Estamos sozinhos no universo? Essa é uma pergunta que acaba gerando diversas discussões. Assim como no cinema, a vida alienígena é bastante abordada no mundo dos jogos eletrônicos. A desenvolvedora The Station Game trouxe The Station, um jogo em primeira pessoa que trata da resposta para a pergunta anterior ao descobrir que realmente o universo não é habitado apenas pelos terráqueos.
Em The Station, os cientistas começam a explorar outros planetas em busca de sinais de vida. Numa dessas expedições, a estação espacial Espial perde contato com a Terra. Na pele de um especialista em missões de reconhecimento você deve investigar o que aconteceu dentro da estação espacial e resgatar os astronautas que lá se encontram.
A premissa é excelente e digna de um sci-fi hollywoodiano. Entretanto, a história rasa e simples de The Station acaba falhando na possibilidade de fazer dele um grande jogo. Em menos de 2 horas de jogo é possível chegar ao final sem problema algum e isso é muito desanimador, pois quando parece que teremos o inicio de toda a ação, com o desenrolar da história, o jogo acaba de forma brusca. Não que a história não tenha sido contada, mas existe margem para que mais fosse abordado.
Graficamente, o jogo não é ruim. Existem efeitos de luz muito bons e a atmosfera criada dentro da estação espacial é interessante. Basta, porém, alguns minutos dentro da estação para os problemas começarem a aparecer. Existe uma queda brusca nos quadros por segundo quando o jogador corre e as paredes dos cenários parecem ter sido coladas lado a lado.
Por estar dentro de uma estação espacial vazia, o silêncio é um ponto importante no jogo e foi bem trabalhado. Quando menos se espera, um grande barulho é ouvido, seguido da tela chacoalhando. Isso acaba dando um clima de suspense e medo no jogo que, infelizmente, logo se perde à medida que o jogador avança.
A jogabilidade de The Station é simples e se utiliza do conhecido “walking simulator.” Não há o que fazer dentro da estação espacial, apenas vasculhá-la encontrando gravações feitas pelos astronautas que darão informações sobre o que aconteceu. Tais informações são relevantes e deixam o jogador com uma expectativa do tipo de pesquisa que estava sendo feita ali.
Além dessas gravações, você irá encontrar alguns objetos que o ajudarão a resolver quebra-cabeças dentro da estação espacial. Alguns deles exigirão um pouco mais de atenção do jogador, mas no geral esses enigmas são simples ao extremo de serem resolvidos.
Um problema sobre o número de objetos encontrados é que muitos deles não fazem sentido algum. É possível girá-los para todos os lados com o intuito de encontrar alguma pista ou solução para um quebra-cabeça e nada acontece. Isso acaba dando a impressão de que eles apenas foram jogados ali.
Veredito
The Station tinha tudo para ser um grande jogo. A história é interessante, tem uma apresentação boa e um estilo de jogo que é adorado por muitos. O grande problema é que o jogo cria uma enorme expectativa, mas acaba pecando em alguns pontos. Se você busca algo rápido e fácil, esse é o seu jogo. Do contrário, a estação espacial Espial não deve ser visitada.
Jogo analisado com código fornecido pela desenvolvedora.
Veredito
Veredict
The Station had everything to be a great game. Interesting story, good presentation and a game style adored by many. The big problem is that it builds too much hype, but falls short at some points. If you are looking for a quick and easy game, this one is for you. If this is not the case, the Espial space station should not be visited.