A Square Enix quer vender participações em alguns de seus estúdios de desenvolvimento para “melhorar a eficiência do capital”, disse a empresa.
A companhia realizou uma conferência para discutir seus resultados financeiros mais recentes e, após isso, o analista do Japão, David Gibson (via VGC), foi ao Twitter para resumir os planos.
De acordo com Gibson, a venda da Crystal Dynamics e da Eidos para o Embracer Group foi a Fase 1 dos planos da Square Enix, enquanto que a Fase 2 será “diversificação da estrutura de capital do estúdio”.
“O aumento dos custos de desenvolvimento de jogos significa que, com estúdios 100% próprios, eles precisam ser seletivos e concentrar recursos, o que limita a expansão”, escreveu Gibson. Como tal, a Square Enix estará “fazendo uma revisão do portfólio do estúdio”.
Ele acrescentou: “alguns estúdios permanecerão 100%, enquanto outros mudarão (método de equidade ou joint venture)”, explicou Gibson, acrescentando que a Square Enix “também procurará explorar para expandir o portfólio de estúdios”.
De acordo com a reportagem de Gibson sobre a chamada, o “maior impacto está nos estúdios dos EUA e Europa em torno de grandes títulos”, e que as mudanças significam que a Square Enix “será capaz de alocar recursos principalmente para títulos do Japão”.
“Então, a Square Enix está procurando vender participações em seus estúdios para outros para melhorar a eficiência do capital”, resumiu Gibson, “bem quando outros como Sony são compradores. Eu esperaria que Sony, Tencent, Nexon e outros estivessem interessadas.”
Gibson também observou que, em sua estimativa, a decisão da Square Enix é “extraordinária” porque a empresa deve ter dinheiro mais do que suficiente para atender às suas necessidades sem ter que vender participações em seus estúdios existentes.
“Os custos de desenvolvimento de jogos capitalizados da Square Enix estão atualmente em US$ 840 milhões”, escreveu ele. “Mas após a venda da Crystal Dynamics / Eidos, a empresa terá US$ 1,4 bilhão em dinheiro e dívida zero, o que é suficiente para financiar investimentos expandidos em jogos e não vender participações em seus estúdios”.