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Dissidia Final Fantasy NT

Dissidia Final Fantasy é uma série que surgiu no PSP com a proposta básica de juntar os principais personagens da série Final Fantasy em um jogo de luta. Depois de dois títulos no portátil, a série ficou num limbo até o anúncio da versão de Arcade em 2015. Finalmente, em 2018, essa versão de fliperama chega ao PS4.

A principal diferença para quem conhece a série no PSP está no sistema de batalha: as lutas acontecem em um formato 3 x 3 simultaneamente (ou seja, os 6 personagens estão na tela ao mesmo tempo, e não é algo como a série The King of Fighters) e não há uma opção 1 x 1. Isso oferece várias vantagens e desvantagens, mas antes de nos aprofundarmos no gameplay, vamos a uma introdução.

Dissidia Final Fantasy NT começa com uma abertura belíssima, acompanhada de uma trilha sonora tão bela quanto. Aliás, já posso dizer aqui que as músicas do jogo são simplesmente sensacionais. É óbvio que, por usar praticamente as melhores faixas da série, isso seria um trabalho fácil. Mas muitas delas são arranjadas e algumas originais.

Após a abertura, somos introduzidos a um tutorial. É nele que você aprende o básico do jogo. Ou deveria aprender.

DFFNT é um jogo realmente complicado de se entender à primeira vista. Tudo começa com a sua HUD (os ícones na tela) que, apesar de ter sofrido uma limpeza na transição Arcade para PS4, ainda continua poluída. Mas não é apenas a HUD que torna o jogo complicado.

Se você jogou os Dissidia de PSP, essa parte complicada já é passado. Mas vamos lá: o jogo possui dois sistemas de ataque distintos que se chamam Brave e HP. Brave é realizado apertando bola e possui uma quantidade significativa de variações (pressionando o botão e uma das direções causa um movimento único, assim como o dash e no ar, por exemplo). O Brave é também o número que aparece em cima da barra de vida de seu personagem (importante: uma coisa não tem relação com a outra!). Ao acertar um golpe Brave em seu oponente, você diminui a quantidade que ele possui de Brave e, finalmente, ganha Brave. Todos os jogadores começam com 1000 de Brave. Então, se você causou 250 de dano de Brave no seu oponente, ele ficará com 750 e você com 1250.

Ok, mas para que serve o Brave acumulado? Aí é que entram os ataques HP. São eles que tirarão a vida do seu oponente de fato e a quantidade que é tirada depende do número do seu Brave. Então, quanto mais Brave você tiver, mais dano causará ao acertar o ataque HP. Se o número do Brave estiver roxo, significa que ao acertar o ataque HP, o seu oponente será nocauteado. Três nocautes e a partida termina.

Entendido o sistema de brave e HP, o jogo se torna mais simples, porque o restante dos movimentos não há muito o que comentar: L2 e R2 trocam a mira entre os oponentes, L1 defende (pressione para o lado para esquivar), dash é feito com R1 e X pula. Triângulo ativa as EX Skills: habilidades que são carregadas ao longo da luta e, depois de usadas, precisam ser carregadas mais uma vez. Existe uma variação considerável dessas habilidades (você as equipa antes da luta começar) e todos os personagens podem usá-las, como a Poisonga (envenene o oponente ao acertar) ou a possibilidade de compartilhar o Brave que você possui com seus parceiros de batalha.

O Touch Pad é usado para invocar os Summons. Antes de entrar na batalha, você pode escolher qual deseja usar (é uma votação, na verdade, então o mais votado é escolhido) entre uma seleção de clássicos: Odin, Shiva, Bahamut, Ifrit, etc. Durante o combate, surge um cristal que deve ser acertado para que você encha a barra de Summon mais rapidamente. Preenchida, você e sua equipe devem segurar o Touch Pad para invocar o Summon. Ao aparecer no combate, cada Summon realiza uma ação diferente que pode trazer uma reviravolta no combate.

O que torna Dissidia complicado é que há mecânicas "escondidas" e que o tutorial não aborda. Um exemplo: Lightning pode trocar de classe (COM para RAV) apertando L3. Não sei dizer se é a única que faz isso, mas essa possibilidade mudou completamente a personagem para mim, pois ela pode trocar de um estilo que precisa ir para cima do oponente, para algo de longo alcance.

O gameplay, por causa dessas mecânicas todas, pode ser bastante frustrante no início. Ainda mais por ser em equipe, você depende que os seus parceiros também colaborem na batalha. Mas acredite: o jogo é viciante. É irritante, chato e, como dito, frustrante no começo. Se você não se entender com o personagem que escolheu (por gostar dele), as coisas ficam ainda piores. Mas assim que você se acha, o vicío acontece.

Comecei Dissidia Final Fantasy NT apostando em Lightning e Noctis, por serem os que mais gosto da série. Mas não deu certo: só perdia online. Arrisquei a jogar com Y'shtola e pronto: foi amor à primeira vista. Por isso, antes de desistir do jogo, tente achar o seu personagem.

Esclarecido o gameplay, podemos falar sobre o restante do jogo. Como já foi dito, o gameplay se torna viciante, mas os modos para aproveitá-lo são bem escassos.

