[PSN] Lara Croft and the Temple of Osiris

Lara Croft and the Temple of Osiris é um jogo nos mesmos moldes de Lara Croft and the Guardian of Light, lançado para o PS3 e outras plataformas. Ou seja, é um jogo mais no estilo arcade, com uma visão isométrica e focado no multiplayer cooperativo. A grande diferença aqui é que temos a possibilidade de jogar com quatro pessoas ao invés de apenas duas.

O jogo se passa em um templo do Egito Antigo. Ao lado de Lara Croft temos Carter Bell, que também é um caçador de recompensas, e os deuses egípcios Hórus e Ísis. O vilão desta vez é Set, um deus do submundo. Lara e seus amigos devem coletar peças do deus Osíris para impedir Set. No caminho, você encontrará puzzles e obstáculos como esqueletos, besouros, crocodilos e vários chefes.

O modo multiplayer é o principal foco do título. É possível jogar inteiramente sozinho, mas o coração dele está em aproveitá-lo com mais pessoas. Tanto que se você jogar apenas com Lara, terá acesso aos itens dos outros personagens, principalmente o Bastão de Osíris, com poderes mágicos e usado para acionar vários puzzles. Vou exemplificar: o bastão serve, por exemplo, para diminuir o tempo de detonação de uma bomba em formato de esfera que deve ser usada para abrir caminho mais adiante. Em determinados momentos, você precisa usar a mina de Lara (explicarei os comandos e itens mais para frente) para impulsionar a esfera. Ou seja, é preciso coordenar a ação e conversar com o seu amigo para que cada um faça sua parte. Sozinho, você faz tudo sem o maior problema.

Vale ressaltar que existe um modo online e um offline, e ambos podem aproveitar multiplayer com até quatro pessoas. É possível até mesmo combinar duas pessoas em um mesmo console com outras online. E, ao contrário de Guardian of Light, não é preciso reiniciar tudo para que as pessoas entrem ou saiam da partida.

Temple of Osiris conta com um hub chamado Overworld. Ele se divide em diferentes localizações e é através dele que você acessa as diferentes fases – há um total de 11. Apesar de parecer ser um número baixo, as fases estão na duração ideal e leva-se cerca de 8 horas para finalizar o título, sem contar os colecionáveis. Considerando que existe um Season Pass à venda, podemos esperar por mais fases via DLC no futuro.

Lara possui itens semelhantes aos que existiam em Guardian of Light. Ainda temos acesso ao seu arsenal, como pistolas, metralhadoras e shotguns. E há também as minas que podem ser usadas pressionando triângulo (e detonadas com o mesmo botão). Outro item que retorna é o seu grappling hook (a corda), para descer, subir ou se balançar em paredes. Se você estiver jogando sozinho, ainda terá acesso ao bastão de Osíris (caso contrário, o segundo jogador terá acesso a ele). O bastão é o principal item para solucionar os puzzles, pois, ativando ele com L2, plataformas são erguidas ou outros efeitos acontecem no cenário. O bastão também pode ser usado como uma arma.

Em Temple of Osiris, existem anéis que podem ser pegos por Lara em baús. Os baús são abertos usando cristais coletados na fase (cristais esses que são uma das bases fundamentais da pontuação das fases). Há diferentes "preços" pelos baús – quanto mais caros, mais raro e poderoso é o anel dentro dele. Ao coletar um anel, você pode equipá-lo em Lara (é possível colocar dois ao mesmo tempo) e ele gera efeitos diferentes, como causar mais dano, mas consequentemente sofrer mais dano também; ou ter mais vida, mas causar menos dano nos inimigos, e assim por diante.

Os anéis não são os únicos colecionáveis espalhados pelo jogo. Temos os mesmos upgrades de vida e de armas que existiam em Guardian of Light, que estão dispersos pelo jogo ou são obtidos em forma de desafios das fases. Existem tumbas opcionais, de certa forma escondidas pelo hub que contém também os upgrades. Outro colecionável nas fases (e que é um dos desafios, na verdade) são as caveiras vermelhas, também originário do jogo anterior. Ou seja, há muita coisa a se fazer no título.

A única crítica, além dos puzzles fáceis no single-player, são os controles para quem não está acostumado. Entenda: nós, veteranos, não teremos problemas em controlar a personagem com um analógico enquanto mira nos inimigos com o outro. Mas uma pessoa amadora em jogos se perderá fácil na mira. Para um jogo que é focado no multiplayer, é um tanto quanto problemático ter controles que podem confundir os novatos. Repito: isso só é um problema para quem não está acostumado a jogar videogames. O que quero dizer com esse páragrafo é que se você pensa em comprar o jogo apenas para aproveitá-lo com a sua namorada(o) e ela/ele não estiver acostumada(o) a jogar… é melhor pensar duas vezes. O mesmo era válido para Guardian of Light. Mesmo assim, recomendamos a compra para o single-player, de qualquer forma, ou para uma galera que saiba jogar bem videogames.

Jogo analisado com código fornecido pela Square Enix.