[PSN] Q.U.B.E: Director's Cut

Q.U.B.E é um jogo da produtora independente Toxic Games. Trata-se de um puzzle em primeira pessoa que, querendo ou não, nos faz lembrar de Portal. Originalmente lançado para PC em dezembro de 2011, o jogo finalmente chega ao PS4 (e PS3 também) com o nome de Q.U.B.E: Director's Cut.

A ideia principal de Q.U.B.E é solucionar puzzles com blocos. A similaridade com Portal é a sua ambientação (salas brancas e limpas), assim como uma história com um protagonista mudo. E, é claro, o fato de ser um puzzle em primeira pessoa com uma série de etapas que lembram muito os testes de GLaDOS. Mas os puzzles em si do jogo não usam uma arma de portais – pelo contrário, você usa luvas que interagem com os blocos de diferentes maneiras.

Usando os botões L2 e R2, você ergue ou abaixa os blocos. Cada bloco possui uma cor que provoca um comportamento diferente – os blocos vermelhos, por exemplo, são os mais simples, podendo ser erguidos em até três níveis. Já os amarelos possuem também três opções, mas você escolhe qual deles erguer e eles ficam em formato de escada. O bloco azul é um trampolim. E assim por diante. Todos eles devem permitir que você consiga alcançar a saída, esteja ela em uma região alta ou trancada.

Os puzzles vão ficando cada vez mais difíceis e são divertidos de serem completados. E não se engane – apesar de estarmos falando de um jogo da PSN de apenas 10 dólares, é relativamente longo e, portanto, de um bom custo benefício.

Mas e a história? Primeiramente, vale ressaltar que não há legendas em português do Brasil. Portanto pode ser complicado para os jogadores que não sabem inglês se ambientarem. Mas serei franco: enquanto que os puzzles são sensacionais e divertidos, a história é um tanto quanto fraca. Como dito anteriormente, você é um protagonista mudo que, supostamente, é um astronauta no espaço. Seu objetivo é avançar para dentro de um cubo misterioso e gigantesco que precisa ser destruído antes que alcance a Terra e destrua tudo nela. Enquanto você faz essa missão um tanto quanto maluca, há duas personalidades que conversam com o jogador – uma feminina que o guia para essa missão, e outra, masculina, que diz que é tudo mentira. Nesse ínterim, a feminina lê mensagens que o próprio personagem do jogador deixou para si mesmo.

É uma história confusa, mas aberta e com bastante simbolismo. Ela foi escrita por Rob Yescombe, um escritor premiado. Pessoalmente, achei a história pouco envolvente – parece que ela foi colocada à força no jogo e não que estava lá desde o início. E isso é claramente explicado pelo fato que a história só existe na Director's Cut.

Além da campanha, Q.U.B.E: Director's Cut conta também com Time Trials, que aumentam a vida útil do jogo. Não há multiplayer e não existem colecionáveis – na verdade, há salas secretas com puzzles a serem solucionados.

Jogo analisado com código fornecido pela Grip Digital.