Um novo processo alega que a Capcom pode ter usado centenas de fotos não licenciadas para criar materiais para jogos como Resident Evil 4 e Devil May Cry.
Conforme relatado pelo site Polygon (via IGN), a artista Judy A. Juracek entrou com uma queixa de violação de direitos autorais no sistema judiciário de Connecticut acusando a Capcom de usar imagens de seu livro “Surfaces” em vários jogos sem licenciá-los dela.
De acordo com o processo adquirido, Juracek viaja o mundo fotografando diversos desenhos como parte de sua pesquisa. Ela compilou suas fotos em um livro e CD-ROM chamado “Surfaces”, cujos direitos autorais Juracek protegeu em 1996. E as “partes interessadas” podem entrar em contato com Juracek para solicitar a licença de uso das imagens em seu livro.
No entanto, Juracek afirma que a Capcom nunca a contatou para obter uma licença para as imagens em seu livro, apesar de apresentar quase 100 casos em que ela afirma que suas fotos podem ser encontradas em jogos da Capcom, incluindo Resident Evil 4.
Um exemplo proeminente é uma foto de vidro quebrado que Juracek tirou na Itália, que aparentemente foi usada para o logotipo de Resident Evil 4. Em um segundo exemplo, Juracek compartilhou uma fotografia que ela tirou de uma mansão em Newport, Rhode Island, que é semelhante a um desenho que aparece em Resident Evil 4. O processo afirma que, como a mansão não está disponível ao público, seria impossível para a Capcom ter tirado exatamente a mesma fotografia.
Juracek foi parcialmente alertada sobre o hack que a Capcom sofreu em 2020. Como parte dos vazamentos, alguns dados da Capcom liberados incluíam imagens de alta resolução usadas em Resident Evil e outros jogos, e os nomes de arquivo “para pelo menos uma das imagens dos arquivos hackeados da Capcom são os mesmos nomes de arquivo usados no CD-ROM”. Ou seja, a Capcom não chegou nem a renomear os arquivos.
Os advogados de Juracek estão pedindo até US$ 12 milhões em danos por violação de direitos autorais, bem como US$ 2.500 a US$ 25.000 para cada fotografia usada para “falsa gestão de direitos autorais e remoção de gestão de direitos autorais”.
Atualização (10 de fevereiro de 2022): o processo foi resolvido de forma amigável entre as duas partes (via Polygon). Não há mais informações a respeito.