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Análise – Haunted Dungeons: Hyakki Castle

A primeira impressão que se tem de Haunted Dungeons: Hyakki Castle é de que se trata de um dungeon crawler tradicional. Desenvolvido pelo Asakusa Studios, ele traz algumas novidades interessantes, como um combate mais voltado para a ação e a surpreendente possibilidade de dividir a sua equipe em duas.

O jogo se passa no Japão Feudal e coloca o jogador no controle de um grupo de heróis enviados para investigar os acontecimentos nas masmorras mal assombradas do castelo Hyakki, uma construção misteriosa que surgiu de repente na ilha para a qual o Shogunato havia banido o vilão Kigata Doman. A história é satisfatória o suficiente, mas considerando o sub-gênero do jogo, dificilmente é a parte mais importante. Felizmente, a ambientação parece ter recebido bastante cuidado, fazendo grandes alusões à história e a mitologia japonesa.

Como todo bom DRPG, o jogo se passa em primeira pessoa, com o jogador explorando os vários andares do castelo e, como os personagens não possuem conhecimento prévio do lugar, o mapa vai se revelando à medida que o jogador se move pelos quadrantes, o que é feito espaço por espaço, sempre em uma de quatro direções. Para os jogadores mais afeitos a belas animações e efeitos, pode acabar sendo muito entediante, mas funciona tão bem quanto possível.

A pequena inovação que o jogo traz, como já mencionado, é a possibilidade de dividir a equipe em duas. Com um simples toque no L2, a equipe se divide, metade ficando no ponto de separação, em um estado meio “apedrejado” (o que minimiza o dano que esta sofre), enquanto a outra se move livremente. Apertando L2 após a separação é possível alternar entre as equipes ou, caso elas voltem a ficar no mesmo quadrante, reunir ambas em uma só.

À primeira vista, é uma mecânica um pouco boba, mas o jogo faz bom uso dela tanto para resolver diversos quebra-cabeças nos ambientes, com certas alavancas e plataformas só sendo ativadas se uma equipe ficar e a outra avançar, além de certos inimigos sendo atingidos apenas quando flanqueados, sendo necessário usar uma equipe como isca e a outra dando a volta para atacá-lo por trás.

HD:HC te dá logo no começo a opção de customizar por inteiro os quatro membros da sua equipe, escolhendo nome, gênero, uma entre quatro raças (humano, oni, tengu e nekomata) e quatro classes (as tradicionais samurai e ninja, e as classes mágicas dos shinkan e shohei), além da foto que representa cada um dos personagens. Não há limites no que o jogador pode fazer, sendo possível criar uma equipe de quatro nekomatas ninjas, por exemplo, mas cada raça possui uma afinidade maior com determinados atributos que acabam tornando-os mais aptos a exercer determinadas funções. Isso acaba influenciando também a árvore de habilidades, já que cada classe possui uma e alguns tipos são restritos a certas classes (como magias de cura sendo exclusivas dos shinkan).

Uma das principais distinções que Haunted Dungeons possui é o já mencionado sistema de combate mais “ativo”. O jogador pode mapear até quatro habilidades para os botões (sendo possível alterá-las a qualquer momento no menu), sendo ativadas ao pressioná-los, com um pequeno tempo de espera que evita que o jogador pressione incessantemente o botão de ataque simples. Isso acaba te fazendo alternar entre os quatro personagens o tempo todo (sempre há um personagem selecionado, sendo possível mudar com L1 e R1), te obrigando a ter controle sobre as ações de cada um.

Por fim, uma das coisas positivas que o jogo possui é que, além de HP e mana, é necessário ter controle também sobre o medidor de Hunger, uma mecânica que torna o personagem mais fraco à medida que o medidor vai se esvaziando, o que acontece a cada passo que o jogador dá ou outra ação que ele faça durante o combate. Isso adiciona certa dimensão de administração de inventário (o que não funciona muito bem, pois os menus são terríveis), já que é fundamental sempre ter comida e certos itens de cura causam uma considerável queda no nível de fome do personagem. E, se os primeiros mapas são pequenos, eles crescem exponencialmente nos andares superiores, fazendo com que você precise andar bastante. Isso ajuda na ambientação, dando certo toque de sobrevivência à experiência.

Apesar desse elemento, o jogo ainda assim é consideravelmente fácil para um dungeon crawler. Os inimigos dão bastante experiência e o trabalho de escala do nível deles é bem equilibrado. Isso não quer dizer que as batalhas sejam fáceis, já que qualquer vacilo pode acabar custando a vida de todos os personagens, mas, ainda assim, elas se tornam repetitivas muito rápido (até por ter uma baixíssima variedade de inimigos). Nem mesmo as batalhas contra os chefes são muito diferentes, já que a única variação que eles trazem é que os golpes são mais fortes. Adicione a isso os ambientes pobres e repetitivos e nem mesmo os puzzles bem pensados são suficientes para manter o interesse. Não há música, por menor que seja, o visual é feio e tudo acaba perdendo a “graça” bem rápido.

Haunted Dungeons: Hyakki Castle tem bons conceitos que podem vir a servir de base para um jogo melhor, mas no geral são pequenos brilhos em uma experiência bem entediante. Não há nada que realmente faça o jogo digno de ser indicado para alguém além daqueles mais sedentos por DRPGs, mesmo com sua ambientação relativamente única, especialmente pelo PS4 já possuir jogos mais interessantes nessa mesma linha.

Veredito

Apesar da ambientação diferente, quebra-cabeças interessantes e da criativa mecânica de divisão da equipe, Haunted Dungeons: Hyakki Castle falha em diversos aspectos básicos, com combate repetitivo e entediante, história fraca e uma total incapacidade de te manter interessado no jogo.

Jogo analisado com cópia digital fornecido pela Happinet.

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Veredito

60

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Veredict

Despite the different setting, interesting environmental puzzles and the creative party-splitting mechanic, Haunted Dungeons: Hyakki Castle fails in several basic aspects, with repetitive and tedious combat, weak story and a total inability to keep you interested in the game.