School Girl/Zombie Hunter é um spin-off da série Onechanbara, cujos jogos principais são do gênero ação, num estilo semelhante a Devil May Cry, em que mulheres enfrentam hordas de zumbis. Este spin-off, no entanto, é um jogo de tiro em terceira pessoa com um modo online para que até 5 jogadores enfrentem uma variedade de missões contra as hordas de zumbis.
A história se inicia quando uma horda de zumbis invade uma escola e mata praticamente todos os alunos. As únicas sobreviventes são cinco garotas do ensino médio, que devem se defender até que o resgate chegue. Infelizmente, os zumbis apareceram por toda a cidade e as equipes de resgate estão muito ocupadas lidando com isso para tentar ajudá-las de prontidão. A história não se leva a sério em praticamente nenhum momento e as personagens são também pouco interessantes devido aos enormes clichês de como agem.
A campanha consiste do modo single player do jogo e usualmente envolve chegar vivo até um determinado local no mapa, sobreviver ataques das hordas por algum tempo ou defender uma base. Na maior parte das missões, o jogador é colocado em uma equipe cujos outros integrantes são controlados pelo próprio jogo, dando uma espécie de introdução à experiência do multiplayer.
Os maiores defeitos de SG/ZH, além de seus baixíssimos valores de produção, vêm de suas mecânicas e de sua jogabilidade, o que, consequentemente, acabam criando uma experiência de jogo bastante monótona. Uma personagem pode carregar consigo até cinco armas de fogo, sendo que cada uma tem suas próprias características como maior dano, maior alcance, mira automática, etc. As armas são divididas em categorias de pistola, submetralhadora, rifle, escopeta e rifle de precisão. Os zumbis também possuem diferentes tipos: um normal que caminha lentamente, outros que correm, alguns enormes que aguentam vários tiros, alguns que rastejam, outros que se locomovem pelo teto e mais.
Em tese, tudo isso deveria dar variedade à jogabilidade e deixá-la interessante, mas os desenvolvedores não conseguiram criar cenários onde esses diferentes tipos de armas e inimigos importem muito. Os inimigos correm em sua direção e atacam BEM lentamente, e você utilizará qualquer uma das armas para ir eliminando os mais próximos, enquanto desvia de golpes e de alguns inimigos que explodem.
O pior de tudo, no entanto, está na mira e no feedback dos tiros. Esse feedback é quase inexistente, sendo que alguns inimigos mal reagem aos tiros e os indícios visuais (sangue, por exemplo) de que você acertou seu alvo são muito pequenos e pouco impactantes. Havia horas em que derrotava inimigos sem saber se meus tiros o acertavam ou não. Esse problema de feedback é piorado por causa da mira e de como o sistema de câmera no jogo funciona.
Em jogos de ação, a câmera é uma entidade independente do personagem e usualmente fica distante do mesmo para garantir que o jogador possa enxergar inimigos vindos de todas as direções e possa atacá-los de forma apropriada. Esse sistema de câmera para um jogo de tiro em terceira pessoa é horrível, pois significa que a mira da câmera (e consequentemente do jogador) e a mira do personagem são duas coisas distintas. Mesmo que o inimigo esteja dentro da mira, isso não significa que seus tiros acertarão porque a mira do seu personagem é diferente. Isso gera uns cenários bizarros onde é mais difícil acertar um inimigo a um palmo de distância do que outro distante.
O multiplayer coloca um grupo de jogadores em missões semelhantes da história principal, mas as mecânicas, level design e pouca variedade de objetivos também fazem deste um modo pouco interessante. Infelizmente, não há multiplayer local e o modo online já se encontra bastante vazio depois de pouco tempo do lançamento. O código online, surpreendentemente, funciona bem, sendo que o atraso é mais perceptível quando as animações de inimigos começam a se comportar de maneira bastante estranha.
Veredito
SG/ZH sofre por causa de sua jogabilidade que, francamente, não é boa o suficiente para tornar o título divertido, seja jogando sozinho ou com amigos. A Tamsoft tem a expertise em criar bons jogos de ação em terceira pessoa, porém esse conhecimento se provou infrutífero ao se criar um jogo de tiro.
Jogo analisado com código fornecido pela Aksys Games.
Veredito
Veredict
SG/ZH suffers from poor gameplay which, frankly, isn’t nearly good enough to be enjoyed whether alone or with friends. Tamsoft has a record of creating good action games, however, their knowledge didn’t panned out when creating a TPS game.