Para os brasileiros, Power Rangers sempre será visto com nostalgia. Afinal, o ápice de sua popularidade foi em meados da década de 90 com o programa de TV, diversos brinquedos e inclusive alguns jogos para videogames. Agora, em 2017, apesar da popularidade jamais voltar a ser o que era antes, a franquia estará na boca do povo devido ao novo filme. Mas antes dele, a Bandai Namco oferece Saban's Mighty Morphin Power Rangers: Mega Battle, um beat 'em up totalmente baseado no seriado clássico.
Power Rangers: Mega Battle possui uma proposta interessante, porém o produto final deixa a desejar. Você logo entenderá todos os problemas, mas é bastante óbvio que o projeto teve pouco dinheiro investido devido à sua simplicidade.
Como dito anteriormente, Power Rangers: Mega Battle é um beat 'em up, ou seja, possui um gameplay similar a jogos eternos como Streets of Rage ou Final Fight. Você escolhe um dos Rangers (7 no total, incluindo o verde e o branco) e qual humano por trás da roupa (por exemplo, o Ranger vermelho pode ser escolhido entre Jason Lee Scott ou Rocky DeSantos) e parte para a aventura em 6 capítulos diferentes (que são separados por 3 áreas cada).
Os comandos são simples: quadrado é o ataque básico e possui algumas variações com o direcional (para cima pode jogar o inimigo para o alto para combos aéreos). Triângulo é uma arma que o Ranger possui (a do vermelho é uma espada, enquanto que o Ranger azul possui uma lança, por exemplo) e pode ser usado em conjunto com o quadrado para realizar combos variados. X pula e O é usado para disparar uma pistola. O analógico da direita serve como um desvio, que só pode ser feito na horizontal. R1 agarra o oponente e é possível lançá-lo. L2 realiza um ataque especial com outro Ranger. Por fim, R2 "morpha" o personagem e, quando está morphado, ativa um modo mais poderoso e rápido de ataques. Tanto o modo mais poderoso quanto a ação de morphar e a pistola utilizam uma barra de especial azul, que é preenchida dando golpes normais nos inimigos.
E o gameplay é basicamente isso. Você andará pelos cenários distribuindo porrada nos inimigos e, conforme vai vencendo, ganha XP que pode destravar diversas melhorias ao Ranger em uma espécie de skill tree. Os inimigos não variam muito, inclusive. Há um total de cerca de 10 tipos diferentes no jogo todo. Isso sem contar os 6 chefes do jogo: todos eles bem decepcionantes.
As batalhas com os chefes ocorrem sempre em três etapas: uma batalha normal com os Rangers, depois com os Zords em formato de tanque (você deve atirar em pontos específicos do chefe) e, finalmente, uma batalha usando o Mega Zord. De longe, essa é a maior decepção do jogo. Usar o Mega Zord em um beat 'em up faz todo o sentido, porém, não é o que você está pensando: são lutas Q.T.E., ou seja, você deve apertar a sequência de botões aleatórios que aparecem na tela para vencer. Totalmente sem graça.
A verdadeira diversão do jogo está em três pontos: o gameplay, a nostalgia de lembrar os acontecimentos das duas primeiras temporadas do programa e jogar offline com seus amigos. Ainda assim, há problemas aqui. O gameplay possibilita combos variados e você possui uma opção considerável de movimentos no combate, mas a variedade de inimigos é pouca e você acabará usando os mesmos movimentos que funcionam com cada tipo o tempo todo. Já em relação à nostalgia, o jogo não possui legendas em português e todas as cutscenes são bastante simples, com artes estilizadas e estáticas. Na verdade, os gráficos de uma forma geral são muito simplórios. Já o multiplayer, o qual não possui opção online, pode ser jogado em até 4 pessoas. Mas como o jogo não oferece muita variedade nos inimigos, seus amigos vão querer jogar outra coisa cedo ou tarde.
Aliás, em relação à jogabilidade, muitas vezes parece que o comando do movimento do Ranger fica travado. Mesmo apertando para frente, ele não anda, principalmente quando se levanta de um golpe tomado de um inimigo qualquer.
Após terminar o jogo (que dura em torno de três horas), você destrava uma torre com vários andares com ondas de inimigos, assim como um Boss Rush (enfrente os chefes novamente seguidamente).
Veredito
Power Rangers: Mega Battle é um beat 'em up com bastante profundidade em seus movimentos, mas que falha em entregar uma experiência interessante em usar tais golpes devido à pouca variedade de inimigos e das próprias fases. Além disso, o jogo é curto e os gráficos são muito simples. No fim, vale dar uma conferida pela nostalgia e para jogar offline de vez em quando com amigos que também sejam fãs.
Jogo analisado com código fornecido pela Bandai Namco.
Veredito
Veredict
Power Rangers: Mega Battle is a beat ‘em up with a great variety in its moves, but it fails to deliver a interesting experience in using such moves because the enemies and the stages are all too similar. Besides that, the game is short and the graphics are very simple. In the end, it is only worth it to check it our for nostalgia and to play offline sometimes with your friends that are also Power Rangers fans.