A geração do PS4 ficou marcada por vários jogos excelentes, mas um que se destaca facilmente é The Witcher 3: Wild Hunt. Considerado um dos melhores jogos de todos os tempos, a aventura de Geralt atrás de Ciri marcou época, conquistando inúmeros jogadores com seu mundo vivo, repleto de conteúdo e quests memoráveis – tudo localizado para o nosso idioma. Como se o jogo base já não fosse bom o suficiente, a CD Projekt RED lançou duas expansões tão boas quanto (Hearts of Stone e Blood & Wine).
A confiança dos jogadores na empresa foi abalada com Cyberpunk 2077. Apesar do jogo futurista ter conseguido se desvincular de certa forma do seu lançamento desastroso após dois anos, ainda há um fantasma que o cerca. Por conta disso, era difícil saber o que esperar deste upgrade de The Witcher 3: Wild Hunt para a nova geração. Afinal, já faz quase 8 anos que o jogo original foi lançado. Mas fique contente: o upgrade consegue trazer o que foi prometido.
Primeiramente, é bom esclarecer que The Witcher 3: Wild Hunt na nova geração não foca em trazer novidades. Não espere algo significativo: são coisas sutis e outras mais claras que aprimoram a sua experiência como jogador. Como o upgrade é gratuito para quem possui qualquer versão de The Witcher 3: Wild Hunt no PS4, não tem como reclamar desse aprimoramento.
Dito isso, nossas análises de The Witcher 3: Wild Hunt e das expansões Hearts of Stone e Blood & Wine continuam válidas e devem ajudar àqueles que querem saber mais sobre o jogo e seus DLCs. Nosso foco neste review é explicar o que a versão de PS5 traz de novo e quais são as consequências disso.
A primeira e mais notável mudança são os gráficos. The Witcher 3: Wild Hunt já era um jogo muito bonito, mesmo sendo de 2015. No PS5, além de termos as texturas e modelos aprimorados, ver o título rodar a 60 quadros por segundo no modo desempenho (e basicamente fixos) é lindo. O modo Ray Tracing deixa a iluminação mais realista, mas sinceramente jogar a 60 fps vale muito mais a pena.
Em nossos testes, devo dizer que apenas uma coisa incomodou. Quando uma quest avança uma etapa (normalmente após uma cutscene) e você retoma o controle de Geralt, ocorre um travamento de apenas um segundo bem estranho. O game logo volta ao normal, mas não deixa de ser perceptível esse travamento minúsculo.
Aliás, algo que é um sonho para qualquer jogador de The Witcher 3 no PS4 é jogar sem loading. E isso basicamente ocorre no PS5. O loading é mínimo, durando cerca de 2 a 5 segundos, no máximo. O Fast Travel é absurdamente rápido. Ou seja, diga adeus aos loadings que eram contabilizados em minutos e dê boas-vindas a carregamentos quase instantâneos.
Outra novidade é o Modo Foto (Photo Mode). Algo que é tendência atualmente, mas não tanto em 2015, The Witcher 3: Wild Hunt oferece agora uma câmera livre com um movimento pausado para que você tire aquela foto.
Há somente um porém nessa história. O Modo Foto permite ajustar coisas como campo de visão e tem uma câmera livre. Mas não espere selecionar diferentes poses para Geralt ou mudar a sua expressão facial. As opções são consideravelmente limitadas.
Sobre o gameplay em si, tivemos alguns aprimoramentos também. A roda de Sinais no L1 permite selecionar rapidamente um dos movimentos (para daí serem usados com R2) juntamente com itens específicos como a besta, mas você pode escolher um modo alternativo a isso.
Basicamente, ao segurar R2, os quatro botões principais e o L2 se tornam todos os tipos de Sinais, permitindo que você acesse rapidamente os movimentos sem precisar acessar um menu para trocar.
Como citado, isso é uma opção nas configurações, você pode escolher como deseja jogar – do jeito novo ou como sempre foi.
Mas uma mudança bastante significativa é uma nova opção de câmera. Se você iniciar o jogo sem um save anterior, essa câmera inclusive será o padrão do jogo. É uma câmera bem próxima a Geralt – pense algo similar à visão que temos de Batman nos jogos Batman: Arkham. Talvez agrade alguns jogadores, mas honestamente alterei para a clássica.
As duas imagens abaixo comparam os dois tipos de câmera.
Câmera Próxima
Câmera Padrão
Também buscando agradar os jogadores, o mapa possui um filtro de ícones e até mesmo as legendas podem ser aumentadas. Todas essas opções estão nas configurações – basta estudar a forma melhor que deseja jogar.
The Witcher 3: Wild Hunt possui suporte ao DualSense do PS5. O feedback tátil pode ser sentido em diversos momentos, mas você provavelmente vai sentir mais os gatilhos adaptáveis ao utilizar os Sinais. Para um jogo que provavelmente buscaria aprimorar apenas nos gráficos, é interessante ver o suporte ao controle também.
Por fim, The Witcher 3: Wild Hunt permite ativar os trajes da série da Netflix. Nas configurações, você pode deixar os soldados de Nilfgaard com a armadura da série, assim como Dandelion com um visual que lembra o programa. Também há a armadura para Geralt. Sendo honesto? São adições cosméticas válidas, mas acabei ignorando todas, além de achar Dandelion estranho.
Um último tópico que precisa ser abordado neste review são os saves. Meu save concluído de The Witcher 3: Wild Hunt de PS4 é da versão padrão. É de conhecimento comum que o save dessa versão é incompatível com a Complete Edition (o que estou dizendo se refere ao PS4 ainda).
Dito isso, o código de PS5 que a CD Projekt RED forneceu para este review é da Complete Edition de The Witcher 3: Wild Hunt. Portanto, não consegui transferir meu save de forma alguma.
Não quero dizer que seja impossível porque The Witcher 3: Wild Hunt receberá a funcionalidade dos saves serem na nuvem com a chegada da versão da nova geração, permitindo jogar e continuar em qualquer plataforma. Portanto, há uma esperança na compatibilidade agora. Mas como o PS4 não recebeu ainda o update que permite jogar o save na nuvem (da CD Projekt RED, e não na nuvem do PS Plus), não foi possível testar essa novidade.
Jogo analisado no PS5 com código fornecido pela CD Projekt RED.
Veredito
The Witcher 3: Wild Hunt no PS5 continua sendo a fantástica aventura que conquistou milhares de jogadores na geração passada. É basicamente um dos melhores jogos de todos os tempos aprimorado em pontos bastante válidos, como o loading, taxa de quadros por segundo e gráficos. O upgrade gratuito é a cereja do bolo. No entanto, não espere novidades – no fundo é o mesmo jogo que aproveitamos em 2015 e suas expansões mais tarde.
Veredict
The Witcher 3: Wild Hunt on PS5 is still the fantastic adventure that won over thousands of players in the last generation. It’s basically one of the best games of all time improved in many points, such as loading, frame rate and graphics. The free upgrade just make things even better. However, don’t expect anything new though – at its heart it’s the same game we enjoyed in 2015 and its expansions later on.