Nota: esta é uma mini-análise que apenas destaca as diferenças da versão de Vita em relação à de PS3. Leia a análise completa dos episódios clicando nos links abaixo.
• Episódio 2
• Episódio 3
• Episódio 4
• Episódio 5
Quando fiz a análise do primeiro episódio desta temporada, finalizei o texto com a seguinte afirmação: "com personagens carismáticos e momentos marcantes, a trama foge dos clichês e tem potencial para superar o que vimos na primeira temporada". Mas será que tudo isso se manteve até o último episódio?
Durante toda a segunda temporada pudemos acompanhar uma Clementine mais adulta e muito diferente daquela garotinha que conhecíamos. Esse amadurecimento da protagonista é bem explorado em todos os episódios, mas em alguns momentos essa exploração beira o exagero. Afinal, Clem não deixou de ser uma criança, e chega a ser estranho ver uma criança tomando atitudes e se responsabilizando por um grupo de adultos. Até entendo que a Telltalle tenha feito isso para que nós, jogadores, participássemos de todos os momentos da história como protagonistas; porém, isso não justifica o tratamento que muitos personagens dão à Clementine, inclusive culpando a garota por acontecimentos que estão além do seu alcance.
Os novos personagens cumprem muito bem o seu papel na história, mas nada muito além disso. A sensação que ficou é que 5 episódios não foram suficientes para que pudéssemos conhecer melhor e criar maiores vínculos com cada um dos personagens. Por isso, até o fim do jogo, você provavelmente não se preocupará muito com o destino da maioria deles.
Por todo o exposto, a trama peca em alguns aspectos e fica atrás daquela que vimos na primeira temporada. Porém, isso não significa que ela seja ruim, já que temos aqui uma história que ainda envolve o jogador e o mantém interessado até o fim.
Uma novidade interessante foi adicionada à jogabilidade e, porque não dizer, à história também. Se você achava que o sistema de decisões do jogo era muito linear, provavelmente vai ficar feliz de saber que agora é possível obter múltiplos finais dependendo das suas escolhas. Apesar do fato de que somente algumas decisões vão realmente afetar no desfecho da história, essa é uma novidade muito bem vinda na série e que certamente aumenta um pouco o fator replay.
A jogabilidade continua muito mais prática e confortável no Vita do que no PlayStation 3, principalmente pelo uso da tela de toque. Além disso, os gráficos e a trilha sonora continuam muito bonitos no portátil. O único ponto negativo fica com as famosas travadas durante os loadings, que continuam muito presentes durante todos os episódios e chegam a ser frustrantes em alguns momentos.
Veredito
Respondendo a pergunta do início da análise, a segunda temporada de The Walking Dead não conseguiu cumprir as expectativas por conta de alguns problemas na trama e também no desempenho do jogo. Mesmo assim, The Walking Dead Season Two merece atenção e consegue se sustentar sozinho, principalmente por dar ao jogador uma maior liberdade no desfecho da temporada. Além disso, este é o tipo de jogo que combina muito bem com o PlayStation Vita, e quem jogar no portátil desfrutará de uma jogabilidade mais confortável e precisa do que nos consoles.
Jogo analisado com código fornecido pela Telltale Games.
Veredito
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