LittleBigPlanet 2

LittleBigPlanet (LBP) foi lançado em 2008 e se tornou um dos pilares do Playstation 3. Com um protagonista bonitinho e carismático, Sackboy, que podia ser personalizado de inúmeras formas, com roupas, acessórios e mais, e contando com um sistema de criação de fases simples de usar e robusto o suficiente para permitir que os usuários criassem mais de 2 milhões de fases, disponibilizadas nos servidores para que qualquer um pudesse baixá-las e jogá-las, LBP foi um dos marcos dessa geração. Esse marco agora recebe uma continuação, LittleBigPlanet 2 (LBP2), que supera o original de todas as formas possíveis, mas sem perder a essência da série.

Assim como no primeiro jogo, LBP2 tem um modo de história narrado pelo fantástico Stephen Fry. A história tem uma premissa semelhante a de um livro infantil, contando a história de um monstro, Negativitron, que quer roubar os sonhos materializados das pessoas, o chamado Craftworld, onde o jogo se passa. Ao longo de 30 fases principais (e várias extras), o jogador enfrenta vários desafios e inimigos, usando ferramentas novas e antigas para atravessar os perigos e tentar salvar o mundo. A história é apenas um acessório e está lá apenas de decoração; o que importa mesmo são as fases e a diversão, e LBP2 dá um banho no primeiro em ambos os quesitos, tanto nas fases criadas pelos desenvolvedores, os ingleses da Media Molecule, quanto nas fases criadas pelos jogadores da comunidade.

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<p>O motor gráfico (<i>engine</i>) do jogo foi totalmente revisado e melhorado, e as mudanças são significativas. Os gráficos do jogo estão melhores, com efeitos de iluminação mais complexos, física aperfeiçoada e efeitos de partículas mais realistas. A nova engine conta ainda com mudanças que alteram completamente a forma de jogar LBP. O primeiro jogo era basicamente um jogo de plataforma, no qual se andava para os lados, com possibilidade de alternar entre três planos de profundidade. Não havia variação nessa fórmula. LBP2, por outro lado, trouxe novidades que tornam o primeiro jogo praticamente obsoleto.<br />
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A câmera do jogo, que mostra os personagens controlados, é agora altamente customizável. É possível posicioná-la da forma como quiser, girando-a e aproximando ou afastando o campo de visão. Isso permite que o jogo passe de uma aventura de plataformas para um jogo de corrida com visão isométrica (a câmera fica por cima da pista e acompanha o jogador sem mudar de ângulo; pense nos clássicos RC Pro AM, de Game Boy, ou Rock and Roll Racing do Super Nintendo), ou para um jogo com campo limitado e com ondas de inimigos na mesma tela, como o clássico Asteroids. É até possível usar as ferramentas para construir um jogo de tiro em primeira pessoa, com a arma apontada no sentido do jogador para a tela e inimigos que surgem das laterais, como em Duck Hunt.

 

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<div style=Essa é a principal inovação de LBP2: ele permite jogos dentro de jogos, e são tantas possibilidades que chega a ser desesperador saber quais jogar primeiro. Felizmente no menu dos jogos criados pela comunidade há uma seção "MM Picks", com os melhores jogos escolhidos e destacados pela própria Media Molecule, e já são centenas deles e a cada semana novos são adicionados. Além disso, há uma infinidade de filtros que podem ser aplicados à busca, permitindo que você escolha os critérios que quiser e realize sua pesquisa, que com certeza retornará muitas e muitas fases.

Atualmente há mais de 3,5 milhões de fases criadas pelos usuários, sendo a maioria delas (em torno de 2 milhões) originárias do jogo original. Como se não bastasse a enorme quantidade de novidades de LBP2, todas as fases de LBP podem ser jogadas em LBP2, sendo beneficiadas pela nova engine, o que torna o primeiro jogo, hoje, desnecessário. Basta ter a sequência para aproveitar tudo que a série oferece no PS3.

 

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Voltando às novidades do jogo, algumas novas ferramentas do Create Mode, o modo de criação de fases, são responsáveis pelo salto radical de possibilidades que LBP2 oferece em relação ao primeiro. A primeira delas é o Grabinator, um par de luvas enormes que permitem que Sackboy carregue e jogue objetos pelos cenários. Praticamente qualquer objeto pode ser carregado, inclusive outros jogadores. O Grapple Hook é uma arma de gancho, que permite que jogador se agarre em determinadas superfícies e atravesse obstáculos pendurando-se em uma corda. O Creatinator é um capacete que pode emitir qualquer objeto do jogo. Ele pode ser usado para disparar fogo, água, bolas de praia, foguetes, espinhos, ou seja, qualquer coisa.

