em uma versão pode ser usado na outra).
Com a chegada do PS4, o Vita só aumenta ainda mais suas características de destaque com o Remote Play, que permite que vários títulos de PS4 possam ser usufruídos no portátil. Agora é torcer para que o portátil seja mais bem visto pelas grandes produtoras para que em 2014 ele possa superar a grande oposição que tem enfrentado de plataformas concorrentes.
Mas antes disso, vamos relembrar os 10 melhores jogos para o Vita de 2013. Essa é uma lista elaborada pela nossa equipe e que reflete a nossa opinião sobre os nossos jogos favoritos do ano passado. Tenha em mente de que essa é uma escolha totalmente subjetiva, baseada nas escolhas dos membros da nossa equipe, e que você tem todo o direito de discordar dela.
Ao longo da semana entre 06/01 e 10/01 nós divulgamos dois jogos por dia, começando no dia 06 pelo 10º e 9º colocados, em contagem regressiva para o Jogo do Ano do portátil. Agora, findada a semana, temos a lista completa com o Top 10 jogos do Vita em 2013.
Vamos aos ganhadores:
Dead or Alive 5 saiu no PS3 depois de um longo hiato nas plataformas PlayStation e logo depois, recebemos sua versão Plus no Vita e a jogabilidade não sofreu nada com a transição para um ambiente portátil. No Vita recebemos ainda mais conteúdo e a grande vantagem da portabilidade. Entre as várias dificuldades do modo arcade, dezenas de lutadores e centenas de destraváveis, esse é um jogo de luta que vai continuar oferecendo mais e mais conforme você joga.
Dead or Alive 5 Plus é perfeito para jogadores casuais que gostam de um jogo de luta de vez em quando, mas também possui bastante profundidade para agradar os fãs dedicados da série. –
Luís Guilherme // Confira a nossa análise do jogo.
Dragon’s Crown é o Golden Axe dessa geração com um toque de RPG. É um jogo divertido, extremamente bonito e com uma bela trilha sonora. Você escolherá um personagem entre as diferentes classes, cada uma com seu estilo de ataque e movimentos, e partirá em uma jornada em dungeons que possuem dois caminhos. Cada caminho, que será explorado por você durante a história, leva a um chefe diferente – chefes esses que também são variados e criativos. O sistema de batalha é bastante simples e, apesar de demorar um pouco para abrir, o multiplayer de Dragon’s Crown é uma das coisas que você mais aproveitará. Após o seu lançamento e até recentemente, o título recebeu vários patches com diferentes adições, incluindo características grandes como cross-play (jogue com os donos de PS3) e uma nova dungeon para aqueles que já haviam aproveitado tudo. Apesar de estar apenas em nono em nossa lista, Dragon’s Crown é um título obrigatório para os donos de Vita. –
Ivan // Confira a nossa análise do jogo.
Spelunky é um jogo muito difícil, muito desafiador e extremamente viciante. A aprendizagem por repetição fará de você um jogador melhor, e os desafios sempre novos oferecidos pelas fases geradas aleatoriamente não deixam que o jogo pareça repetitivo. A versão de Vita permite que você jogue a qualquer momento e em qualquer lugar, e a bela tela OLED do portátil faz tudo parecer mais bonito. Spelunky é uma ótima experiência e um jogo que merece ser conferido por todos. O importante é não ter medo da morte. Ela será a sua maior companheira aqui. –
Bruno // Confira a nossa análise do jogo.
Velocity Ultra é um jogo sensacional e é facilmente um dos melhores shooters dos últimos tempos. Ele tem controles precisos, que respondem imediatamente quando você precisa deles, e roda a 60 quadros por segundo constantes. Alguns podem achar os gráficos simples, mas para mim eles servem bem ao seu objetivo, e as artes mostradas antes das missões são simplesmente lindas. Além disso, as músicas do jogo são boas demais e merecem até ser compradas para ouvir fora do videogame. Velocity Ultra é um jogo que pode te entreter por 5 minutos ou por 5 horas, e você sempre vai ficar querendo mais. –
Bruno // Confira a nossa análise do jogo.
Preocupar-se com elementos estruturais de jogabilidade e level-design, porém usá-los insistentemente para lembrar que estamos ali para nos divertirmos.
Rayman Legends é uma ode à diversão. A equipe de Michel Ancel nos brindou com um dos melhores jogos de plataforma clássico de todos os tempos ao aliar diversão e compromisso artístico na medida certa. Libertar cada teensie em inúmeras situações diferenciadas, trilhar cada desafio musical, ritmado em melodia, corrida e salto milimétrico, subir num nível de grandiosidade, catando lums (milhares delas), desafiando-se toda a semana em sequências que estimulam o seu aprendizado no estilo e ainda assim se divertindo, aproveitando o aspecto longevo singular da sequência de Origins. Com a interação do Vita, acentuada no controle de Murfy, abusando das mais diferentes funcionalidades do portátil, Rayman Legends nos mostrou em 2013 que diversão também pode ser tratada como arte nos videogames. –
Adriano // Confira a nossa análise do jogo.
