Sumioni: Demon Arts é um dos títulos mais obscuros que o PlayStation Vita recebeu. É um de um gênero clássico (ação e plataforma) e que possui alguns elementos que trazem novidades a ele, mas mesmo assim não emplacou.
Sumioni conta a história do Japão antigo e permite que o jogador controle Agura, um “Inkdemon”. Agura foi convocado para destruir o mal de todo o país. Há fatos mais profundos envolvidos, mas que não afetam o gameplay – como todo jogo de plataforma, a história não importa muito.
Portanto, o que é mais importante aqui em Sumioni é o seu gameplay. A ideia da Acquire era bastante interessante: pense em Okami versão plataforma. Você “pausa” o jogo, desenha (através da tela de toque do Vita) plataformas com a sua tinta, cria fogo com ela ou mesmo invoca seres divinos (uma vez, um dos dois, a cada fase). Para “recarregar” sua tinta, basta esperar automaticamente ou, para acelerar o processo, deslizar seus dedos no painel de toque atrás do Vita. Já os botões do portátil servem para ataques normais, além de pulo e movimentação de Agura.
A ideia do gameplay, no papel, é ótima, mas quando se joga, é meio triste. Triste porque as fases não possuem inspiração e os inimigos são bastante repetitivos e não há estratégias para derrotá-los – no máximo há alguma coisa contra os chefes, mas são estratégias apenas para saber como sobreviver, e não como derrotá-los.
Sumioni possui 30 fases únicas, mas com seis caminhos diferentes entre elas. Para poder acessá-las, você terá que obter uma pontuação perfeita no final de cada uma delas (se obter, vai para o caminho novo – se falhar, continuará no que você se encontra). Dessa forma, existem seis finais diferentes no jogo. É uma maneira de aumentar o replay, mas você se cansará de jogar as mesmas fases em busca do melhor placar várias vezes.
Sumioni: Demon Arts é um jogo que tenta ser inovador, mas não consegue. As ideias que são propostas são ótimas (mesmo sendo, de certa forma, similares a Okami), mas em sua aplicação não agradaram. Isso, somado a uma ausência de um multiplayer ou outros tipos de modos, torna o game com um fator replay bastante baixo.
Ainda é interessante de jogar de qualquer forma, possui gráficos bonitos e uma trilha sonora típica de Japão antigo, mas se as fases fossem mais inspiradas e os inimigos menos repetitivos, além de alguns modos adicionais (de gameplay), sem dúvida teríamos um título obrigatório para o Vita.
— Resumo —
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Gráficos
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Gameplay interessante
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Repetitivo
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Pouco inspirado
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Poucos modos de jogo