Skullgirls 2nd Encore é um jogo de luta indie com uma longa história de relançamentos. Desenvolvido pela Reverge Labs e Lab Zero Games e publicado pela Autumn Games, o jogo chegou à várias plataformas, como o PlayStation 4, e agora recentemente no PlayStation Vita.
Skullgirls 2nd Encore é um jogo de luta completo. Contando com um modo história para todos seus 14 personagens, todos dublados em inglês, um modo arcade, tutorial, desafios, treinamento, online, sobrevivência, ele tem tudo que se pode esperar de um jogo de luta. Além de tudo, é a versão mais completa, com todos os DLCs e adições exclusivas à esta versão.
A história gira em torno do artefato chamado “Skull Heart”, o qual realiza o desejo de qualquer jovem garota, desde que tenha um coração puro. Depois da Grande Guerra, uma rainha encontra tal artefato, desejando paz mundial, mas acaba se tornando o pior pesadelo de todos, a “Skullgirl”. Três nações cessaram suas guerras, se unindo para derrotar a rainha. A paz veio a um grande custo. Agora existem rumores de uma nova Skullgirl e todos irão atrás por seus próprios motivos pessoais.
A arte do jogo é, na minha opinião, o carro chefe em chamar a atenção de jogadores que não conheciam o jogo até então. Os traços, que lembram os cartoons do começo do século passado, com um ar noir, fazem Skullgirls se distanciar de qualquer outro jogo de luta até então.
A trilha sonora do jogo também traz uma experiência do começo do século passado, com esse mesmo ar noir, dando um ar elegante. A dublagem dos personagens é bem profissional, levando em conta que é um jogo indie feito com recursos limitados.
A performance do jogo deixa a desejar. Eu entendo que é um jogo desenvolvido com gráficos bem acentuados em plataformas de última geração, mas a versão de Vita dá um ar “borrado” que deixa difícil se animar com os gráficos. Entre a framerate e os gráficos, a desenvolvedora escolheu o primeiro, o que é compreensível para um jogo de luta, mas os gráficos acabam distraindo a experiência.
O jogo também conta com uma localização em PT-BR, que ganha pontos por fazer algo tão expressivo para um jogo indie, mas também perde pontos pela qualidade… que deixa muito a desejar. A localização troca de termos durante o jogo, utiliza expressões do português de Portugal ou mesmo traduzidas diretamente do inglês que perdem o sentido. É bom para aqueles que não entendem nada de inglês, mas a falta de qualidade é irritante depois de vinte minutos jogando em português.
No geral, Skullgirls 2nd Encore é um jogo de luta que preza pela experiência que veio sendo desenvolvida desde o primeiro lançamento do jogo. O fato de ter um jogo tão ambicioso no Vita é um ótimo gesto a essa altura do campeonato, mas certos pontos, como os gráficos e a localização, podem acabar atrapalhando a diversão de alguns jogadores.
Veredito
Skullgirls 2nd Encore chama a atenção pela arte e pela ambição de um jogo indie. Os gráficos da versão de Vita e a localização PT-BR, entretanto, podem distrair os jogadores pelos motivos errados.
Jogo analisado com código fornecido pela Lab Zero Games.