Mesmo que os acionistas da Activision Blizzard aprovem a venda de US$ 69 bilhões para a Microsoft hoje (28), o Wall Street está apostando que as autoridades antitruste de Biden podem evitar uma das maiores fusões da história dos EUA. Atualização: os acionistas aprovaram a compra.
As ações estão sendo negociadas 25% abaixo da oferta de US$ 95 da Microsoft, indicando que os investidores veem o risco da compra não fechar conforme planejado. Esse prêmio de risco é mais que o dobro do do Twitter após a oferta de Elon Musk, e maior do que a maioria dos negócios anunciados – mas ainda pendentes – monitorados pelo Bloomberg. Além disso, o acordo também precisará da aprovação de outros governos, incluindo a União Europeia e a China.
Os acionistas da Activision votarão hoje e devem aprovar o acordo, de acordo com Betty Chan, especialista em arbitragem de fusões da Elevation LLC.
Porém, o acordo será analisado pela Comissão Federal de Comércio, liderada por Lina Khan, que há muito defende uma abordagem mais contundente na revisão de acordos, principalmente pelas maiores empresas de tecnologia. Sob sua liderança, a agência bloqueou a aquisição da Arm Ltd. pela Nvidia Corp., bem como o acordo da Lockheed Martin Corp. com a Aerojet Rocketdyne Holdings Inc. Ela também ressuscitou o caso de monopólio da FTC contra a Meta Platforms Inc., que busca separar o WhatsApp e o Instagram.