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MLB 14: The Show

Mantendo o já tradicional calendário de lançamentos de jogos de esporte, no último dia 01/04 foi lançado para PlayStation 3 e PlayStation Vita (com lançamento previsto para 06/05 para PlayStation 4) a nova edição do simulador de baseball da Sony San Diego, MLB 14: The Show, chega novamente mostrando porque é um dos melhores e mais consistentes system-sellers da gigante japonesa.

Se valendo agora do rótulo de único jogo da modalidade disponível no mercado, dada a dificuldade que a 2K tinha de concorrer tanto em qualidade quanto em vendas, e apenas em plataformas PlayStation, a primeira edição do jogo a ter seu desenvolvimento focado na nova geração poderia ter resultado em um mero reaproveitamento do jogo do ano passado no PS3, com a única mudança “significativa” sendo a atualização dos elencos. Não é o que temos por aqui.

MLB 14: The Show parece um jogo em mudança. Com o foco naturalmente mudando para o PS4, a edição de PS3 parece ter se beneficiado com isso, ganhando um jogo mais refinado e mais próximo do que se idealiza de um jogo de esportes. Embora se foi a sensação passada de falta de balanço entre rebatedores e arremessadores, deixando a impressão de ser fácil demais rebater na maioria das partidas, a facilidade em deixar seu personagem poderoso demais comparado com o progresso lento entre as franquias no modo “Road to the Show”. MLB 14: The Show é um jogo novo, reconstruído com o futuro em mente.

A primeira grande mudança está na Interface, mais leve e mais intuitiva, abandonando (em parte) os menus lentos, pesados e feios que tumultuavam a experiência do ano anterior, facilitando a administração tanto de seu time quanto de seu jogador, a depender do modo de jogo escolhido. Ainda há muito a ser melhorado, mas já não é uma experiência tão ruim quanto a dos anos anteriores.

O principal destaque da edição desse ano fica pras duas principais novidades mecânicas do jogo (e que não estão presentes no “Road to the Show”, tradicional modo carreira da franquia). Ambas as novidades visam acelerar as partidas, tomando menos tempo e tornando-as ainda mais emocionantes. São elas: o “Player Lock” e a “Quick Count”. Com o “Player Lock”, você passa a controlar apenas um jogador na partida, nos moldes do modo carreira, podendo alternar para qualquer outro jogador da equipe a qualquer momento, enquanto a “Quick Count” gera uma contagem aleatória a partir dos stats do arremessador e do rebatedor, diminuindo o tempo de cada embate, o que, no fim das contas, pode ser a diferença de uma partida que demora 30, 40 minutos para uma partida que dure 10.

As mudanças no perfil atrelado ao jogo trazem todo um novo sabor. Há a possibilidade de transportar seu save entre jogos, o que permite que sua franquia ou jogador caminhem contigo pelos próximos jogos da franquia, inclusive entre plataformas, já que temos o retorno da feature de cross-save. Além disso, o perfil agora é universal, analisando suas tendências tanto no “Road to the Show” quanto no “Franchises”, “Seasons” ou “Diamond Dinasty” e os exibindo para a comunidade, permitindo que se jogue contra oponentes mais apurados do que a IA do jogo (que já é boa o suficiente).

O jogo conta ainda com certa veia Arcade em seus mini-games, sejam eles os mais tradicionais Playoffs e Home Run Derby até as novidades do “Community Challenges”, situações criadas pelos usuários e que, quando cumpridas, lhe dão como recompensa pontos a serem usados pelo perfil. Esses desafios acabam sendo uma forma de treinar em situações “in-game”, fora do ambiente controlado do “Practice”, tudo complementado por um desafio proposto (e mais difícil) pelo estúdio na forma dos “Weekly Challenges”.

Outros aspectos do jogo foram refinados, com destaque na forma das novas câmeras e as várias possibilidades de customização da visão, tornando possível assim, finalmente, que a câmera não te atrapalhe enquanto se está jogando em uma das posições de out-field. Se a trilha sonora ainda parece um pouco fora de tom com o ambiente das partidas (problema facilmente solucionável pela possibilidade de customizar as músicas do jogo), a narração melhorou, mas ainda é um pouco mecânica demais.

Por fim, vê-se que a Sony San Diego fez um ótimo trabalho em refinar a experiência do modo “Road to the Show”, acabando com os objetivos quinzenais que antes eram pré-requisitos para se subir pelos “farm systems” do time que lhe draftava (processo que também ganhou uma dose de atenção, sendo possível agora participar de 3 partidas de exibição para melhorar sua posição no draft). Anteriormente, isso acabava limitando a forma como os pontos de experiência eram gastos, mas agora a evolução do personagem é mais solta e há a possibilidade de se subir entre as várias divisões até a equipe principal a qualquer momento, o que dá um pouco mais de peso a cada partida.

O modo carreira do jogo se beneficia ainda de uma distribuição mais generosa de pontos, incluindo agora “fielding” e “base running” como partes importantes do jogo virtual, compensando a maior quantidade de pontos distribuídas com uma curva de “preço” mais acentuada para se chegar aos níveis mais altos dos stats. “Road to the Show” deve se beneficiar ainda do sistema de saves inter-jogos, com a possibilidade de se transferir seu jogador e seu time do modo “Franchises” para as próximas edições do The Show, acabando assim com a sensação de ter posto dezenas ou centenas de horas em algo que seria descartado no ano seguinte.

O único destaque negativo fica, realmente, para o modo online do jogo. O match-making e a estabilidade dos servidores melhoraram, mas ainda estão longe do ideal, colocando algumas das principais experiências do jogo, como o “Online Franchises” e o modo de colecionáveis “Diamond Dinasty”, em uma situação que foge da ideal. Ainda é possível aproveitar a experiência, mas espera-se que a Sony continue fazendo melhorias nesse aspecto, que às vezes torna até uma rápida partida simples em um processo longo de espera.

Não há nada que a edição de 2014 da franquia de baseball da Sony não melhore em relação às anteriores, mostrando assim, mais uma vez, porque é um belo system-seller (que muitas vezes ignoramos no Brasil), além de um dos mais conceituados simuladores de esporte do mercado. Mesmo em seus aspectos que ainda estão longe do ideal, como menus, trilha sonora e ambiente online, vê-se melhorias em relação à edição anterior e um trabalho consciente em solucionar os problemas.
 

Veredito

MLB 14: The Show é uma compra obrigatória para os fãs de esporte, seja aqueles que já vêm seguindo o fantástico trabalho da Sony San Diego ao longo dos anos ou para os órfãos da extinta franquia da 2K. Um jogo refinado em todos os seus aspectos, a edição desse ano faz jus ao seu nome e entrega uma ótima experiência, em qualquer posição, seja no montinho, no diamante ou fora dele. Esse ano, Baseball realmente é melhor.

Jogo analisado com cópia digital adquirida na Playstation Store americana.

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