Há basicamente três opções de jogo: Story, Gauntlet e Online. Vamos falar primeiro sobre o Gauntlet, que é o modo Arcade de DFFNT. Ao jogá-lo sem conferir o modo história, só há o básico liberado, que pode ser jogado de duas formas: partidas normais (realize três nocautes na equipe rival) ou do núcleo de Summon. Nesse segundo modo, cada equipe possui um núcleo que deve ser protegido, sendo que o outro time deve destruí-lo. É um sistema à la MOBA. Após você avançar no modo história, o modo Gauntlet recebe mais desafios pré-definidos chamados Story Trials, ou seja, você segue um modo Arcade com personagens já definidos por causa do modo história.

Admito que o modo Arcade é interessante e mais variado do que parece à primeira vista. No entanto, o modo história é mais complicado do que parece. Para poder avançar nele, você precisa usar as chamadas memórias. Você ganha uma memória a cada evolução de nível do seu perfil de jogador. Isso pode ser evoluído jogando o próprio Gauntlet ou, como pode imaginar, o online. Para destravar tudo que o modo história possui, é preciso chegar ao nível 30 do jogador. Ou seja, enquanto você não evoluir de nível, não terá acesso a tudo que o modo história oferece. É um sistema estranho de se acostumar e um pouco frustrante, pois se você quer saber o que vai acontecer a seguir, precisa jogar outros modos para poder conferir.

O modo história (que infelizmente não possui legendas em português) conta com várias cutscenes que começam com um enredo similar ao passado: Materia e Spiritus invocam os campeões de cada lado (do bem e do mal). Mas as coisas ficam mais intrigantes mais adiante. Além das cutscenes, o modo conta com algumas batalhas contra a CPU e, de longe o mais interessante, há batalhas contra os próprios Summons. É algo bastante desafiador e que forçará você a entender as mecânicas do jogo.

E, por fim, o Online. Há apenas três opções: ranked solo, ranked party e custom. A diferença de solo e party é que você pode ir com uma equipe de amigos ou ser sincronizado com aleatórios. Já custom seria lobbies para você jogar sem se preocupar com ranking. O modo de destruir o núcleo Summon da equipe rival só pode ser jogado na opção custom.

Como o coração de Dissidia Final Fantasy NT é o modo online, ele precisaria funcionar muito bem. O que não é o caso, infelizmente. Muitas partidas que nos deparamos apresentaram lag. O motivo disso é que o título não possui servidores dedicados – a sincronização é feita no sistema P2P, ou seja, 1 dos 6 jogadores se torna o host. Caso essa pessoa escolhida tenha uma internet ruim ou more longe das outras cinco pessoas, a partida ficará lagada ou até mesmo injogável.

Falando em proporções, posso afirmar que das cerca de 100 partidas que joguei, umas 60 foram jogáveis (note que não é totalmente livre de lag), outras 30 foram lagadas (mas ainda dava para terminar a luta) e 10 simplesmente foram encerradas no meio do combate. Minha internet é de 60 Mega.

É algo que poderia mudar se a Square Enix trocasse para servidores dedicados, mas não está com cara de que isso vá acontecer algum dia.

Por fim, Dissidia Final Fantasy NT apresenta um sistema de loot boxes (os chamados tesouros) e dinheiro in-game. Os tesouros oferecem ícones, títulos, roupas e armas (tudo cosmético) aos jogadores. O dinheiro acumulado serve para comprar o item que deseja, ao invés de esperar e ganhar na sorte. Até o momento, não há um sistema de adquirir tais itens com dinheiro verdadeiro.

O que há de DLC são seis personagens para o futuro. O jogo base já possui um número significativo (28) e, considerando que a versão de Arcade recebe suporte constante, é provável que os DLCs de personagens não terminarão com esses seis.
 

Veredito

Dissidia Final Fantasy NT é um jogo com altos e baixos. Possui um gameplay confuso no início (mesmo com o tutorial), mas que com dedicação se torna viciante. Por outro lado, por causa da mecânica de trios e se você não tiver amigos para jogar, pode acabar sendo frustrante. O conteúdo offline é um pouco escasso: há um modo Arcade com algumas variações e um modo história que só é avançado jogando os outros modos. Por fim, o modo online pode apresentar lag nas partidas. Apesar de tudo, continuo ressaltando que é viciante: você vai querer continuar jogando, seja perdendo ou vencendo nas lutas, tanto online quanto offline.

Jogo analisado com código fornecido pela Square Enix.


 

Winz.io

Veredito

75

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Veredict

Dissidia Final Fantasy NT is a game with positive and negative points. It has a confusing gameplay in the beginning (even with its tutorial), but with dedication it becomes addictive. On the other hand, because of the three-character mechanics and if you do not have friends to play with you, it can end up being frustrating. Offline mode lacks content as well: there is an Arcade mode with a few variations and a story mode that is only advanced by playing the other modes. Finally, online mode may present lag in certain matches. In the end, like I said before, the game is very addictive: you’ll want to keep playing, even if you win or lose.


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