Persona 5 Royal

Ao longo dos anos, a Atlus tem se tornado uma das desenvolvedoras japonesas mais cultuadas no Ocidente. Com o aumento da atenção voltada aos seus jogos, era natural então que vários problemas passassem a ser apontados em relação a visão mais tradicional que a empresa tem, gerando polêmicas em especial na forma como aborda questões LGBTQI+ em seus jogos.

Com o lançamento ocidental de Persona 5 Royal se aproximando, a GameSpot aproveitou para falar com Yu Namba, o gerente sênior de projetos que tem desempenhado um papel fundamental na localização da série desde Persona 2: Eternal Punishment em 2000, sobre quais alterações, se alguma, a localização das cenas existentes no jogo original teriam nesse relançamento.

Em especial, quando questionado sobre as cenas envolvendo um casal gay que assediava Ryuji em certos pontos de Persona 5 e eram “retratados mais como predadores”, nas palavras do Namba, ele disse que “acha que a comunidade teve uma resposta muito forte aquilo e  que isso foi definitivamente alterado para o Royal”.

Quando questionado sobre como essas alterações nas linhas de diálogo e nos personagens ocorreu, Namba disse simplesmente que “nós fizemos que eles fossem vistos como grandes entusiastas de algo que eles gostam de fazer. Mas não é como se eles tivessem a caça de jovens garotos ou algo assim”.

Aparentemente, não foi só a base de fãs do jogo que se sentiu incomodada com isso. Namba disse que “nosso time se sentiu um pouco esquisita sobre isso enquanto trabalhávamos”, no que se refere a esses momentos do jogo original. Ele também disse que não foi fácil conseguir autorização para essas mudanças. Ele concluiu dizendo que “nós estamos bem felizes com o resultado. Não é uma mudança significante, mas eu acho que é significativa o suficiente para as pessoas que não se sentiram confortáveis ao passar por aquela parte em Persona 5 para que elas se sintam melhores dessa vez.”

Persona 5 Royal será lançado para PlayStation 4 em 31 de março. O artigo original da GameSpot fala um pouco mais sobre o relançamento e é uma leitura interessante.