Bright Memory: Infinite – Review

Bright Memory foi uma surpresa ainda em 2019 quando acompanhava os primeiros títulos para a nova geração de consoles. Tendo visto como o jogo parecia espetacular nos trailers de PC e com o título já no lançamento do Xbox Series sendo bastante promovido, veio o desejo de poder experimentar o jogo naquela época.

Acontece que, apenas agora, sendo lançado para o PlayStation 5 e também relançado como uma versão completa em praticamente todos os outros consoles, a versão Bright Memory: Infinite promete a melhor experiência possível do jogo, tanto em jogabilidade e principalmente visual.

O grande impacto na época eram os gráficos de destaque e principalmente o jogo ter sido feito por um único desenvolvedor, que realizou todo o projeto em seu tempo livre. A ideia era seguir com novos capítulos e criar uma série assim, mas com investimentos e possibilidade de levar o título para mais plataformas, Infinite se tornou o capítulo definitivo do projeto que pode seguir agora com um rumo unificado.

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A história se passa durante o ano novo chinês, com a agente da SRO (Organização de Pesquisa Científica), Shelia, sendo enviada para investigar uma anomalia que surgiu nos céus do país. Dotada de um braço mecânico, armas especiais e diversas habilidades únicas, Shelia descobre que há uma outra organização com interesses diferentes para com a anomalia e se encontra numa batalha contra o tempo.

É complicado entrar em muitos detalhes sobre a história aqui e como ela desenrola durante o jogo. Digamos que, mesmo respeitando as diretrizes de embargo do que posso dizer, falar mais sobre o jogo é extremamente limitado já que sua duração é menor que 2 horas. Terminei o jogo 3 vezes, sendo que mesmo na dificuldade mais alta acabei por sequer alcançar a duração informada antes. A média das 3 jogadas ficou em 1 hora e 45 minutos, tendo feito tudo o que o jogo fornece em cada uma das jogadas.

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Existe uma narrativa e uma história a apresentar, mas pelas decisões tomadas em questão de design e progressão disso numa possível série ou sequência, tudo é interrompido abruptamente e o jogador fica com mais questões do que entendimento sobre o título. Pense em uma campanha de um Call of Duty qualquer, sendo mostrada apenas o primeiro terço dela e que termina do nada, com o jogador sequer tendo engrenado no que foi oferecido. Brigth Memory: Infinite jamais poderia ser recomendado pela sua história e se salva de ser um desastre completo graças ao bom visual, que destacamos mais abaixo, e principalmente pela jogabilidade.

A melhor forma de rotular o título da FYQD Personal Studio é dizer ser uma techdemo competente, que pode um dia demonstrar todo seu potencial em um jogo completo. Acredite, a jogabilidade é um destaque imenso e é por ela que há o desejo de jogar mais de uma vez a campanha, já que boa parte das habilidades e armas são encontradas mais pra frente no jogo. A mistura da boa execução do FPS com ação rápida baseada em combate corpo a corpo e habilidades diversas criam a experiência que vale a pena aqui.

Há 4 armas com dois tipos de ataques cada, habilidades do braço prostético de Shelia e também as habilidades corpo a corpo que vem da sua arma branca. A combinação dos ataques, mais as melhorias que vão sendo feitas no decorrer da campanha vão dando o tom no jogo, que se torna um esquecimento do que é história/narrativa e se torna um desejo de ir de encontro em encontro querendo testar novos combos e ataques.

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Fora isso, as demais particularidades do combate são mais simples, como pouca variação de locais ou mapas que podem ser diferentes de apenas arenas abertas ou tipos de inimigos com baixa variação. Há cerca de 6 ou 7 tipos de inimigos, sendo que visualmente são apenas duas variedades, e além disso são somente 3 áreas de chefe que ainda possuem uma certa limitação.

Se a jogabilidade é o grande destaque, o visual é o que acaba sendo abaixo do que era esperado. Trailers e imagens mostram um jogo absurdamente refinado, com diversos efeitos, texturas e tudo mais. Entretanto, com o controle na mão e olhos na tela, a sensação é de que recebemos aquém daquilo que era esperado. Modelos 3D vão lembrar os da época de PS3, enquanto o título tem um exagero em efeitos de pós-processamento para disfarçar partes de menor destaque, como fumaça e chuva, objetos de cenário e o próprio ambiente se mostra limitado e repetitivo em visual.

O conjunto inteiro ainda entrega algo agradável e impressionante quando voltamos a pensar nas limitações do projeto em pessoas e recursos, mas o marketing em cima disso foi exagerado e não é nada próximo do esperado. Mesmo pontos de destaque, como as boas animações, como de ataque e reload, que instigam o combate rápido, acabam caindo no esquecimento com o tempo devido a repetição do mesmo conteúdo.

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Como já disse, a melhor forma ainda é descrever o jogo como uma techdemo de grife – adicione o termo “gourmet” caso tenha interesse – e que tem diversos problemas para justificar com um jogo completo. Mesmo o preço (padrão de 20$ na PSN US) pode ser elevado para o título que, ainda que estimule o jogador a terminar mais de uma vez, não traz uma experiência completa.

Apesar disso, há um início de projeto aqui que ainda pode se destacar no futuro, principalmente se o próximo passo for um mais completo e mais respeitoso com o jogador. Há poucos problemas técnicos, bugs ou defeitos que possam fazer o jogo ainda ter mais pontos negativos. Há realmente um bom polimento aqui, mas seria engraçado se isso não acontecesse com a quantidade mínima de conteúdo disponível. O que realmente falta é mais para o jogador fazer, no mínimo, mais horas de campanha e variação da mesma.

Bright Memory: Infinite tem seus pontos positivos, em alta está a jogabilidade e parte de seu visual, mas peca em ser um jogo que justifique seu preço e tempo investido no mesmo. Há muito pouco aqui e até mesmo a platina pode ser feita em menos de um dia por qualquer um, com pouco desafio apesar de tudo mesmo na dificuldade mais elevada. A recomendação vai depender muito do gosto do jogador, com diferentes tipos podendo aproveitar melhor o jogo do que o usuário comum.

Jogo analisado no PS5 com código oferecido pela PLAYISM.

Veredito

Extremamente curto, com quase nenhum desenvolvimento da história e sendo uma experiência bastante limitada, Bright Memory: Infinite se destaca por um boa jogabilidade que pode não ser o suficiente para justificar seu preço.

60

Bright Memory: Infinite

Fabricante: FYQD Studio

Plataforma: PS5

Gênero: FPS

Distribuidora: FYQD-Studio / PLAYISM

Lançamento: 21/07/2022

Dublado: Não

Legendado: Sim

Troféus: Sim (inclusive Platina)

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Veredict

Extremely short, with almost no story development and being a rather limited experience, Bright Memory: Infinite stands out for a good gameplay that may not be enough to justify its price.