A primeira expansão de Dark Souls III traz alguns recursos esperados como novos equipamentos, armas e inimigos, porém, é na ambientação que Ashes of Ariandel se destaca em relação à campanha original. A nova e gélida área do mundo da pintura de Ariandel começa com uma estrutura aberta e vai aos poucos se confinando em ambientes mais estreitos. O DLC também é agraciado pela mesma fantástica direção de arte e beleza visual do universo de Dark Souls III.
Aos que não puderam experimentar o primeiro Dark Souls, o mundo do DLC faz referência à pintura de Ariamis. Obviamente, referências do jogo original da série estão espalhados pelos cantos, mas a expansão jamais demonstra ser algo repetitivo ou que pareça ser reaproveitado do seu antecessor. Ashes of Ariandel é um produto original e deve satisfazer aos fãs da franquia.
Com mais de uma dezena de novas armas, cinco novas armaduras/vestimentas, além de itens e algumas magias inéditas, o DLC fortalece a variedade de builds para o PvP. Aliás, o PvP é um modo que recebeu significativa atenção neste episódio, por meio da nova arena de batalhas.
O pré-requisito para acessar a nova arena PvP é um item contido no mundo da Pintura de Ariandel. Após localizar tal objeto, o usuário pode acessar as lutas por pelo Firelink Shrine. Existem modalidades de confronto de trios, free for all, 1×1, entre outras. É um modo divertido, porém com sua parcela de problemas.
Em partidas com muitos jogadores a taxa de quadros é comprometida, o lag no registro de informações ainda persiste (característico do peer to peer de Dark Souls III) e a comunidade restrita aos usuários que possuem o DLC pode resultar na demora para achar oponentes.
Voltando à mini-campanha de Ashes of Ariandel, há diversas armadilhas e inimigos prontos para emboscar o jogador. Como é do padrão dos DLCs da série, existe um design diferenciado dos inimigos e novos comportamentos de ataque. Quando comparado a Artorias of the Abyss ou ao “recente” The Old Hunters, Ashes of Ariandel traz um nível similar de excelência na qualidade, mas não na quantidade.
São apenas dois chefes disponíveis no DLC e uma jornada que pode ser finalizada em aproximadamente de quatro a cinco horas, explorando praticamente tudo. Para não estragar surpresas e revelar demais, apenas ressalto que uma das boss battles é decepcionante – diminuindo um pouco do valor do conteúdo oferecido. Não existe grande variedades de áreas também, mas era algo esperado para apenas a primeira parte (de um total de dois) dos conteúdos adicionais de Dark Souls III.
As novas armas são especialmente interessantes pelos novos ataques e pelas Skills/Weapon Arts diferenciadas. Ashes of Ariandel, no entanto, alcança a excelência em sua luta final. Embora a boss battle opcional seja simplória, o chefe que encerra a campanha do DLC é espetacular.
Veredito
Pelo preço sugerido, Ashes of Ariandel deveria entregar uma experiência menos efêmera. O primeiro episódio adicional de Dark Souls III possui um conteúdo escasso, mas pelo menos apresenta a qualidade típica dos produtos da From Software.
DLC analisado com código fornecido pela produtora.