Senran Kagura: Peach Beach Splash

Senran Kagura Peach Beach Splash é o mais novo spin-off da série Senran Kagura e desta vez trata-se de um jogo de tiro em terceira pessoa. No entanto, ao contrário de outros jogos do gênero, as armas utilizadas em PBS atiram apenas água e seu objetivo é encharcar os oponentes. Essa temática incomum é apropriada para a série, pois alia um teor pervertido de jogo, ao invés de violento, junto a uma ótima jogabilidade.

A história em PBS conta sobre uma competição com armas de água, na qual o time vencedor tem direito a um único desejo. A história em PBS é, em muitos momentos, irrelevante e consideravelmente mais obscena do que em jogos passados, sendo que fãs interessados na história principal da série devem se satisfazer com algumas poucas cenas que apontam para seu futuro como um todo.

O modo single player consiste no modo história para cada equipe, episódios individuais para cada garota e diferentes torneios para desafiar as habilidades do jogador. Esses modos são bastante extensivos e servem como tutoriais e prática para os jogadores se acostumarem com a jogabilidade de PBS.

Como mencionei anteriormente, PBS é um jogo de tiro em terceira pessoa, no entanto, ele ainda retém uma certa parte da identidade da série principal, que são jogos de ação fazendo com que a jogabilidade seja relativamente fácil de se aprender, mas bastante difícil de se dominar.

O jogador deve escolher uma personagem, uma arma e um conjunto de até oito cartas que servem como habilidades especiais no meio do combate. Existe uma variedade de armas como pistolas, metralhadoras, rifles, mangueiras e muito mais, sendo que todas possuem modos principal e alternativo de atirar. Cada personagem carrega consigo um reservatório de água que serve tanto como munição, como também permite movimentos especiais pelo cenário como, por exemplo, pulos duplos, corridas, desvios, voos e muito mais, tornando toda a movimentação de uma partida muito divertida e bastante caótica.

O uso consciente de água é a estratégia central do jogo, pois a mesma será utilizada como munição e também para as formas mais eficientes de se movimentar. É possível recarregar os tanques em qualquer momento, no entanto, o ato de recarregar leva algum tempo e deixa o jogador vulnerável. Essa dinâmica entre reservatório de água, munição e movimentação caótica torna PBS um jogo de tiro extremamente divertido e que, de certa forma, relembra o título Vanquish da Sega. Uma "jogada" comum envolve usar água para correr em uma posição vantajosa, recarregar, saltar e voar sobre seus inimigos e despejar uma chuva de tiros na equipe adversária, recarregar brevemente e sair correndo para algum canto brevemente seguro, recarregar novamente e retornar ao combate procurando o oponente que está mais fraco.

Isso que ainda existem outras mecânicas como ataques físicos de curta distância e que lançam o oponente, diversos elementos RPG que gradativamente melhoram suas personagens e armas, e as cartas mencionadas anteriormente que, quando utilizadas no meio do combate, garantem uma variedade de usos como melhorias no dano, defesa, projéteis especiais e muito mais.

No final das contas, a principal atração do título está no online, sendo que este pode ser jogado em diversos modos, usualmente em duas equipes com 3 ou 5 pessoas em cada uma. Foi possível jogar partidas 3×3 contra outros jogadores e, mesmo na pior conexão possível, o lag não tornou a experiência de jogo ruim ou injogável.

O modo online realmente realça o lado divertido de PBS, no entanto, admito estar preocupado com a população online devido à natureza de nicho do jogo. Não tive problemas em encontrar partidas, mas ainda estamos próximos do período de lançamento e é impossível prever se o mesmo valerá para o futuro.

Jogo analisado com código fornecido pela XSEED games.