Não havia como o Wii competir em qualidade gráfica com o PS3 ou o Xbox 360. A solução? Estilos de arte únicos e chamativos. Muramasa: The Demon Blade faz parte dessa leva de jogos que tentou algo diferente no visual. Com imagens estilosas que remetem à cultura japonesa, quem quer que comentasse sobre o jogo iria falar logo sobre os gráficos – ovação incomum no console em questão. E a dúvida pairava no ar – como eles ficariam em alta definição?
Muramasa: Rebirth responde a essa dúvida uma geração depois e passando de console pra portátil. Não só os gráficos melhoraram, com imagens mais limpas e nítidas (e a resolução menor ajuda na transição), mas também os controles: controlar Momohime e Kisuke é muito mais confortável e prático e ter a tela a dois palmos de distância ajuda a entender melhor a ação frenética realizada. O Vita pode ter uma quantidade mais do que a desejada de ports e remakes, mas dentre eles todos, alguns como Muramasa: Rebirth se destacam e valem a (nova) incursão. –
Gustavo // Confira a nossa análise do jogo.
Soul Sacrifice pode não ter sido o salvador do Vita em termos de vendas como Monster Hunter foi no PSP, mas ainda assim SS foi um ótimo jogo para o portátil. Soul Sacrifice é o tipo de jogo que quanto mais se joga mais ele vai te surpreender, seja com as opções de customização, com uma partida online ou com toda a história feita para trazer todo aquele mundo à vida. O tema central de fazer escolhas para poupar ou sacrificar os inimigos e a si próprio dá um aspecto único ao gênero. Com a expansão “Delta” sendo lançada em 2014, esperamos que a série venha a se firmar como um dos grandes nomes de RPG nos próximos anos. –
Luís Guilherme // Confira a nossa análise do jogo.
Se existe um jogo que serve como vitrine das capacidades do Vita, este é
Tearaway. Cria da Media Molecule, que dispensa apresentações com seu LittleBigPlanet, Tearaway usa e abusa do touchpad traseiro, da touchscreen, dos giroscópios e das câmeras do portátil da Sony, integrando-os à jogabilidade de forma que títulos como Little Deviants só poderiam sonhar em fazer. Além disso, o visual único inspirado em papel, aliado a personagens bonitinhos e um trilha sonora adorável fazem com que Tearaway seja simplesmente gostoso de se jogar. Mesmo que a câmera tenha momentos bizarros de frustração, nada apaga o brilho do novo título da MM – certamente uma das melhores adições à biblioteca do Vita. –
Patrick // Confira a nossa análise do jogo.
Em tempos em que Igarashi não faz outro Castlevania 2D e mesmo a Nintendo parece ter abandonado o modelo antigo de mapas de Metroid, o gênero intitulado MetroidVania vive por meio de desenvolvedoras menores.
Guacamelee! é um desses jogos. Mais que uma ode ao antigo, Guacamelee! representa o novo – seja pela ousadia em colocar um tema pouco explorado como o folclore mexicano, enquanto títulos de produtoras famosas repetem sempre as mesmas premissas, ou pelas dezenas de referências à cultura popular moderna, desde
How I Met Your Mother até os infames memes da internet. O título da Drinkbox também faz algo que muitos jogos modernos têm esquecido – diverte a cada segundo. Não há um momento chato em Guacamelee!, um instante parado, uma cena de história que se arrasta demais, uma cutscene desnecessária, um segmento do jogo a abominar enquanto se considera uma segunda rodada do jogo. Isso porque o jogo abusa de um humor incomum – não só exagerado, mas inusitado; excelentes desafios de plataforma que, com checkpoints estratégicos, nunca chegam a frustrar; um estilo de arte diferenciado; e um combate inspirado na luta livre mexicana que permite ao jogador exercer a sua criatividade. ¡Que viva la lucha! –
Gustavo // Confira a nossa análise do jogo.
Poucos jogos têm a capacidade de mexer com o jogador como Hotline Miami faz, e por isso ele é o nosso eleito como Melhor Jogo do Ano de 2013 do Vita. Os seus gráficos pixelados e de cores fortes e vibrantes remetem ao melhor que os anos 80 tinham a oferecer, gerando um impacto visual intenso a cada nova missão. A dificuldade, muitas vezes elevada mas nunca injusta, prende o jogador em uma fissura de querer completar a fase de qualquer maneira possível, seja com elegância e discrição ou com força bruta e simples. A trilha sonora é um espetáculo à parte, com músicas perfeitamente adequadas a cada momento do jogo, com faixas tranquilas para momentos de calmaria e outras eletrizantes para instantes em que o seu coração está disparado. A música de Hotline Miami é para ser ouvida fora do jogo, a qualquer momento e em qualquer lugar. Hotline Miami também recebe o nosso prêmio bônus de Melhor Trilha Sonora de 2013.
