LOUD on Planet X é um projeto independente desenvolvido pelo estúdio Pop Sandbox, que conta com alguns dos criadores de Sound Shapes. Originalmente concebido através de uma campanha no Kickstarter, o jogo tem a premissa de unir o estilo musical de games como Guitar Hero e Rock Band e combinar o gênero tower defense no estilo de Plants Vs Zombies. Essa combinação peculiar de dois gêneros acaba sendo o grande chamariz do título.
Reunindo artistas e bandas indies de diversos gêneros e estilos como Tegan and Sara, Purity Ring, METZ,Metric, Lights, July Talk, F*cked Up, Austra e mais. Tais bandas são abduzidas por aliens que os jogam na Lua e os fazem lutar com criaturas extraterrestres, e suas únicas armas para enfrentá-los é o poder de seus instrumentos, o poder da música!
A mecânica do jogo se baseia em impedir o avanço dos aliens até o local onde a banda está tocando. Em quatro pistas, o jogador terá que tocar no ritmo da canção para soltar um raio através das caixas de som e eliminar os monstros que vêm em direção ao palco. A mecânica não necessariamente limita o jogador a tocar em determinada linha, mas a estratégia fica em exatamente balancear suas defesas em cada uma delas. Com três dificuldades, o jeito que se deve tocar é mais subjetivo do que em jogos que mostram mais diretamente o momento certo que o jogador deve apertar o botão certo.
Mecânicas clássicas como acúmulo de pontos, streaks e habilidades especiais adquiridas com o tempo são bem variadas tanto no que oferecem quanto visualmente, como fotógrafos que usam o flash das câmeras para impedir que os monstros prossigam ou barreiras que protegem as caixas de som por certo tempo. Quando atingido na mesma pista mais de 3 vezes, a caixa de som quebra e o jogador tem que pressionar o botão respectivo para que ela seja restaurada. Assim, consertar seus instrumentos interfere no tempo e atrapalha na hora de retornar a sincronizar com a música. Ao acumular certa pontuação na barra LOUD, o jogador pode liberar um poderoso especial que elimina todos os monstros do cenário de uma só vez.
Os controles no geral são bem intuitivos, não sendo um obstáculo para os reflexos do jogador. A única decisão peculiar no mapeamento de botões é que há apenas uma pista que oferece mais de um botão que pode ser usado, a terceira de cima para baixo, que tanto o quadrado quanto o bolinha. Há a grata opção de se jogar tanto para destros quanto para canhotos.
São 28 músicas de 14 bandas, além de 2 faixas compostas originalmente para o jogo. Essas músicas são dividas em 3 regiões (azul, verde e rosa) que o jogador pode seguir para desbloquear mais músicas e chegar no confronto final com os alienígenas.Há uma boa variedade de músicas de artistas indies como CHVRCHES, HEALTH e Little Dragon, que mesmo não sendo conhecidos para o grande público tem músicas variadas e bem distintas uma da outra, agradando vários gostos musicais.
O visual combina com a proposta “indie”, sendo bem minimalista, cada artista é definido e caracterizado com trejeitos e adereços distintos, contribuindo para a fácil identificação e distinção entre eles. Além da diversidade musical, a diferença visual entre os monstros, que necessitam serem atingidos mais vezes dependendo da quantidade de olhos que apresentam em seu corpo, e suas respectivas movimentações, alternando de pistas ou ficando ocultos por certo tempo para atrapalhar o jogador, torna cada faixa uma fase distinta da outra.
O grande contra é a falta de qualquer outro modo fora da campanha principal. Sem um componente multiplayer ou competitivo, o que faz parecer um produto incompleto e é um desserviço para a natureza de um jogo do gênero, que é um prato cheio para festas e jogatinas locais entre amigos.
Há também a falta de uma versão para Vita (prometida pelo estúdio Pop Sandlot, mas sem nenhuma informação concreta de data até o momento), pois além do visual minimalista se encaixar perfeitamente no portátil, é uma experiência que necessita de fones de ouvido para ficar completa.
Veredito
Divertido e acessível, LOUD on Planet X tem uma boa variedade de estilos musicais e um visual simples e interessante, porém, a falta de modos competitivos e mais conteúdo para justificar seu replay impedem dele brilhar no meio do cenário de games musicais. Mas se você aprecia o gênero, tanto do game quanto do estilo de músicas que ele apresenta, é possível apreciá-lo sem muito compromisso, apenas bote o play e vá matar uns alienígenas nojentos.
Jogo analisado com o código fornecido pela desenvolvedora.