Destiny 2 já não partilha tanto uma relação de amor e ódio com seus jogadores, sejam os mais aficionados e fãs da franquia desde o iniciou ou os mais recentes que se aventuraram na nova obra da Bungie pelo enorme burburinho que o primeiro jogo fez. Essa relação foi deveras desgastada e o que sobrou foi apenas um fio de esperança, que se baseia apenas na expectativa dos jogadores de que algo possa mudar ou que possa melhorar e, talvez, levar o jogo ao que sempre almejou ser.
Infelizmente, tal sopro restante de esperança vem se esvaecendo em ritmo acelerado, principalmente pelas mãos da própria criadora, que seria a única capaz de reparar os próprios erros e colocar o jogo nos trilhos. A Mente Bélica é a mais recente tentativa da Bungie de dar aos jogadores de Destiny 2 o que tanto esperam, um jogo que possa ser aproveitado de forma recorrente, por horas e horas gerando diversão suficiente.
A segunda expansão de Destiny 2 leva os jogadores de volta a Marte, na parte mais fria do planeta, para procurar pela mente bélica Rasputin, sistema de defesa da Terra durante a Era Dourada e que seria responsável por manter a paz no sistema solar. Rasputin era comumente citado no primeiro e também no segundo jogo, mas nunca foi inserido na história de forma satisfatória para sanar a curiosidade e interesse dos jogadores. O que se esperava era que vários dos segredos referentes a tal personagem fossem revelados na nova expansão.
Os personagens inseridos no jogo não trazem conteúdo algum à lore da franquia e sequer conectam várias das pontas soltas deixadas em quatro anos de narrativas mal resolvidas. Antagonistas que surgem repentinamente como maiores vilões da humanidade não possuem nenhum desenvolvimento e aparentam ser apenas esboços não acabados inseridos no jogo para tapar buracos. No fim, terminar a história da expansão, o que não deve durar duas horas, não traz nada de especial ao jogo e muito menos soluciona os vários mistérios relacionados a Rasputin e as mentes bélicas.
Assim como a expansão anterior, a maioria dos itens são apenas modelos reaproveitados do conteúdo original de Destiny 2, como inimigos, armas, armaduras e eventos que recebem uma roupagem nova para disfarçar, ingenuamente, a reutilização sem sentido de tais ativos. Não há estimulo algum para o jogador enfrentar horas e horas de repetição para tentar ganhar itens que não vão ser melhores ou mais úteis do que aqueles que estão no jogo desde o início. As armaduras são apenas itens cosméticos, já que não fazem diferença na forma de como o jogador joga e as armas com habilidades fixas sequer trazem variação alguma na jogabilidade como um todo.