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Análise – Atelier Rorona: The Alchemist of Arland DX

A família PlayStation sempre foi muito procurada pelas desenvolvedoras de RPG. Desde a era do PlayStation 1, títulos como Final Fantasy, Chrono Cross e Valkyrie Profile, por exemplo, marcaram presença nos consoles da marca. Para não deixar o legado morrer, o PlayStation 4 também possui a sua vasta biblioteca de jogos do gênero, e Atelier Rorona: The Alchemist of Arland DX chegou para aumentar essa coleção.

A trindade de JRPGs da série Arland começou a ser concebida em junho de 2009 no PlayStation 3, tendo seu último episódio lançado em 2011. Hoje, a versão DX traz de volta não somente a emoção de ser uma grande Alquimista, mas também uma aventura marcante com gráficos remasterizados para a nova geração.

Embora haja três diferentes jogos nessa primeira fase, todos estão diretamente ligados. Atelier Rorona: The Alchemist of Arland DX foi o primeiro jogo da série a ser lançado.  De forma simples e agradável, ele consegue envolver você de forma profunda nos personagens e enredo.

Se você nunca teve contato com os jogos e ficou curioso para saber se vale o investimento, venha ler o nosso review para sanar toda e qualquer dúvida que você tenha a respeito do primeiro episódio da série Arland.

Atelier Rorona: The Alchemist of Arland DX
Ao apertar o direcional para baixo, Rorona pode demonstrar diferentes expressões. Fonte: PS4 Share

Com uma história simples, o primeiro Atelier tem um foco muito grande no seu relacionamento com os personagens do reino. Nele, você assume o papel de Rorona, uma aprendiz da Alquimista Astrid, uma mulher preguiçosa que não faz nada além de comer e dormir.

A preguiça de Astrid fez com que o reino decidisse fechar a loja de alquimia na qual Rorona trabalha. Porém, para que as coisas sejam justas, o rei dá mais uma chance delas provarem o seu valor para a população. Astrid, como sempre, foge do trabalho pesado e decide dar o workshop para sua pupila gerenciar, deixando tudo nas costas da aprendiz.

Durante três anos dentro do jogo, será preciso assumir todas as tarefas dadas pelo Rei para manter a loja aberta. Os trabalhos têm um prazo de três meses para serem concluídos, e ao final, é feita uma avaliação em cima da quantidade e qualidade dos itens entregues. Caso você consiga cumprir os objetivos, o ateliê continuará aberto, do contrário, será demolido e substituído por prédios comerciais.

Atelier Rorona: The Alchemist of Arland DX
Quando você completa a tarefa principal e outras secundárias, um tipo de bingo é preenchido, garantindo diferentes prêmios. Fonte: PS4 Share

A história de Atelier Rorona: The Alchemist of Arland DX não é nada profunda se comparada a outros JRPGs. Seu foco é muito mais voltado para a construção da sua popularidade no reino e em como conseguir manter sua loja funcionando durante esse tempo.

Como você é uma Alquimista, todas as tarefas solicitadas pelo Rei devem ser feitas através da alquimia. Alguns produtos como farinha, sal e repolho, por exemplo, podem ser adquiridos com os comerciantes locais. Porém, a maioria deles ficam espalhados nas dungeons, te obrigando a sair da cidade para caçar os materiais necessários.

E por falar em tarefas, é preciso atentar-se à qualidade dos itens. Além deles possuírem níveis, há também os selos que variam de worthless (inútil) a best (melhor), que determinam se o objeto serve ou não como ingrediente. Caso você esteja produzindo uma bomba, por exemplo, o nível irá interferir não só no dano que ela irá causar nos inimigos em batalha, mas também nas pedras dos cenários que bloqueiam novos caminhos.

Algumas quests específicas exigem que você produza itens de qualidade X ou Y, além de deixá-los em um determinado nível. Caso você não cumpra com o prazo ou falhe, dias são subtraídos do objetivo principal, deixando seu estabelecimento cada vez mais próximo da falência. Por outro lado, o sucesso na conclusão desses objetivos garantem uma quantidade maior de vouchers, que podem ser trocados por equipamentos ou ingredientes.

