Starwhal mal foi lançado e já pode ser considerado como o melhor simulador em 2D de narvais espaciais de todos os tempos. E o único também. Focado no multiplayer, o game permite batalhas entre até quatro jogadores. A emoção fica por conta do controle das baleias, feito com a alavanca analógica para direcionar e o botão X para impulsionar. Esse esquema, aliado à física bizarra, torna um verdadeiro desafio controlar os personagens. Some essa confusão à caoticidade de ter mais três amigos apanhando para enfrentar a gravidade nos diferentes cenários do jogo e terá um dos multiplayers mais divertidos atualmente.
A simplicidade é a alma de Starwhal. Os gráficos são simplórios, mas caprichados pelos desenvolvedores o bastante para que o jogador consiga personalizar os personagens da forma mais bizarra possível, chegando até a ter roupas dos lutadores de Street Fighter, por exemplo.
O modo Classic é onde o bicho pega (literalmente): o objetivo é utilizar o chifre para atingir o coração dos adversários. Quer mais emoção? Momentos antes de acertar, tudo fica em câmera lenta e intensamente dramático. Esse efeito serve para abrilhantar os duelos travados entre os jogadores. Outros modos remixam a fórmula desses combates, como o Score Attack, Heart Throb (Capture the Flag com corações) e Zones (estilo King of the Hill).
Se há um aspecto negativo em Starwhal é a falta de estímulo ao single player. Todos os modos podem ser jogados de forma solitária, além de alguns minigames de navegação que desafiam o jogador a chegar até o final de um percurso ou pegar todos os alvos. Porém, nada se compara à jogatina multiplayer com amigos. Um modo online cairia muito bem ao título.
Outro defeito é a falta de variação nos cenários. Cinco planetas (ou temas, se preferir) se variam em 25 arenas. O problema é muitas delas apenas mudam de formato e oferecem pouca diferença. Ao menos, algumas adicionam elementos interessantes, como poços de lava e estrutura móvel.
Veredito
De forma simples e objetiva, a desenvolvedora canadense Breakfall traz um game sem muito alarde, porém com imenso potencial de se tornar uma das experiências multiplayer mais divertidas do ano para os donos de PS3 e PS4. O "simulador" pode não ser o que os jogadores desejavam experimentar em termos de jogatina, mas cai muito bem na biblioteca de ambos consoles.
Jogo analisado com código fornecido pela Breakfall.