Mas é na sua premissa de ultra-violência, de mostrar o que há de pior no ser humano em momentos extremos, que Hotline Miami se destaca do restante. Você deve matar todos que encontrar pelo caminho, e cada morte é mais sanguinolenta e visceral do que a outra. Você corta inimigos ao meio com uma faca, prende a cabeça deles em uma porta e a bate até não sobrar nenhum pedaço inteiro, e coisas muito piores. A experiência de brutalizar outra pessoa, mesmo que pixelada em um videogame, gera uma satisfação imensa no jogador. Você mergulha no universo de Hotline Miami e não sabe até onde consegue afundar, e nisso vai percebendo um lado seu que talvez não conhecesse. Você gosta de machucar outras pessoas? Sim, e muito. Hotline Miami não tem uma mensagem explícita, uma lição de moral, e cabe a cada um que jogar descobrir a sua. Só tome cuidado: você pode não gostar do que encontrar. –
Bruno // Confira a nossa análise do jogo.
– Menções honrosas –
Stealth Inc.: A Clone in the Dark, Thomas Was Alone e Ys: Memories of Celceta
O que você achou dos premiados? Concorda ou discorda da lista? Qual jogo deveria estar nela e qual não deveria? Dê a sua opinião nos comentários! Mas sem perder os bons modos.
Participaram: Adriano Benedito Pasquini, Bruno Ferreira Machado, Gustavo Vitor Barbosa Bomfim, Ivan Nikolai Barkow Castilho, Luís Guilherme Machado Camargo e Patrick Seaba Guimarães.
Melhores de PS4
2014 chega deixando para trás um ano cheio de novidades para o mundo dos jogos. O caçula da família PlayStation, o PlayStation 4, foi lançado com um sucesso estrondoso em quase todos os países onde já foi disponibilizado. No Brasil, o preço abusivo do console (R$ 4.000 no lançamento) impediu o sucesso de se repetir em terras nacionais, mas mesmo assim muitos “deram um jeitinho” e conseguiram seus consoles por vias que não as oficiais.
Apesar de poucos jogos terem sido lançados com o console, o PS4 já recebeu alguns ótimos títulos no seu curto período de vida. Depois de experimentarmos vários deles, chegou a hora de fazermos a tradicional lista de Melhores Jogos do Ano, começando pelo console novato da turma.
Dada a biblioteca limitada do PS4, nós faremos um Top-5 dele desta vez ao invés de um Top-10, dividido em duas postagens com contagem regressiva para o Jogo do Ano do console. Primeiramente postaremos os jogos que ganharam o 5º, 4º e 3º lugares, e por fim postaremos o vice-campeão e o titular absoluto de Melhor do Ano de 2013 para o PS4.
Como toda lista, tenha em mente de que essa é apenas a nossa opinião sobre quais jogos se destacaram mais do que outros em 2013. Caso você concorde com a lista, ótimo! Mas caso acredite que algum jogo deveria estar nela, ou que as posições deveriam ser diferentes, conte para nós nos comentários e monte a sua lista de Melhores do Ano de 2013 do PS4.
Vamos aos ganhadores!
Battlefield 4 é o jogo do ano… na teoria. Na prática sofre diversos travamentos e problemas como perda de save. A DICE está fazendo de tudo para consertar e por isso ele se encontra somente em quinto lugar em nossa lista. Mas apesar disso, é um excelente jogo de tiro em primeira pessoa. A campanha não possui uma história que prende você (saudades de Bad Company), mas possui momentos tensos e extremamente cinematográficos – tudo isso com o poder gráfico que somente o PS4 pode fazer. Isso sem mencionar o multiplayer viciante, a modificação em tempo real dos mapas (“levolution”) e com 64 jogadores. Em breve você vai conferir nossa análise do título. Mas acredite, é um ótimo jogo e só temos que esperar pela DICE aprimorá-lo. – Ivan
Como Battlefield 4 e Call of Duty: Ghosts decepcionaram em 2013, o prêmio de melhor jogo de tiro em primeira pessoa acabou ficando com Killzone: Shadow Fall. Além de ser exclusivo para o PS4, Killzone possui gráficos que mostram como será a nova geração, uma campanha que dá vontade de conferir e uma mecânica completamente nova com o OWL Drone via o Touch Pad do DualShock 4. Isso sem mencionar o multiplayer, que apesar de não ser tão divertido e popular quanto os dois jogos mencionados no início, é um bom passatempo. Killzone só falha em não trazer algo realmente inovador, principalmente para o multiplayer. O cooperativo de Killzone 3 também fez falta. – Ivan
Sound Shapes é um jogo incrível e que chegou ao PS3 e Vita ainda em 2012. Você é uma pequena bola que gruda nas superfícies. Segurando um botão, você retira essa propriedade de se grudar e aumenta a velocidade. Fora isso, temos o botão de pulo. E acabou – é muito simples de se jogar. Mas a magia de Sound Shapes está no fato de que conforme você coleta os itens das fases, a música vai se moldando junto. Também é possível conferir as inúmeras fases que foram criadas pelos jogadores (ou se você gostar de criar, também pode fazê-las). Como é um jogo cross-buy, os usuários que já tinham a versão de PS3 e Vita podem baixar a de PS4 de forma gratuita. O save também pode ser transferido e as fases criadas podem ser jogadas nas três plataformas. De todos os jogos que o PS4 recebeu em seu lançamento, Sound Shapes é, sem dúvida, um que você precisa conferir, caso não tenha jogado no PS3 ou Vita.