Contudo, a principal adição é o Controllinator, uma espécie de Dualshock 3 virtual que pode ser totalmente customizado. Qualquer botão do controle real pode ser mapeado para alguma ação dentro do jogo, criando infinitas possibilidades. É possível, por exemplo, criar um jogo de corrida como já explicado anteriormente, e fazer com que o X acelere, o quadrado freie, o R1 atire algum projétil e L1 toque uma buzina, por exemplo. Outra ideia é um jogo de aventura/tiro, tal qual Dead Nation, por exemplo, em que cada botão atira um tipo diferente de munição.

 

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<div style=Outras adições importantes são os bounce pads, plataformas que impulsionam o personagem para cima, ou para os lados ou para baixo, dependendo de onde são posicionadas. Essas plataformas aliadas ao novo controle sobre a gravidade criam muitas novas possibilidades de jogo. Também foram adicionados Sackbots, robôs que podem ser vestidos como um Sackboy normal e que podem ser controlados por alguma lógica e atuar como parceiros de jogo, ativando switches para você, por exemplo, ou como inimigos, atirando algum objeto letal em você. Também pode-se usar um sequenciador musical completo, permitindo que o jogador crie músicas completas em MIDI. Falando em áudio, é possível utilizar um microfone e gravar a sua voz para ser usada na sua fase. Há também um sequenciador de cenas que possibilitam a criação de cenas não interativas (cutscenes) dentro do jogo, mostrando uma introdução ou finalização animadas para a fase, por exemplo. Com todas essas novas ferramentas o criador da fase pode explorar a própria criatividade e criar algo potencialmente épico.

As novidades não ficam somente dentro do jogo. A comunidade de LBP foi expandida com o lbp.me, um site integrado a LBP2 e que pode ser acessado por qualquer navegador web. Nele é possível logar com a sua conta da PSN e explorar as fases criadas pelos jogadores, ler a descrição delas, ver os últimos comentários e avaliações, ver as fotos tiradas nas fases e os rankings de pontuação e, principalmente, colocar essas fases em uma fila. Pode-se enfileirar quantas fases quiser, e da próxima vez que você entrar no jogo logado na PSN essa fila estará disponível e você poderá jogar todas as fases que havia salvo. É uma ferramenta sensacional, que permite que você conheça fases a qualquer momento e se lembre delas sem ter que anotar seus nomes e buscar por elas dentro do jogo.

 

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Assim como no jogo original, é possível fazer de tudo em LBP2 com um, dois ou três outros amigos, offline ou online. É possível jogar todas as fases do modo principal e também criar fases com outros jogadores. Fazer isso offline é ótimo, pois traz aquele espírito de cooperação e competitividade que só o multiplayer local traz. Jogar assim online, contudo, é um problema. O primeiro jogo sofria de lag severo em muitos casos, quando se jogava online, e muitas vezes era simplesmente injogável devido à lentidão. Esse problema infelizmente continua aparecendo. Eu encontrei diversos problemas ao jogar online: sejam desconexões súbitas e inexplicáveis, sejam fases que não carregam com uma mensagem totalmente vaga ("Failed to load level") e me separam dos jogadores com quem eu estava, dentre outros problemas. Quando o multiplayer online funciona, é ótimo, mas depois das experiências ruins que tive, prefiro sempre jogar as fases sozinho ou com algum amigo do lado.

LittleBigPlanet 2 é um ótimo jogo, não tenha dúvidas. Se você jogou o primeiro e gostou, vai se sentir em casa e vai apreciar as novidades. Caso não tenha jogado o primeiro, mergulhe de cabeça nesse. Agora, aqueles que jogaram o primeiro e não gostaram dele provavelmente não irão gostar desse. Apesar das novidades, LBP2 ainda é um jogo muito parecido com o original. A maioria esmagadora das fases continua sendo no estilo plataforma com movimentação lateral, e o pulo, que é muito "leve" e não agradou a todos no primeiro jogo continua o mesmo. LBP2 é um jogo monumental, com a imensa quantidade de conteúdo criado diariamente pela comunidade, mas que não muda a fórmula do original, em sua essência. Ele não é uma revolução, mas sim uma evolução, e muito bem vinda para aqueles que se interessam por ela.

Gostou da nossa análise? Fique ligado no Playstation 3 Brasil para a Semana Especial de LittleBigPlanet 2. Teremos um artigo com várias indicações de fases sensacionais que devem ser jogadas, no meio da semana, e o Trophy Guide do jogo no próximo sábado. Não perca!

Veredito

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