Assassin's Creed Mirage

Ao longo dos anos, não obstante várias flutuações, uma coisa sempre se manteve real: a franquia Assassin’s Creed é o carro-chefe da Ubisoft e todos os esforços sempre foram (e serão) feitos para manter a franquia viva e relevante em diferentes caminhos e plataformas ocupando seu próprio espaço nas mentes e corações dos jogadores.

Então, quando recebemos o convite da Ubisoft para ter acesso antecipado ao que a publisher reserva para o futuro da franquia, a curiosidade e empolgação eram inegáveis. Afinal, saídos de uma série de anúncios no evento de aniversário de 15 anos da série (e com muito silêncio após isso), seria finalmente chegada a hora de sabermos o que de concreto esses jogos entregarão?

A resposta para essa pergunta foi um sonoro sim. Naturalmente, em se tratando de Assassin’s Creed, nem tudo que foi mostrado é algo que irá chegar aos consoles PlayStation, com uma importante ressalva sendo feita aqui ao fato de que Assassin’s Creed Nexus VR seria uma excelente adição à biblioteca do PS VR2 se o resultado final for tão bom quanto o que vimos indica. Portanto, nosso foco se dá ao principal lançamento da publisher em 2023: Assassin’s Creed Mirage.

A apresentação a qual tivemos acesso teve grande parte da sua duração voltada para o próximo jogo principal da franquia. Isso inclui tanto um trailer mais voltado para a história quanto declarações dos desenvolvedores e, mais importante de tudo, sessões mais longas de gameplay (ainda que de um trecho ainda na parte inicial do jogo).

Indo na direção oposta da trilogia mais recente da franquia, Mirage é uma clara e completa “volta às origens” para a série, celebrando o ponto do qual ela começou sem deixar de modernizá-la para as novidades que foram sendo incorporadas ao longo de quase duas décadas. Afinal, não se constrói um best-seller sem constante reinvenção.

O primeiro trailer que vimos foi focado na história, especialmente nas origens do protagonista, Basim Ibn Ishaq, mostrando um pouco de como ele se tornou um dos Hidden Ones, seu importante papel na estrutura da Ordem no Califado de Abbasid (onde atualmente fica a cidade de Bagdá), bem como os pesadelos pessoais que eventualmente o colocariam em rota para os acontecimentos vistos em Assassin’s Creed Valhalla.

Esse primeiro trailer é um dos principais sinais do porquê Assassin’s Creed Mirage me empolga tanto: o jogo abraça muito bem o legado da franquia e toda a lore por trás dela, mas ainda traz algo fundamental para os próximos passos da série que é entregar uma história auto-suficiente e contida em um título único, capaz de ser compreendida sem anos e anos de compreensão de uma lore complexa (às vezes excessivamente complexa).

Isso mostra que embora ele tenha pontos que agradarão aos fãs de longa data, é facilmente um título capaz de agradar aqueles que abandonaram a série ao longo dos anos com as mudanças mais em direção a um RPG de Ação ou quem simplesmente se interessar pela ambientação do título e está tendo seu primeiro contato com ela agora.

Essa mesma filosofia de design parece ter norteado o gameplay do jogo. Salvo pela clara diferença no protagonista, é bem fácil de ver Mirage quase como uma remake do Assassin’s Creed original, dado o enorme foco colocado nos elementos originais da série. Pela primeira vez em anos, atacar pelas sombras e sumir em meio à multidão será mais importante do que atacar uma fortaleza de peito aberto com sua espada.

É desnecessário descrever palavra por palavra o que pudemos ver, mas Basim é o protagonista mais “vulnerável” da série desde Ezio, algo que deverá agir em favor dele. Embora você ainda seja capaz de entrar em combate direto, há um claro foco na fuga e discrição, com o jogador sendo encorajado a se esconder com maior facilidade dos inimigos e agir com precisão e letalidade quando necessário.

Para isso, Basim possui habilidades novas como a possibilidade de derrubar escadas na frente de inimigos ou fazê-los se perder em meio à multidão, além de toda uma gama de gadgets que ajudarão na movimentação pelos telhados de Bagdá. São elementos importantes que mostram que, por mais divertido que seja viver a vida de um viking na Inglaterra ou um Medjai no Egito, os Hidden Ones/Assassinos ainda são a essência da franquia e é pelo seu rol de habilidades que a jogamos.

Dizendo isso como um fã de longa data da série, é inegável a empolgação com o que Assassin’s Creed Mirage nos mostrou e a clara sensação de que, embora o segundo semestre venha se moldando com vários lançamentos importantes, será necessário organizar toda a agenda para visitarmos Bagdá quando ele finalmente chegar às nossas mãos em 12 de outubro para PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series e PC.

Assassin’s Creed Mirage – Trailer da História

Assassin’s Creed Mirage – Por Dentro da Jogabilidade