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Os diálogos de Atelier Rorona podem ser pesados ou estranhos em determinados momentos. Porém, caso você esteja adaptado ao estilo, não verá nada de mais. Fonte: PS4 Share

Por não ser considerada uma lutadora nata, Rorona pode contratar ajudantes para batalharem ao seu lado. Isso mesmo. Aqui as pessoas não se juntam à party de graça, é preciso pagá-las pelos serviços. No entanto, existem missões secundárias que aumentam seu nível de afinidade com esses personagens, diminuindo gradativamente a quantidade de dinheiro necessário para eles te acompanharem.

Até três personagens são permitidos no grupo, incluindo Rorona. Por ser a garota da alquimia, é a única capaz de utilizar os itens de cura e ataque. Se olharmos pelo lado da mecânica, isso pode ser ruim, pois você  fica limitado a usar o comando com apenas um integrante. Porém, do ponto de vista lógico, pode ser visto de uma forma boa, tendo em vista que ela é a responsável pela criação desses utensílios.

Outro ponto a ser levantado é a dificuldade das batalhas. No começo a falta de nível e armas pode tornar tudo um pouco difícil, porém, ao longo do tempo elas tornam-se cada vez mais fáceis. Há algumas missões paralelas chamadas “Bounty Hunter”, onde você precisa derrotar poderosos monstros em determinadas dungeons. Porém, esse fator não ajuda a tornar as lutas mais interessantes.

Por outro lado, em termos técnicos as lutas são bem intuitivas. Não existem comandos complicados ou impossíveis de serem executados. Baseado em turnos, há um sistema que permite outro integrante do grupo realizar um ataque sincronizado. Dependendo das condições, é possível realizar golpes exclusivos.

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Em determinados momentos, é possível também defender Rorona usando um dos aliados. Fonte: PS4 Share

Uma coisa que pode frustrar os jogadores que odeiam ficar presos a limites de tempo, está no sistema de dia/mês/ano. Toda vez que você vai para uma dungeon, pratica alquimia ou dorme, por exemplo, o seu contador de dias é subtraído, diminuindo o prazo para a entrega das tarefas. Presente em todos os jogos da série Arland, ele busca trazer uma disciplina para o jogador quanto as responsabilidades com sua loja, onde a dead line é essencial para manter a qualidade do atendimento.

Se você é do tipo explorador e adora passar horas no mapa-múndi coletando coisas novas, fique ciente de que Atelier Rorona: The Alchemist of Arland DX não irá suprir suas necessidades. O método de viagem entre as dungeons funciona como em Tales of Symphonia: Dawn of the New World, onde você apenas escolhe a localização e se dirige a ela automaticamente. Embora possa parecer um detalhe bobo, a limitação pode frustrar os mais engajados. Porém, é válido especular que a aventura em um ambiente aberto foi cortada por causa do sistema de dias.

Caso você esteja cansado de caçar materiais para sua alquimia, um pouco do seu tempo pode ser gasto na customização de seus personagens no ateliê. No menu de salvar o progresso, há uma opção de guarda-roupa. Nele, é possível vestir os seus guerreiros da forma que quiser, não importando o sexo do personagem. Para quem gosta de diversidade nas aventuras, esse sistema pode ser um prato cheio.

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As dungeons vão sendo liberadas conforme a necessidade de Rorona quanto aos ingredientes. Fonte: Divulgação

Veredito

De modo geral, Atelier Rorona: The Alchemist of Arland DX é um jogo destinado a jogadores que gostam de criar coisas e lidar com pessoas. Embora existam batalhas, elas são fracas e um tanto tediosas, deixando ainda mais claro que o foco do título está em cuidar do workshop, e não sair desbravando mapas genéricos em busca de monstros colossais.

Jogo analisado no PS4 padrão com código fornecido pela Koei Tecmo.

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Veredito

83

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Overall, Atelier Rorona: The Alchemist of Arland DX is a game intended for players who like to create things and deal with people. Although there are battles, they are weak and somewhat tedious, making it even clearer that the title’s focus is on taking care of the workshop, rather than breaking out generic maps in search of colossal monsters.


Rui Celso
Rui Celso
Jornalista que decidiu se aventurar no mundo gamer desde o tempo em que as revistas eram a principal fonte de informação deste mundo do entretenimento. Hoje eu expandi meu universo e também faço parte do backstage deste universo atuando como Assessor de Imprensa. Só pra constar: Paper Mario é o meu jogo favorito da vida.