– Ivan // Confira a nossa análise do jogo
Resogun é uma ótima surpresa para o PlayStation 4. É um jogo simples, desafiador e viciante. Há algumas pequenas falhas (ausência de um cooperativo local e uma variação no layout das fases seria bom), mas nada que comprometa sua qualidade. Você só vai entender o seu brilho quando jogar. Ver vídeos e ler comentários não conseguirão explicar o caos compreensível que é Resogun. E mais: como o plano PlayStation Plus é praticamente obrigatório agora (afinal, quem não vai querer jogar online?), Resogun é um título gratuito no momento. Como diz o ditado, de graça até injeção na testa, certo? Neste caso está bem longe de ser algo tão doloroso assim. –
Ivan // Confira a nossa análise do jogo
Assassin’s Creed IV: Black Flag no PS3 é um excelente título
como nossa análise destacou. No PS4, as coisas ficam melhores ainda com uma taxa de quadros por segundo mais constante, gráficos com 1080p e melhores de uma maneira geral. De resto, é basicamente o mesmo jogo – você passará horas pilotando seu navio, navegando pelos mares e completando a jornada de Edward Kenway. E, é claro, ignorará a parte do jogo que se passa nos dias atuais e ainda aproveitará o conteúdo exclusivo com Aveline que existe nas plataformas PlayStation. Isso sem mencionar o multiplayer, que sempre foi visto como um extra e aqui continua apenas marcando sua presença para aqueles que já fizeram tudo na campanha single-player. Assassin’s Creed surgiu como uma série promissora, sendo que somente no segundo título é que ela deslanchou de verdade. Brotherhood e Revelations continuaram a saga de Ezio e também foram bons títulos. Já Assassin’s Creed III possui uma qualidade discutível, mas não deixa de ser no mínimo um bom jogo. Porém, ousamos dizer que ACIV: Black Flag possui uma qualidade no mesmo nível que ACII. Dito isso, fica fácil decidir qual jogo merece estar em primeiro lugar em nossa lista do PlayStation 4. –
Ivan // Confira a nossa análise do jogo
– Bônus –
Prêmio de maior decepção do ano:
Quando o preço do PS4 nos Estados Unidos foi anunciado (U$ 399), muitos ficaram esperançosos com a possibilidade do console ser lançado por um preço justo aqui no Brasil. Mesmo com as taxas de conversão e impostos, muitos sonhadores esperavam que o console pudesse ser lançado próximo dos R$ 1.000,00, com os mais céticos acreditando que R$ 2.000,00 seria o teto do que cobrariam pelo videogame. A Sony do Brasil surpreendeu a todos, lançando o PS4 a inacreditáveis R$ 3.999,00, gerando o apelido “PS4K” (PS 4 mil) e a ira de milhares de jogadores, com muitos deles anunciando que iriam de Xbox One nessa geração. Mesmo depois de uma explicação estapafúrdia, o preço oficial do console continua no mesmo valor, a oferta dele é ridícula e, para piorar, nenhum jogo do console foi oficialmente lançado no país. O descaso da Sony com o consumidor brasileiro é tão grande que o conjunto desta obra merece o nosso prêmio de Maior Decepção de 2013.
Esse foi o nosso primeiro Top-5 do PS4. Semana que vem nós teremos a revelação dos 10 melhores jogos do ano passado para o Vita segundo a nossa equipe. Segunda-feira, dia 06/01, começa a contagem regressiva para o melhor jogo de 2013 para o portátil da Sony. Não perca!
O que você achou dos resultados dessa lista? Concorda? Discorda? Comente abaixo e nôs dê a sua opinião!
Participaram: Bruno Ferreira Machado e Ivan Nikolai Barkow Castilho