MeiQ: Labyrinth of Death

MeiQ: Labyrinth of Death é o segundo jogo da nova série da Compile Heart, chamada Makai Ichiban Kan (traduzido para Mansão #1 do Inferno), cujo primeiro título foi Trillion: God of Destruction. Publicado no Ocidente para o PlayStation Vita pela Idea Factory International, MeiQ traz um gênero conhecido para a desenvolvedora com uma nova faceta.

MeiQ conta a jornada de Estra e outras Machina Mages que, com o auxílio de seus guardiões, têm a responsabilidade de girar a chave do obscuro mundo em que vivem enquanto ainda há tempo. Através de benções ao final de cada torre, elas precisarão aprender a lutar em equipe para conseguir derrotar Gagarin e seus Machina Mages do mal. A história é basicamente isso, sem grandes reviravoltas ou surpresas.

A jogabilidade é toda em primeira pessoa, para aqueles que estão acostumados com o gênero na plataforma. Toda a exploração é típica do gênero, com armadilhas e artimanhas esperando o jogador a cada andar inexplorado nas torres. Durante as batalhas, os jogadores controlarão tanto as Machina Mages quanto seus guardiões, cada um tendo a sua função em combate. O jogo também conta com um sistema de elementos, em que cada um possui suas vantagens e fraquezas, além de combinar os elementos das Machina Mages com cada guardião.

Combinações, talvez, seja um dos poucos pontos positivos do jogo. Dentre vários braços, armaduras, gemas, corpos e núcleos, existem inúmeras possibilidades para montar seu próprio guardião. O jogo requer que o jogador aprenda bem o sistema de elementos e que consiga montar combinações adequadas de guardiões para cada torre e chefe diferente.

Outro ponto positivo do jogo é a arte. Talvez cause um estranhamento ao jogador de início, mas a arte traz traços diferentes daqueles típicos da Compile Heart e dá um charme diferenciado para uma trama que, até então, existe de monte dentre os RPGs. O design dos inimigos, porém, acaba se tornando repetitivo com o tempo, mudando apenas a cor em alguns casos. Nenhuma novidade para quem já jogou algo da desenvolvedora.

A trilha sonora traz uma familiaridade com Trillion: God of Destruction, com um estilo bem único à série, que relembra a série de outra desenvolvedora, Disgaea. O jogo possui dublagem em japonês e inglês, contando apenas com o idioma inglês.

Quanto aos pontos negativos, talvez seja o maior crime que possa ser cometido por um jogo: ser medíocre. Nada presente em MeiQ irá espantar ou atrair os jogadores em geral. Ele não oferece nada que algum outro jogo do gênero da plataforma já não faça muito melhor, como Ray Gigant ou Demon Gaze. Aliás, é um jogo que vários jogadores, inclusive eu, esqueci que foi lançado neste ano até recentemente.

Até sua duração em si é um problema. Para um gênero que costuma ter jogos entre 30 e 50 horas, MeiQ pode ser completado em até 15 horas sem muita pressa por parte do jogador. O jogo tenta contrabalancear com conteúdo adicional disponível após terminar a história, mas que não traz nada de novo além de muito “grind” para prolongar o tempo artificialmente.

Aliás, há uma tentativa de contrabalancear o tempo curto de jogo de outras formas também, o que talvez possa ser considerado um diferencial quando comparado a outros jogos: um mapa gigantesco em quase todo andar. Ao invés de fazer mapas com uma exploração inteligente e interessante, a desenvolvedora se limitou a criar mapas enormes e vazios, para que o jogador mais ande do que faça qualquer outra coisa no jogo.

A dificuldade também é outra questão complicada. Entre apenas “fácil” e “difícil”, o jogo não traz um balanço coerente. A dificuldade “fácil” é fácil até demais, não tem desafios, enquanto “difícil” foi criado com um New Game + em mente, punindo o jogador com inimigos extremamente difíceis. Complica a vida de um jogador procurando um desafio equilibrado que incentive a jogabilidade.

Ao final de MeiQ: Labyrinth of Death, não sobra muita coisa além da sensação de ter perdido algum tempo com o jogo. Nenhum elemento é interessante, não existe nenhum diferencial comparado a outros jogos do gênero e eu acredito que daqui alguns meses terei me esquecido de sua existência. Não é ruim, não é bom. Talvez não valha o tempo de muitos jogadores quando qualquer outro jogo do gênero é uma melhor pedida do que MeiQ a essa altura. Quem sabe até mesmo Mind=Zero.

Veredito

MeiQ: Labyrinth of Death não inova, não chama a atenção e não oferece nada de interessante. Ser medíocre é o pior crime a ser cometido no mercado de jogos.

Jogo analisado com código fornecido pela Idea Factory International.

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40

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