Synapse – Review

O PS VR2 está há pouco tempo no mercado, mas conseguiu trazer experiências interessantes como Horizon Call of the Mountain. Agora, a nDreams trouxe um shooter roguelite que busca utilizar as funcionalidades do headset VR do PS5: Synapse. No entanto, logo veremos que o foco dos desenvolvedores no gameplay faz com que o restante do jogo não se destaque.

Synapse é bastante simples em sua proposta. A ideia é que você passe por diversas áreas eliminando inimigos para avançar, enfrente alguns chefes e, no processo, entenda uma trama não muito complexa.

Como citado, Synapse é um roguelite. Ou seja, toda vez que você morrer, o jogo começa do início, mas as suas habilidades permanecem. Há dois sistemas no lobby inicial: de um lado você resgata os pontos após concluir coisas como matar uma quantidade de inimigos ou alguma outra ação específica. Do outro ficam as árvores de habilidades nas quais você gasta os pontos e que possuem funções como aumentar a sua vida, por exemplo.

Ao sair desse lobby, você avança por áreas onde ficam os inimigos. Para ir para a próxima, basta eliminar todos. Não há outro objetivo a não ser ir matando todo mundo. Em um dado momento, há um chefe a ser eliminado.

A graça de Synapse está em seu gameplay. Em uma mão você segura uma arma de fogo, como uma pistola ou uma SMG. Na outra, você tem acesso aos seus poderes psíquicos.

Esses poderes psíquicos permitem que você pegue objetos (usando a mira ocular do PS VR2) e faça o que bem entender com eles. Por exemplo, um barril pode ser pego e arremessado em um grupo de inimigos. Para explodir, além de atirar nele, você pode esmagá-lo. Aqui entra o gatilho adaptável do controle Sense: apertar até metade dele faz apenas segurar e não estourar o barril. Ir até o fim causa o seu esmagamento e consequente explosão.

Outros objetos como caixas podem ser usados para arremessar nos inimigos também. Mas há outra função interessante: a de cobertura. O jogo possui uma forma de se agachar e se esconder nas paredes, mas é possível usar uma caixa para isso e até levá-la psiquicamente no ar como um escudo. Em outras palavras, o gameplay é bacana.

Inclusive, a mira da pistola é algo bem difícil. Não tive problemas com o arco de Horizon por exemplo, portanto não acho que seja algo pessoal em VR. Mas a SMG, que possui mais balas, facilita esse processo.

A história de Synapse é muito simples e acontece às vésperas de um ataque global devastador, idealizado pelo nefasto Coronel Peter Conrad (David Hayter). Tendo sido um respeitado líder de operações sigilosas, o Coronel se revoltou e se tornou um notório inimigo do estado cujo pensamento distorcido atingiu níveis perigosos, já que ele ressurge em um estágio ameaçador do mundo, o Armagedom.

É aqui que você entra. Você joga como um operativo altamente treinado, equipado exclusivamente para extrair as informações necessárias para impedir o ataque. Após ativar um scanner conectado ao Coronel, você é transportado para o transmissor neurossináptico, um portal para a mente do Coronel. Você deve invadir a paisagem mental distorcida do Coronel, lutando contra suas defesas cada vez mais mortais enquanto barganha para encontrar uma informação vital sobre como evitar o lançamento de sua arma biológica.

No entanto, você não está totalmente sozinho nessa missão. Sua supervisora, Clara Sorensen (Jennifer Hale), diretora do ultrassecreto Bureau V, será sua única conexão com o mundo externo, guiando você por cada camada do subconsciente deformado do Coronel Conrad.

Como é possível notar, a verdadeira ideia da trama é juntar Hayter e Hale em um jogo novamente (ambos foram Snake e Naomi Hunter de Metal Gear Solid).

Por fim, Synapse vale conferir pelo gameplay. É uma experiência diferente dos outros jogos de PS VR2, mas o seu real problema está nisso: o conteúdo. Além de ser algo repetido e com uma história simples, não é um jogo longo e também não é muito desafiador – principalmente se você for atrás de todos os upgrades disponíveis.

Jogo analisado no PS5 (PS VR2) com código fornecido pela nDreams.