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Lords of the Fallen

*Essa análise foi escrita em conjunto com nosso redator, Matheus Ricardo Uihara Zingarelli.

Lords of the Fallen é um bom jogo. O combate é similar à série Souls, porém mais acessível e com algumas adições interessantes que trazem uma identidade própria ao jogo. Infelizmente, também é um jogo que não posso recomendar no momento. Por quê?

Bugs.

Esses não são seus bugs usuais de erros de som e imagem, apesar de o jogo também apresentar uma variedade interessante desses. Estou falando de bugs que comprometem o save do jogador. Após 10 horas de jogo, encontrei um bug que me impedia de avançar a história e que, no momento, ainda não possui conserto. Portanto, essa análise será baseada na minha experiência de jogo até o momento do bug.

Li e ouvi relatos sobre outros bugs que também resultam na perda do save. Fazendo uma busca rápida, encontrei a seguinte lista de game-breaking bugs (lista de 11/10/2014, considerando a versão 1.0 do jogo e traduzido da wiki de Lords of the Fallen):

  • Ir às Catacumbas, utilizando o atalho a partir da Vigia Queimada irá ativar um bug em que seu personagem irá permanecer num loop de mortes eterno.
  • Cair em um buraco nas Catacumbas irá fazer com que seu personagem reviva no buraco, impedindo o mesmo de sair.
  • Morrer com a explosão do último inimigo durante a Quest do Planetário irá fazer com que os inimigos não reapareçam e irá travar o NPC necessário para completar a quest.

Autor: Esse foi o bug que ativei e que resultou na perda do meu save. Morri no último inimigo do Planetário, porém, minha magia conseguiu derrotá-lo depois da minha morte. Consequentemente, os inimigos reapareciam, mas o NPC estava travado no cenário, me impedindo de completar a quest e avançar na história.

  • Efeitos de veneno em chefes podem causar um bug no jogo, caso o chefe morra enquanto seu personagem está revivendo num checkpoint.
  • Morrer por queimaduras no último chefe pode causar um loop de mortes infinitas.
  • Você não pode carregar seu save se você não está conectado na PSN e tem o DLC instalado. Jogar offline sem o DLC, no entanto, funciona.

Infelizmente, esse é o maior problema de Lords of the Fallen. Ativar esses bugs não é algo difícil e é desanimador perder seu jogo salvo por algo que pode ser considerado como um erro momentâneo.

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Ignorando os bugs, Lords of the Fallen é um bom jogo e claramente teve um orçamento pequeno demais para a ambição dos desenvolvedores. O jogo inteiro é bastante inspirado pela série Souls, portanto, é impossível citar Lords of the Fallen sem pensar e compará-lo com a série da From Software. Felizmente, Lords of the Fallen também introduz elementos próprios que o diferenciam de sua fonte de inspiração.

As semelhanças mais notáveis entre as duas séries está no combate. Em ambas, o combate funciona da mesma forma: é necessário gerenciar uma barra de energia, consumida a cada ação realizada pelo personagem, e uma barra de magia, utilizada para ativar habilidades especiais. Há uma necessidade constante de se estudar os movimentos de cada inimigo para saber a melhor hora de atacar e defender. Ao morrer, toda sua experiência permanece no local em que você morreu e você deve retornar até lá para recuperá-la; caso morra novamente no caminho, toda essa experiência é permanentemente perdida. Veteranos da série Souls irão se sentir em casa, enquanto que novatos também podem aproveitar o jogo, pois não é tão desafiador quanto na série Souls. Algo distinto, entretanto, é que existe um tempo para você recuperar sua experiência – ela vai diminuindo conforme o tempo passa.

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No início do jogo, você seleciona uma entre três classes diferentes para seu personagem: Guerreiro, Clérigo ou Ladino. Essa escolha influencia apenas seu equipamento básico e distribuição de pontos inicial. O jogo te dá a flexibilidade de evoluir seu personagem para usar qualquer equipamento, desde que você coloque os pontos necessários nos atributos requisitados por algumas armas e armaduras.

Ao invés de utilizar magias, Lords of the Fallen traz três grupos de habilidades que podem também ser escolhidas no início do jogo: Briga, Conforto e Engano, sendo respectivamente, foco em dano, foco em recuperação e foco em atacar sem ser detectado. Cada grupo possui apenas 4 habilidades diferentes, sendo a primeira muito similar em cada um, diminuindo ainda mais a pouca variedade já disponível.

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Com relação aos equipamentos, entretanto, o jogo fornece uma grande diversidade. As armaduras são divididas entre leves, médias e pesadas, todas visualmente muito bonitas. No entanto, a melhora dos equipamentos é muito básica, sendo que só alguns podem ser melhorados utilizando runas. Há vários tipos de armas, cada qual com um conjunto de movimentos diferenciado. Um destaque está na possibilidade de combos. Se você fizer o timing correto entre um golpe e outro, você gasta menos energia e é possível realizar combos maiores, causando mais dano.

Em especial, os chefes do jogo são definitivamente um ponto alto. Conforme o jogador danifica o chefe, o mesmo troca a sua estratégia de ataque e cabe ao jogador se atentar sobre o que está por vir. Há divisões na barra de vida de cada chefe que indicam quando essas mudanças estão por vir, porém, essas pequenas trocas garantem que esses combates sejam sempre interessantes. Além disso, cada chefe possui um segredo a ser descoberto pelo jogador que garante um bônus no item recebido ao final da luta.

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Lords também tenta introduzir um foco maior em sua história por meio de pergaminhos espalhados pela fase, cutscenes e conversas com outros personagens. Honestamente, nas 10 horas que joguei, nenhum desses me pareceu remotamente interessante ou original. A história revolve sobre um Deus adormecido que ameaça a humanidade, inimigos infernais que usam portais para invadir as terras, etc. Segunda-feira na Terra Média, essencialmente. Muitas histórias e intrigas que poderiam ser interessantes no gameplay são deixadas apenas como histórias a serem coletadas com os pergaminhos.

Há também side-quests espalhadas pelo jogo e várias áreas a serem exploradas, porém, o jogo inteiro é anêmico em conteúdo. Com 10 horas, meu personagem estava no nível 60 e a quest principal aparentava entrar nos seus últimos atos. As side-quests oferecidas são poucas e muito simples, e apesar de existirem várias áreas exploráveis, muitas delas são bem pequenas.

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O jogo oferece a possibilidade de New Game Plus, limitado a três jogadas com um mesmo save. A cada New Game, você pode habilitar um novo grupo de habilidades. Os inimigos são os mesmos, só que mais fortes e te recompensam com itens e experiência melhores. Alguns itens e pergaminhos também só são liberados quando se começa um novo jogo, fazendo com que você tenha que terminar Lords mais de uma vez caso queira ter todos os colecionáveis.
 

Veredito

Finalizando, Lords of the Fallen possui uma ótima base com seu combate e que pode ser expandido e melhorado conforme a série se desenvolve. Porém, os bugs impedem que esse bom jogo possa ser recomendado e, devido a seriedade dos mesmos, é recomendado procurar o jogo apenas quando estes forem consertados.

 

Jogo analisado com código fornecido pela Bandai Namco. 

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