Yonder: The Cloud Catcher Chronicles

Quando se vê algo destacar pela sua beleza, é difícil não dar um momento de atenção ou simplesmente parar e observar melhor, seja uma paisagem diferente, uma pessoa ou até mesmo um jogo. É exatamente isso que Yonder: The Cloud Catcher Chronicles faz com o jogador que o encontra pela primeira vez, fisgando com um visual simples e encantador à primeira vista. Mas será que toda essa beleza se sustenta sozinha?

Yonder é uma aventura em mundo aberto, focado em exploração e criação de itens, sem nenhum apelo em combater inimigos. Situado na fabulosa ilha de Gemea, o jogador embarca nessa aventura criando seu personagem, escolhendo o gênero, aspectos físicos e visuais, com razoáveis opções nessa customização.

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Tudo começa quando os pais do protagonista decidem enviá-lo para longe, a fim de protegê-lo de um perigo crescente, chamado apenas de Trevas, que estava afetando todas as pessoas e lugares. Durante esse trajeto, o navio no qual o protagonista estava é atingido por uma tempestade e acaba se chocando nas praias de Gemea. Salvando todos a bordo do desastre ocorrido, a entidade guardiã da ilha, Aaerie, descobre no protagonista o poder de comunicar com os espíritos locais e dá a ele o título de Profeta dos Espíritos, solicitando para que ajude a livrar Gemea de todo mal que a está atacando.

A premissa de Yonder é simples e dá ao jogador o motivo necessário para começar a aventura em busca de descobrir respostas para os mistérios apresentados logo no início do jogo, como o que são as ditas Trevas, quais perigos e males estão possuindo a ilha e porque o protagonista foi parar exatamente ali. Apesar de ser o impulso inicial do jogo, claramente se vê que a conclusão das missões principais não é o ponto chave aqui, mas sim toda sua liberdade para explorar, criar, investigar e realizar qualquer tarefa possível dentro de Yonder.

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A jogabilidade consiste em recolher os materiais disponíveis com as diferentes ferramentas que o jogador possui, como picareta, machado, marreta, vara de pescar, foice e outras que podem ser utilizadas. Com receitas de criação, todos os recursos podem ser refinados e melhorados, criando novos objetos que serão utilizados em missões ou para exploração.

Não há como negar que o maior protagonista do jogo seja o próprio local onde ele é situado, a ilha-reino de Gemea. Há uma boa diversidade, como praias, florestas, desertos, cavernas, regiões geladas e uma montanha gigantesca no centro da ilha. Toda essa diversidade é aprimorada ainda mais com fauna e flora únicas de cada lugar. Em cada canto da ilha, o visual do jogo fica à mostra de forma simples, mas com excelência em cada aspecto da modelagem dos objetos e a deslumbrante paleta de cores utilizada.

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O jogo ainda possui um ciclo de dia e noite e um sistema de estações do ano. São adições que modificam e incrementam as atividades de maneiras distintas. Alguns peixes só podem ser pescados em determinadas horas do dia ou durante a primavera, por exemplo. Assim como alguns materiais só surgem em determinados períodos. Porém, esses ciclos são executados de maneira muito rápida, não dando tempo de se aproveitar bem do dia nem da noite ou sequer fazer tudo o que necessita durante o inverno.

Outro aspecto que é apresentado de forma excelente no jogo é sua trilha sonora. Criada com arranjos de violino, piano, flauta e demais instrumentos, todos os sons se sobressaem ao serem executados, com sinfonias encantadoras. Não será surpresa se você se pegar cantarolando uma trilha de Yonder por aí. Devido ao fato de os personagens não possuírem voz e a comunicação ser apenas por texto ou gestos, a trilha sonora variada e de excelente qualidade se encaixa perfeitamente na obra.

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Apesar de existir uma campanha principal, a mesma é curta e, de certa forma, serve muito mais para te apresentar todas as opções de tarefas que se pode encontrar. Na maior parte do tempo o jogador estará coletando recursos e criando itens, para realizar certas missões, completar objetivos, alcançar colecionáveis e concluindo a história principal. Há ainda a possibilidade de criar suas próprias fazendas e, nelas, começar a produção de alimentos ou uma criação de animais adotando alguns deles nativos da região. Além disso, há baús escondidos, locais secretos e alguns mistérios que certamente vão agradar aos exploradores, porém, todas as atividades do jogo parecem ser mais como algo complementar e não o motivo principal de se ingressar num local tão fabuloso.

Olhando pelas possibilidades que Yonder apresenta, nota-se que é uma excelente opção de um jogo com ritmo mais lento e relaxante ou até mesmo para diversão com crianças, senão exatamente para que os pequenos joguem sem nenhuma preocupação. Qualquer tipo de combate não iria encaixar com a proposta que a obra da Prideful Sloth apresenta e isso pode afastar aqueles que não conseguem ficar longe de algo que aumente a adrenalina ou insira certo tipo de competitividade

Veredito

Yonder: The Cloud Catcher Chronicles certamente atrai pelo seu visual belíssimo e colorido, com uma trilha sonora acertada para todas as situações, além de várias opções de criação dentro do jogo, mas falha em dar mais imersão para a história, que poderia ser mais bem aproveitada num mundo tão caprichosamente criado, deixando uma sensação de algo estar faltando apesar de tudo.

 

Jogo analisado com código fornecido pela Prideful Sloth.

Veredito

80

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Veredict

Yonder: The Cloud Catcher Chronicles is certainly appealing with beautiful and colorful looks, a well placed soundtrack in every situation, as well as various in-game crafting options, but it fails in giving more immersion in a story that could be better developed to a world so wonderfully created, leaving the feeling that something is missing after all.


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