Hyperdimension Neptunia Re;Birth 1

Saber o que esperar de um jogo faz com que o aproveitemos mais, ao invés de ficarmos decepcionados com algo que o jogo não é. Em relação à série Neptunia, nunca espere gráficos bonitos, nem uma história complexa e emocionante ou sistemas altamente complexos e detalhados de batalha. A série se foca em ser um RPG mais simples e possui bastante humor, principalmente em relação às referências a outros jogos e no relacionamento entre as personagens.

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Re;Birth 1 é um remake do primeiro jogo, porém, com várias alterações. Portanto, os que jogaram o original (meus pêsames, a série melhorou muito a partir do segundo) terão uma experiência completamente nova com o remake. A premissa original permanece a mesma: quatro deusas lutam entre si por supremacia na guerra denominada Console Wars e cada uma é a governante de uma nação das quatro terras existentes: Planeptune, Lastation, Leanbox e Lowee. Qualquer semelhança com certos sistemas não é mera coincidência. O jogo começa quando Neptune, governante de Planeptune (Sega), é derrotada e perde suas memórias, fazendo com que a mesma saia em uma jornada para recuperá-las.

Já partindo dessa premissa clichê, é possível perceber que não se trata de uma história séria, apenas divertida. São várias as referências a séries famosas, personagens, acontecimentos, e que com certeza tirarão, no mínimo, um sorriso ou até mesmo gargalhadas de jogadores veteranos. Nada disso seria muito proveitoso se o resto do jogo, principalmente a jogabilidade, também não fosse agradável, e felizmente Re;Birth 1 é um pacote completo nesse quesito.

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O sistema de batalha é típico de um RPG de turnos e se baseia principalmente no terceiro jogo da série, Neptunia Victory, sendo possível customizar seus ataques e combos, além de se movimentar no campo de batalha dentro de certo limite. As batalhas têm um enfoque bem grande na posição dos aliados e inimigos, principalmente pelo fato que tudo possui uma área de efeito, podendo ajudar ou ferir um ou mais oponentes/aliados. Outra parte da estratégia é saber equipar e customizar seus personagens, e existem muitos sistemas para serem detalhados aqui. Basicamente, é possível determinar os combos de suas personagens, os equipamentos, discos que garantem habilidades especiais, duplas de suporte e ataque,etc. As possibilidades são inúmeras e é necessário certo domínio dos sistemas para enfrentar inimigos mais fortes ou dungeons secretas.

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O que há de novo nesse remake é o sistema de Planos, que basicamente consiste em um sistema de construção. Ache os itens necessários e será possível fazer novas “coisas”. Dentro dessas “coisas” estão equipamentos novos, itens, roupas, acessórios, monstros, dungeons, dificuldades novas, novos sistemas de jogo, desligar limitadores de danos, personagens, etc. Há uma infinidade de Planos e uma infinidade de itens necessários, e isso pode acabar se tornando maçante e cansativo, principalmente se o item que você precisa é raro. Esse sistema de Planos funciona como acesso aos extras do jogo e existe muito conteúdo extra para ser explorado fora da quest principal.

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Vale notar que Re;Birth 1 leva o reaproveitamento de assets a um nível artístico. A força do CRTL + C e do CRTL+ V é forte aqui, portanto, é bastante comum encontrar várias dungeons com os mesmos assets, diferindo apenas no mapa e no nível dos inimigos. Vários inimigos também são reaproveitados e você provavelmente irá enfrentar algumas variações de cores durante a aventura. É notável que tais assets foram originalmente criados em mk2 e, principalmente, em Victory, portanto, caso tenha jogado os anteriores, o sentimento de Deja-Vu será intenso.

 

Veredito

Finalizando, Neptunia Re;Birth 1 é um jogo recomendado para aqueles que simplesmente procuram um RPG diferente para o Vita. A história tem seus momentos de drama, mas é principalmente focada no aspecto do humor, especialmente direcionado aos fãs de videogames. A jogabilidade tem muito conteúdo a oferecer por causa dos Planos e aumenta drasticamente as possibilidades possíveis nas batalhas, além da vida útil do jogo. O sistema de batalha também tem customização e estratégia para manter os jogadores interessados pelo menos na duração da história principal e, se desejarem, muito além disso. Resumindo, Neptunia não será um RPG de destaque, mas aos que derem uma chance, provavelmente será um RPG a ser lembrado por suas gargalhadas e absurdidades proporcionadas.

 

Jogo analisado com código fornecido pela Idea Factory.

Veredito

85

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