[PSN] Strider

Strider é um jogo de ação desenfreada e de plataforma produzido pela Double Helix Games e também pela Capcom.

Lançado para PS3 e PS4 (esta análise é focada na versão do novo console da Sony; a única diferença é que a versão de PS3 roda a 30 quadros por segundo e a 720p, enquanto que a de PS4 a 60 quadros e 1080p), você controla Strider Hiryu, que luta em Kazakh City para derrotar o vilão Grandmaster Meio. Apesar do forte enfoque na ação, Strider possui muitos elementos de "Metroidvania" com mapas e upgrades, podendo explorar livremente as áreas que você possui acesso.

Strider já começa frenético, sem um tutorial verdadeiro. Mas isso é justificado: afinal, Strider é bem cru no início, tendo apenas a Cypher, sua arma principal, uma espécie de espada de plasma. Ela pode ser usada com uma extrema rapidez, causando danos aos inimigos de forma eficaz. Conforme o jogo evolui, você recebe diversas novas habilidades e também upgrades para a própria Cypher (como ataques que congelam os inimigos, por exemplo). As habilidades são bem variadas: pulo duplo, slide, um desvio, kunai e assim por diante. Há também "magias" (chamadas de "Option A", "Option B", "Option C" e "Option D") que gastam uma barra que o personagem possui e são ativadas segurando L1 e mais um botão. No caso, essas magias podem ativar ataques como drones, a pantera e um gavião, característicos de Strider. Elas também servem como chaves para avançar em partes do jogo.

Portanto, a progressão de Strider é simples: veja no mapa aonde deve ir e vá até lá destruindo tudo que ver pela frente, tentando se manter vivo. Aliás, aqui é um dos problemas de Strider: se você possui um pouco de habilidade jogando videogames, comece o jogo no "Hard" logo de cara. No "Normal" as coisas são muito fáceis e só ficam complicadas se você não for atrás dos upgrades, que estão indicados no mapa.

O gameplay de Strider é rápido, variado e muito preciso. É extremamente divertido enfrentar as hordas de inimigos e chegar nos objetivos. Os chefes não apresentam dificuldades, mas são variados e possuem diferentes estratégias de ataque. Para os que sentem falta de um jogo 2D bem feito, finalmente tiveram sua espera recompensada.

A história de Strider é uma recontagem do primeiro Arcade, com elementos do jogo de NES. Há alguns diálogos, mas a profundidade deles é nula. Na verdade, além de você querer passá-los logo, há momentos que chegam a atrapalhar a sua visão de gameplay.

Como dito anteriormente, há muitos colecionáveis em Strider. Eles abrem coisas como artes e também desafios. Os desafios (como speedrun) não possuem troféus relacionados a eles, portanto muitas pessoas passarão batido, mas é mais uma opção de gameplay disponível para o jogo.

Strider é só elogios. Há pontos negativos como mencionamos acima do diálogo. Ele também é curto (é possível terminar no Normal em menos de 4 horas de gameplay sem problemas). Outro problema é que os upgrades mais bacanas acabam sendo pegos mais perto do fim e você os aproveita pouco. Outra crítica é a inexistência de saves (você só pode ter um no jogo). Mas considerando seu custo (14,99 dólares ou 30,99 reais) e o que ele oferece pelo pacote, é um excelente custo-benefício.

Abaixo gravamos dois vídeos de gameplay, mostrando um pouco de como é jogar normalmente (repare que Strider escala bastante as paredes, outra mecânica importante e funcional) e contra um chefe do meio do jogo para mostrar como funcionam as batalhas.

 

 

Veredito

Strider é um excelente jogo de ação e de plataforma com elementos "Metroidvania". É relativamente curto e fácil, mas seu gameplay é muito bom e fará você viciar no título para rejogá-lo várias vezes.

Jogo analisado com código fornecido pela Capcom.

Veredito

90

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