Final Fantasy XV até hoje é oito ou oitenta: tem quem ame, tem quem odeie. Porém, uma coisa é certa: os DLCs lançados até agora deixaram a desejar. O de Gladiolus foi completamente sem graça e o de Prompto, apesar de ser melhor e ter mecânicas interessantes, não foi um DLC de tirar o chapéu.
Finalmente, chegamos no último DLC previsto: o de Ignis (a nossa análise do multiplayer sairá num futuro próximo).
O DLC acontece quando Ignis se separa de seus amigos em Altissia. Sem entrar em muitos detalhes (para não dar spoilers do jogo base), Noctis encontra-se vulnerável após uma batalha épica e Ignis fará de tudo para protegê-lo.
Logo no início, somos apresentados ao gameplay de Ignis. Os comandos de ataque são similares ao de Noctis, porém, via D-Pad podemos trocar o dano elemental, sendo que cada um gera um efeito diferente (fogo tem menor alcance, mas é mais eficaz no dano, enquanto que gelo é o oposto disso, por exemplo). O restante continua igual ao jogo base, com quadrado defendendo e X pulando.
Mas a principal novidade é uma espécie de gancho com corda que Ignis obtém de um dos inimigos. Ele usa isso para se locomover rapidamente por cima das casas de Altissia.
Ainda em Altissia, e somente no começo, Ignis participa de uma espécie de defesa de base. Você sobe em um prédio e visualiza quais áreas estão com presença inimiga. Se estiver vermelha, você deve ir lá e derrotá-los. É algo variado e interessante, mas que não faz a história progredir e não há nenhum inimigo que você já não tenha visto antes. De qualquer forma, logo em seguida Ignis encontra Ravus e os dois acabam se unindo por interesses em comuns (ele se torna o seu parceiro na DLC, da mesma forma que Aranea e Coru nas outras). A DLC avança até, finalmente, chegarmos a Noctis e Ardyn.
Não vou mencionar o que acontece a partir desse ponto, mas é preciso esclarecer que é aqui que ocorre os dois finais distintos. Na primeira vez que você jogar, só existe uma opção: você ser contra o convite de Ardyn e a história acaba seguindo o que aconteceu no jogo base (se você jogou, sabe o que aconteceu com Ignis). Após finalizar a história (que é curta, cerca de 1h a 1h30 no máximo), surge uma opção no menu principal de você visualizar uma segunda possibilidade de final, ou seja, aceitar o convite de Ardyn.
Aceitando, acontece uma história não-canônica que menciona muitas coisas do jogo base que ficaram em aberto, caso o jogador ainda não saiba (não há nada novo, porém tudo é esclarecido mais uma vez e sem deixar aberto a interpretações).
Essa história paralela é algo bem interessante e algo que ninguém esperava para este DLC, o que apenas ressalta o capricho que tiveram com ele.
Além das duas histórias, o DLC apresenta um combate de Ignis contra Noctis, similar ao que temos nos outros episódios, como Prompto contra Aranea. Mas acredite, o combate com Noctis é absurdamente difícil. Mesmo cheio de recursos, a batalha fica intensa quando Noctis está com cerca de 1/4 de vida. É, facilmente, um dos combates mais difíceis de todo o jogo (tanto que vencê-lo é um troféu de ouro da PSN).
Por fim, vale destacar a trilha sonora composta por Yasunori Mitsuda (de Chrono Trigger e Xenogears). A qualidade é facilmente notada. E, é claro, o DLC encontra-se muito bem localizado para o português do Brasil, da mesma forma que o jogo base.
Considerando o baixo preço para um DLC (R$ 15,50 no lançamento), o conteúdo oferecido reflete seu preço.
Veredito
Episódio do Ignis é o melhor DLC dos três amigos de Noctis. Apresenta uma trilha sonora excelente, um gameplay com mecânicas inéditas e funcionais, uma história interessante e até um final alternativo. Os pontos negativos são a duração e basicamente não ter nenhum inimigo inédito.
DLC analisado com código fornecido pela Square Enix.
Veredito
Veredict
Episode Ignis is the best DLC of Noctis’s three friends, presenting us with an excellent soundtrack, a gameplay with new and functional mechanics, an interesting story and even an alternate ending. The downsides are the duration and basically the lack of new enemies.