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[PSN] Ghost Blade HD

Confesso que há muitos anos não jogo um shoot'em up, mais conhecido como o famoso "jogo de navinha". Quando vi o trailer de Ghost Blade HD, com aquele monte de inimigos e projéteis de vários tipos pipocando de todos os lados, fiquei um pouco apreensivo se conseguiria aguentar esse tipo jogo, que possui um ritmo frenético e ação que fazem você esquecer-se de piscar os olhos.

E minha primeira impressão com o jogo foi essa. Apesar de um início tranquilo, em poucos segundos já estava com a tela infestada de inimigos e tiros. No entanto, mesmo no meio de tanta confusão e informação para absorver (o que culminou com um Game Over em menos de 3 minutos) a minha vontade foi voltar e tentar novamente. E isso se repetiu várias e várias vezes, sem eu me cansar ou me sentir frustrado. Resultado: o jogo de navinha é viciante!

Ghost Blade HD é um jogo difícil até mesmo em sua dificuldade fácil. Ele, porém, não é punitivo ou apelão. Suas 5 fases foram feitas para fazer você jogar e rejogar e rejogar, pensando em estratégias para conseguir avançar um pouco mais a cada tentativa. Não é também um jogo impossível, basta apenas paciência e concentração, sendo realmente prazeroso quando você finalmente zera.

Há um modo de treinamento que auxilia quem está tendo muita dificuldade. Nele, pode-se escolher a fase desejada ou apenas o chefão dela. Pode-se também escolher a quantidade de vidas e bombas, dentro de um limite, para também não ficar fácil demais. Além disso, sua nave já começa com os danos mais fortes.

Como brevemente mencionado, cada fase termina com uma batalha contra um chefão. Todos são bem feitos, possuindo abordagem de ataques diferentes, assim como padrões e tipos de projéteis variados, podendo inclusive possuir módulos que também possuem padrões de tiros independentes. Eles também guardam surpresas quando sua vida está próxima do fim, tornando todas as batalhas intensas e desafiantes.

Os controles do jogo são bem simples. O analógico esquerdo movimenta a nave e os disparos ficam atrelados a 3 botões: X é o tiro normal, com projéteis sendo disparados em direções variadas; quadrado é um tiro concentrado que causa mais dano e é focado no centro da nave, porém, torna sua movimentação mais lenta; e círculo é o botão para soltar uma bomba, ideal para "limpar" a área, eliminando disparos e naves inimigas. Bombas, logicamente, têm uso limitado, mas são recarregadas caso você morra.

Os disparos da sua nave vão melhorando conforme você coleta itens de upgrade deixados no cenário. A verdade é que, no meio da ação e confusão, você provavelmente melhorará sua arma sem nem perceber. Cada novo upgrade aumenta a força e quantidade de disparos, e eles são mantidos quando se avança para uma nova fase, bem como podem ser recuperados caso você morra.

É possível escolher entre três naves, e suas diferenças não se limitam apenas à cor ou design. Cada uma possui um padrão de tiro diferente e aconselho a jogar pelo menos uma vez com cada para descobrir qual melhor se encaixa com seu perfil.

Ghost Blade tem um "quê" de arcade. Você possui um número limitado de vidas e créditos de continue. Ao terminar suas vidas, você gasta um crédito para continuar. Terminando seus créditos, é game over, sendo necessário recomeçar do zero. Isso traz certa nostalgia para o pessoal que é mais velho e costumava jogar em fliperamas.

Cada partida é marcada por uma pontuação, baseado em vários parâmetros, como quantidade de itens coletados, vidas restantes, etc. É também computado um score dos inimigos abatidos, que pode ser incrementado pelo chamado "combo", que seria quantos inimigos você conseguiu destruir antes de ser destruído, e serve como um multiplicador do score. Tudo isso é somado e utilizado para te classificar nas leaderboards, tanto locais quanto online, algo que acaba trazendo um alto fator de replay ao jogo.

Há diferentes modos de jogo, o que proporciona variedade. O modo "campanha" é o marcado pelas 5 fases contínuas e pode ser jogado com um ou dois jogadores (co-op local). Não notei nenhuma mudança de dificuldade ao se jogar com dois jogadores, o que pode ser uma alternativa, caso você esteja tendo dificuldades para zerar. No entanto, ambos os jogadores compartilham da mesma quantidade de créditos de continue. Neste modo ainda é possível alterar entre três dificuldades: easy, normal e hard (boa sorte no hard, principalmente na última fase).

O modo "Score Attack" é meio que um mix das 5 fases, trazendo os variados tipos de inimigos encontrados nela e encerrando com um chefão. Neste modo, você possui vidas infinitas, já que seu objetivo não é tanto encerrar a fase, mas sim obter a maior pontuação possível. Morrer, neste caso, te prejudica na pontuação. É um modo viciante para aqueles que gostam de ficar no topo da leaderboard, porém, é bem curto. Há também o modo de treinamento, que já foi explicado no começo desta análise.

O jogo por si só possui um ritmo de ação muito frenético, porém, sua trilha sonora é um fator importante que contribui muito a esse ritmo. As músicas são compostas pelo alemão Rafael Dyll, que trabalhou nas trilhas de jogos como Rainbow Moon e Söldner-X, e têm uma pegada de batida eletrônica com J-Pop que combinam muito bem com a jogatina.

Ghost Blade HD possui raros bugs ou defeitos. Seus gráficos são muito bons e trazem cores vibrantes. Minha crítica maior está no mau uso da tela. Talvez seja por ser baseado em um jogo para Dreamcast (provavelmente o último lançamento feito para o console, em 2015), mas o fato é que mais metade da tela não é utilizada, com wallpapers preenchendo o vazio. Poderiam ter aproveitado melhor este espaço para colocar mais opções de gameplay ou detalhes no cenário.

Existe uma opção de virar a tela 90º, fazendo com que o jogo fique na vertical e ocupe todo o espaço. No entanto, os controles não acompanham esta inversão, ou seja, movimentar a nave para cima fará ela se deslocar para a esquerda ou direita, tornando esta opção bem inútil. Apesar deste deslize, o jogo ainda é recomendado, seja para os jogadores mais velhos matarem a saudades dos fliperamas, seja para os mais novos descobrirem como mecânicas simples podem criar jogos difíceis e viciantes.

Veredito

Ghost Blade HD traz a nostalgia dos antigos "jogos de navinha" dos saudosos fliperamas. Ele possui uma alta dificuldade e um ritmo e ação frenéticos, com vários projéteis pipocando pela tela e muita coisa acontecendo que te deixa sem piscar. Cada uma das cinco fases tem uma progressão com novos inimigos e cenários, e terminam com uma batalha contra chefão, que são bem feitas e intensas. Apesar da alta dificuldade, o jogo não é punitivo; ele te incentiva a tentar novamente, procurando novas estratégias (e contando com um pequeno fator de sorte). Além disso, há um co-op local para 2 jogadores, o que torna as coisas um pouco mais fáceis.

Jogo analisado com código fornecido pela desenvolvedora.


 

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75

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