[PSN] Skullgirls

Dentre todas as modalidades dos chamados "esportes virtuais", jogos de luta sem dúvidas são os mais tradicionais dos campeonatos. De Street Fighter a Guilty Gear, jogadores de todo tipo e idade se dedicam a aprender todos os movimentos, combos e técnicas de diversos personagens para cair na pancadaria digital todos os anos em eventos como o Evo e Shoryuken.

Mike Zaimont, um veterano deste meio, criou junto a Lab Zero Games um game competitivo de luta cujo objetivo era ser o mais acessível possível, porém, ao mesmo tempo mantendo o equilíbrio e profundidade de séries já consagradas no gênero. E assim nasceu Skullgirls, a porta de entrada para qualquer um que deseja aprender como ser um campeão e também um prato cheio para quem já é entendido – tudo isso regado a uma direção artística e capricho gráfico sensacionais.

Isso tudo você já deve ter ouvido falar, pois Skullgirls é de 2012, completando dois anos em breve. Depois da pouca atividade no meio competitivo, no entanto, o jogo está renascendo com o subtítulo de Encore, resultado de uma campanha no site Indiegogo, em que fãs doaram mais de 800 mil dólares para que o jogo fosse ajustado e cinco novos personagens fossem criados como DLC – inicialmente gratuito. O primeiro destes novos lutadores já saiu, então vamos aproveitar o momento e discutir tanto o jogo quanto o conteúdo adicional que vai continuar a ser lançado durante o resto do ano.

A parte mais bela de Skullgirls fica logo no menu inicial: os tutoriais. As lições cobrem tudo, de termos utilizados nos jogos de luta em geral até os movimentos de cada personagem. Um jogador mais aplicado vai aprender o bastante para entender não apenas como jogar o que já tem em mãos, mas também a parte técnica que se aplica a todos os outros títulos da área. Algo como conectar certos movimentos, por exemplo, pode ser complicado para alguém sem experiência, mas o tutorial faz um ótimo trabalho em ensinar, mesmo que em lições complicadas, coisas essenciais de forma que nenhum outro faz.

Claro, todo este esforço em passar o básico de um jogo de luta seria em vão se Skullgirls não fosse bom o bastante para permitir que o jogador expressasse o que aprendeu. Felizmente, esse não é o caso, e a Lab Zero Games criou algo que cumpre o que promete, ofuscando até títulos de desenvolvedoras muito maiores. Os controles respondem perfeitamente e são extremamente precisos, algo que pode até frustrar quem está acostumado a um jogos que perdoam mais na hora de conectar movimentos .Além disso, todos os sistemas que vemos na maior parte dos títulos de luta estão presentes, como a capacidade de escolher dois ou três lutadores e alterná-los durante a luta. Por fim, todas as personagens (que, aliás, só incluem mulheres) possuem movimentos únicos e estilos interessantes, mas nada que se sobressaia como desbalanceado. É um verdadeiro jogo de luta, e dos bons.

Adicionado charme ao jogo, as personagens possuem sprites bastante detalhados e animados com muita atenção. Cada ataque exala personalidade e torna o jogo não apenas bem produzido, mas também agradável aos olhos, funcionando também como um bom encorajamento para se passar horas treinando. Os cenários são igualmente detalhados e criam um contraste interessante entre o que acontece à frente e ao fundo da tela. Mesmo assim, estes são menos trabalhados e com uma variação mais simples do estilo presente no jogo.

Apesar de todas essas características, Skullgirls é, infelizmente, um jogo com pouco conteúdo. Com apenas oito personagens jogáveis e mais cinco planejadas em DLC, poucos modos de jogo e menus secos, é provável que você não se mantenha grudado ao jogo ao menos que esteja realmente interessado em dominar o gênero, o que faz com que o game se torne mais um tutorial do que um jogo por si só. A música, história, diálogos e extras não são nada em comparação com o que o jogo tem a oferecer em jogabilidade e capricho visual, o que torna o pacote bem menos atraente pelo elevado preço de 15 dólares na PSN. No entanto, levando em consideração que o elenco irá quase dobrar conforme os novos personagens forem lançados, o jogo fica mais fácil de recomendar, especialmente pelo fato de que os mesmos serão gratuitos inicialmente e depois irão constituir um pacote pago.
 

Veredito

Fãs de qualquer jogo de luta vão se sentir no paraíso jogando Skullgirls, assim como quem deseja se aprofundar no gênero. As atualizações que ainda estão por vir prometem um jogo mais extenso, porém, em seu estado atual, o conteúdo escasso e a pouca variedade não vingam para quem procura algo que dure mais do que algumas dezenas de partidas.  

Veredito

70

Fabricante:

Plataforma:

Gênero:

Distribuidora:

Lançamento:

Dublado:

Legendado:

Troféus:

Comprar na

Veredict