O CEO do Embracer Group, Lars Wingefors, disse que a empresa gasta mais em taxas das plataformas de jogos do que no desenvolvimento dos mesmos.
Em uma sessão de perguntas e respostas durante a assembleia geral anual da Embracer na quinta-feira, o executivo foi questionado sobre sua opinião sobre o recentemente anunciado programa Epic First Run (via VGC).
O novo esquema de exclusividade permitirá que desenvolvedores de qualquer tamanho reivindiquem 100% da receita se concordarem em tornar os títulos elegíveis exclusivos da Epic Games Store por seis meses. Após o término dos seis meses, o jogo reverterá para a divisão de receita padrão da Epic Games Store de 88% para o desenvolvedor e 12% para a Epic Games.
Em comparação, a Valve tradicionalmente detém uma participação de 30% nas vendas de jogos no Steam, embora em 2018 tenha introduzido um sistema de divisão de receitas que oferece mais aos desenvolvedores se seus jogos atingirem determinados limites de vendas (75%/25% em ganhos além de US$ 10 milhões e 80%/20% sobre ganhos superiores a US$ 50 milhões). A PlayStation e Xbox possuem uma taxa aproximada de 30% também.
“No final das contas, acho que é bom competir com o Steam, porque isso os coloca em alerta para oferecer a melhor experiência”, disse Wingefors sobre o Epic First Run. “Obviamente, gostaríamos de pagar menos taxas às plataformas. Na realidade, estamos pagando mais taxas às plataformas do que gastamos no desenvolvimento de jogos todos os anos, e se você pensar apenas nesse número, é uma loucura”.
“Então, há margens com as plataformas que eu preferiria ter na construção de mais jogos e mais algumas margens, mas acho ótimo que a Epic esteja lá tentando construir uma plataforma competitiva”, comenta. “Ao mesmo tempo”, acrescentou, “talvez os consumidores estejam a olhar para as coisas de forma diferente, que queiram poder escolher a sua plataforma, por isso há muitas perspectivas diferentes sobre isso, e não quero aprofundar-me muito isso, mas acho que a concorrência em geral é grande”.
