A Naugthy Dog é parceira da Sony em games há bastante tempo, desde o primeiro Crash Bandicoot, até os mais recentes jogos do personagem Jak. Estes são jogos claramente cartunescos, com personagens de certa forma até infantis. Mas a primeira incursão da Naugthy Dog em jogos com personagens mais realísticos e com enredos mais maduros (embora tenha parecido ser levemente despretensiosa, como se a própria empresa não acreditasse no potencial do que tinha em mãos) concluiu-se em um excelente resultado com o jogo Uncharted: Drake’s Fortune.
A Naughty Dog criou um jogo que mistura elementos de Tomb Raider e de Assassin’s Creed (escaladas, plataformas e estilo desbravador) com elementos de Gears of War e Resident Evil 4 (principalmente os combates). Certamente resultou em um novo modelo e patamar para jogos de ação/aventura/plataforma.
O jogo conta a história de Nathan Drake, um aventureiro que acredita ser descendente de Arthur Drake, um explorador de tesouros do século 16 que teria descoberto o tesouro de "El Dorado", possuidor de um incomensurável valor nos dias de hoje. E ele resolve partir junto com seu amigo britânico Victor Sullivan e a repórter exploradora Elena Fischer em busca deste tesouro. O roteiro tem seus ares de sessão da tarde (posso até ouvir a chamada: "Uma turminha do barulho vai aprontar as maiores confusões para encontrar o caminho de um grande tesouro, vivendo incríveis aventuras nas mais lindas florestas tropicais!"), mas não deixa de ser um excelente plano de fundo para a aventura, principalmente porque acontecem algumas reviravoltas interessantes no game (porém uma delas é tão, mas tão forçosa que seria até desnecessária, e qualquer um que jogar ou que já tenha jogado irá saber do que eu estou falando).