Produzido pela RB Games e distribuído pela GAMMERA NEST SL, The Five Covens teve seu trailer divulgado em 25 de maio do ano passado como um dos títulos da PlayStation Talents de 2020. Assim como os outros que compuseram a lista, o game vinha sendo trabalhado desde março do mesmo ano no Games Camp, evento online para celebrar as parcerias do programa que já apoiou mais de 100 jogos desde seu início em 2015.
Na terra de Gaarth, cada um dos cinco covens domina um poder diferente. Brenda, a protagonista, é membro da família que domina a levitação. Deon Kenot, o líder do mal e vilão da história, deseja controlar os cinco poderes, e envia uma carta a Brenda Arud, convidando-a para um suposto encontro dos covens onde o uso de magia não será permitido. Chegando lá, ela é recebida com uma paulada na cabeça e cai no chão, desacordada.
A história de The Five Covens não me parece nem tão ruim, mas mesmo sendo um jogo para crianças, certas coisas o deixam bem inverossímil. A primeira coisa que acontece no jogo me incomodou bastante, quando o vilão prende a protagonista numa cela em uma masmorra e deixa a chave que abre a mesma bem em frente a ela. Bastou o corvo, seu fiel companheiro, lhe entregar sua varinha pelas grades que davam para fora da masmorra e ela já estava com a liberdade garantida. É uma forma de aprender a usar os poderes e conhecer os comandos? Sim. Particularmente, porém, creio que podiam ter pensado em outra forma de fazer isso.
Falando em comandos, agora vamos ladeira abaixo. The Five Covens não é um jogo difícil em si, mas a péssima câmera e o péssimo controle que você tem sobre Brenda torna tudo impraticável. É frustrante tentar por várias vezes fazer algo que chega a ser idiota de tão óbvio, e morrer não porque você errou alguma coisa, mas porque o jogo é ruim. Aí sabe o que acontece? Você volta do último ponto salvo. E muitas vezes esse último ponto é antes de tudo que você batalhou tanto para conseguir fazer.
Ainda sobre os comandos, por várias vezes eu me estressei tentando pular, e Brenda não me obedecia quando eu apertava X. Quando queria andar em alguma direção, parecia que ela tinha que completar uma volta inteira pra depois obedecer meu comando, e isso acarretou muitas quedas em lugares indesejados, e consequentemente muitas mortes. Acho engraçado que tem um troféu que é justamente terminar o jogo sem morrer nenhuma vez, e outro sem sofrer dano. Boa sorte pra quem quiser tentar chegar ao final, especialmente se quiser esses dois troféus.
Conforme vai avançando, Brenda adquire novos poderes que podem ser usados durante sua aventura, como conjurar um escudo ao seu redor para se proteger de inimigos ou até mesmo parar o tempo. Contudo, esses poderes se provam de certa forma inúteis quando Brenda consegue passar das fases sem a necessidade de usá-los, o que mostra que The Five Covens é de fato mal construído.
Quando vi o trailer do game, confesso que não fiquei animado. Jogando descobri que ele é ainda pior do que eu imaginava. Os incontáveis defeitos fazem com que você perca totalmente a vontade de jogar. Cinco minutos parecem horas, e apesar de ser um jogo curto (outro dos troféus é conferido a você caso o termine em menos de 30 minutos, o que não é difícil), chegou uma hora em que pareceu que eu já estava ali há mais tempo do que possível.
A Platina é consideravelmente fácil de se conseguir, após alguns troféus relacionados com partes completas do jogo e outras coisas aleatórias, como ser derrotado por tipos específicos de inimigos. Naturalmente, devido à incompatibilidade de certos troféus, pra platinar The Five Covens será necessário jogar o título pelo menos duas vezes.
Jogo analisado no PS4 padrão com código fornecido pela rBorn Games.
Veredito
Com comandos péssimos, câmera muito ruins e mecânicas falhas, a história fraca e clichê não é o bastante para prender a atenção. Até crianças conseguem ser exigentes o suficiente para preferir outro jogo a The Five Covens, já que é fácil encontrar algo melhor.
Veredict
With horrible controls, very bad camera and flawed mechanics, the weak and cliché story is not enough to hold attention. Even children can be picky enough to prefer another game to The Five Covens, since it is easy to find something better.