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Análise – Borderlands: Game of the Year Edition

Uma afirmação nada contraditória é dizer que Borderlands é a galinha dos ovos de ouro da Gearbox. Mesmo o estúdio tendo desenvolvido outras franquias com relativo sucesso e outras passáveis, é inegável que o melhor e maior produto que fizeram foi exatamente a franquia que começou com o loot shooter lá em 2009.

Lógico que não parou por ali e, principalmente com Borderlands 2, a franquia cresceu e é amada por milhares de jogadores hoje em dia. Meses antes do lançamento do terceiro título da saga, o remaster do jogo que começou tudo isso foi lançado para o PS4, deixando assim a obra mais acessível ainda, principalmente para os que pularam o primeiro jogo.

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Borderlands: Game of the Year Edition é a versão completa do primeiro jogo remasterizada para o PS4, incluindo todos os conteúdos extras já lançados e com várias melhorias visuais. Não é uma reimaginação ou um remake do jogo de 10 anos atrás, mas sim só melhorias visuais, com pequenas adições e todas as DLCs já lançadas em um único pacote.

A história dos 4 Vault Hunters originais continua intocada e recheada de humor. No papel de um dos heróis do jogo, o objetivo é encontrar as partes e montar a chave que abre a Vault no planeta Pandora. Essa Vault é como se fosse um cofre secreto em Pandora, recheado de tesouros e que só pode ser aberta a cada 200 anos. Guiado pela misteriosa Angel, o jogador deve desbravar os perigosos locais do planeta, encontrar a chave e a Vault, enquanto também melhora seu arsenal.

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Fora a parte técnica, nada mudou muito no jogo e é até estranho para os que adentraram na franquia principalmente em Borderlands 2. É notável o quanto o joga carecia de uma melhor narrativa e no desenvolvimento de vários personagens, sendo que isso aconteceu principalmente na sequência. Jogar Borderlands hoje, praticamente 10 anos após seu lançamento original, é uma boa mistura de nostalgia, aprendizado e diversão.

O combate continua bastante divertido e totalmente focado no uso das armas. Mesmo que cada Vault Hunter tenha habilidades e características únicas, o que sempre chamou a atenção foi a variedade imensa do arsenal do jogo. Na época, 17 milhões de armas diferentes era um número assombroso e esse número está sendo superado a cada novo jogo. O atirar, cumprir missões, subir de nível, conseguir novas armas e avançar continua extremamente agradável, principalmente caso o jogo seja aproveitado no máximo de seu cooperativo, com outros 3 amigos.

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Marca característica da série, o visual cartunesco fica ainda melhor na remasterização. Com uma maior resolução em todos os consoles e a taxa de quadros em 60 quadros por segundo, a experiência visual é muito melhor agora. Junte a isso um considerável trabalho de antialiasing que praticamente elimina os serrilhados agressivos que o jogo possuía no PS3. Apesar disso, ainda é possível encontrar alguns empecilhos no remaster.

Bastante notável ainda os chamados screen tearing, cortes horizontais na tela que dividem as imagens ao meio, praticamente em todo o jogo. A resolução dinâmica que o título possui agora alterna em vários locais, sendo que em alguns casos a qualidade da imagem piora levemente para manter os 60 fps.

Num geral, a versão remasterizada traz somente o jogo e todas as expansões lançadas para ele com um visual excelente e melhor qualidade técnica. Ainda é a mesma experiência de jogo e com os mesmos defeitos. Narrativa pouco desenvolvida e poucos personagens realmente desenvolvidos, mas com uma ótima jogabilidade e o excelente humor apresentado pela série. Nem mesmo a inserção das Golden Key e Shift Codes para conseguir loot melhor é realmente algo que se destaca, mas sim um complemento ao que o jogo já era. Uma pena é o jogo não ter um melhor trabalho de localização, afinal textos em português ajudaria bastante na difusão do jogo em nosso país.

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Se a intenção era apenas trazer Borderlands com uma boa repaginada visual para a atual geração, a versão de PS4 é um trabalho bastante decente. Mesmo com alguns problemas de conexão e matchmaking na primeira semana, o patch mais recente (12 de abril) trouxe melhorias e deixou esse problema quase inexistente. Voltar ao início da franquia é divertido e quase obrigatório, mesmo para os que já enfrentaram essa aventura antes.

Jogo analisado no PS4 Pro com código fornecido pela 2K Games.

Winz.io

Veredito

Após 10 anos e sendo trazido de volta depois de outros jogos terem sido lançados, Borderlands Game of the Year Edition pode destoar um pouco do que a franquia se tornou. Mesmo com o visual melhorado, os mesmo problemas que o jogo possuía também estão de volta. Ainda sim, é uma excelente e divertida experiência cooperativa e válido para todos que se interessaram na franquia de alguma forma.

82

Borderlands: Game of the Year Edition

Fabricante: Gearbox Software / BlindSquirrel Games

Plataforma: ps4

Gênero: Ação / RPG / Tiro em Primeira Pessoa (FPS)

Distribuidora: 2K Games

Lançamento: 03/04/2019

Dublado:

Legendado:

Troféus:

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Veredict

After 10 years and being brought back after other games have been released, Borderlands Game of the Year Edition can be a bit strange compared to what the franchise has become. Even with the improved graphics, the same problems that the game had are also back. Yet, it is an excellent and fun cooperative experience and valid for anyone who has been interested in the franchise in any way.