Em algumas de minhas análises de jogos da Compile Heart como, por exemplo, Omega Quintet e Dark Rose Valkyrie, mencionei que ambos tinham excelentes sistemas de batalha, mas que a qualidade de produção de outros aspectos do jogo impedia que o conjunto da obra fosse verdadeiramente excelente. Mary Skelter Nightmares é um Dungeon RPG, um gênero que foca na qualidade das suas mecânicas de combate e exploração, aproveitando os pontos fortes da produtora, e alia uma ótima direção de arte e música, o que resulta em um dos melhores DRPGs já lançados no Vita.
Mary Skelter Nightmares se passa dentro da “Cadeia”, um ser vivo que aprisiona a população humana há muito tempo, a ponto que a população já não sabe por que seres humanos estão presos naquele lugar e como era a civilização em uma época antes da Cadeia. A Cadeia é habitada por Marchens, monstros de diferentes tipos que capturam, torturam e matam as pessoas, sendo a principal ameaça para a população local.
A história começa na cela de Jack e Alice, dois adolescentes que foram capturados por Marchens e passam por uma rotina diária de torturas. Essa rotina se repete até que ambos são salvos pela Chapeuzinho Vermelho, escapam da cela e a Chapeuzinho explica que Alice é uma das poucas pessoas com poderes para enfrentar os Marchens, enquanto que Jack também tem “poderes desconhecidos” em seu sangue que podem ajudar em batalha.
Chapeuzinho Vermelho é uma das personagens que compõe o grupo que explora a Cadeia e enfrenta os Marchens, sendo que a equipe consiste apenas dessas personagens de contos de fadas famosos como, por exemplo, Alice no País das Maravilhas, Bela Adormecida e Branca de Neve. É interessante que as personagens têm características de suas histórias de origem, mas ainda conseguem manter uma identidade própria que se destaca conforme se avança na história principal do jogo e se liberam cenas opcionais com as personagens.