[PSN] PixelJunk Shooter

Se os três primeiros capítulos da série PixelJunk não foram unanimidade entre jogadores e críticos, o mesmo não vale para Shooter. O grande destaque da PlayStation Store para as festas de final de ano é a obra-prima da desenvolvedora Q-Games, que foi capaz de cumprir todas as promessas que tinha feito em relação ao projeto.

A proposta de Shooter é bem acessível: o jogador controla uma nave que deve explorar cavernas subterrâneas em busca de sobreviventes de uma mina localizada nas profundezas destas. Em cada área dos estágios deve-se realizar resgates para que então uma porta seja aberta e o jogador possa progredir. Caso cinco sobreviventes sejam mortos durante a missão, seja pelos perigos naturais da região ou por interferência do jogador, este precisa reiniciar o estágio.

Visto inteiramente sob uma perspectiva bidimensional, o jogo tem como seu principal atrativo um complexo sistema de interação dinâmica entre fluidos (água, magma e uma espécie de óleo magnetizado), que caracteriza os diversos quebra-cabeças que o jogador precisa enfrentar a todo momento para progredir. As interações são extremamente inteligentes: ao jorrar água contra um poço de lava, por exemplo, o mineral é resfriado e se torna sólido, formando camadas de rochas. Em estágios avançados, gelo, gases inflamáveis e outros elementos se unem à jogabilidade, tornando-a mais complexa e interessante. E todos estes fatores são representados com a ajuda de uma física fiel à realidade.

Em sua forma básica, a nave controlada pelo jogador é capaz de efetuar disparos regulares e lançar mísseis teleguiados, além de soltar um gancho para capturar sobreviventes e pegar tesouros, que ficam espalhados pelas fases como objetivos adicionais. Ao longo da jornada, porém, diversos módulos diferenciados para a nave que a concedem novos poderes são encontrados, como um capaz de disparar jatos d’água e de movimentar porções de gelo com um gacho especial. Não apenas os disparos regulares são capazes de derrotar inimigos, porém: dependendo do tipo destes, ataques ferventes ou gelados podem ser fatais.

O bem-estar da nave é medido por uma barra que exibe sua temperatura. Quando a proximidade de lava ou outras substâncias quentes é excessiva, a temperatura da nave sobe, e o jogador corre o risco de perdê-la. Interessantemente, a história não é sempre a mesma: com um certo módulo encontrado em estágios avançados acoplado à sua nave, a lava se torna sua melhor amiga.

Shooter é dividido em 15 estágios separados em 3 episódios, que incluem apenas fases que compartilham um certo tema. Estes podem ser enfrentados de forma solitária ou então com um amigo ao lado. No fim, a experiência pode parecer curta – mas quando se leva em consideração o enfoque na busca pelas melhores pontuações (exemplificado pela existência de leaderboards online individuais para cada fase) e a existência de diversos extras coletáveis, é possível ver que o jogo oferece muito valor por seu preço. Por fim, bônus como itens destraváveis com temas do título para a PlayStation Home são a cereja no bolo.

PixelJunk Shooter é um dos melhores jogos disponíveis da Store atualmente. Ele não oferece grandes desafios, mas é recompensante por ser extremamente inteligente e bem executado (algo notável principalmente nas batalhas contra chefes). No fim, você ficará com vontade de mais – e, logo depois dos créditos, verá que terá seu desejo atendido em breve com uma expansão Encore no estilo das que Monsters e Eden ganharam.

 

Veredito

90

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