htoL#NiQ: The Firefly Diary

htoL#NiQ: The Firefly Diary é um jogo que busca ser diferente trilhando caminhos arriscados. É um título sem igual, com um estilo artístico marcante e único, mas isso não significa que seja perfeito. Longe disso.

Vamos entendê-lo melhor: não é um jogo de plataforma, mas tem a aparência de ser. O verdadeiro gênero de htoL#NiQ (forma estilizada de dizer Hotaru no Nikki, que por sua vez quer dizer em japonês o sub-título do jogo) é puzzle. Você deve guiar uma pequena garota chamada Mion usando dois vaga-lumes distintos em dois mundos paralelos.

A história começa em 31 de dezembro de 9999. Uma pequena garota com amnésia chamada Mion acorda no fundo de umas ruínas de um mundo desolado. Para escapar do lugar, o vaga-lume Hotaru a guiará. Em seu caminho, Mion encontrará máquinas, vegetação incomum e corpos de crianças mortas.

O jogador controla o vaga-lume. A opção padrão é através da tela de toque, mas é possível configurar para controlar tudo com os botões e analógico. No “mundo da luz”, digamos assim, Mion seguirá o vaga-lume para a direção que você está a levando. Ou seja, ela andará para esquerda ou direita e subirá escadas caso você indique isso. Existem objetos que podem ser tocados por Mion e é preciso mostrá-los a ela.

Enquanto isso, há um mundo paralelo que chamaremos de “mundo das sombras”. Ao usar o painel traseiro do Vita (nos controles padrões), você pode controlar um vaga-lume roxo nesse mundo diferente. O jogo ficará pausado enquanto isso acontece. Esse vaga-lume roxo só pode andar pelas sombras dos objetos, mas ao achar algum ponto de interação é possível modificar radicalmente o cenário, como ativar uma ponte ou desmoronar uma parede.

Em seu caminho, Mion encontrará inimigos que estão no mundo das sombras. Você deve desviar deles ou tentar matá-los de alguma forma. Há também armadilhas que devem ser evitadas. Acredite: morte será algo comum em htoL#NiQ.

O gameplay básico, portanto, consiste em guiar Mion pelo mundo da luz desviando de armadilhas e inimigos. Quando possível, deve-se usar o vaga-lume roxo do mundo das sombras para de alguma forma abrir caminho. Tudo se resume a solucionar puzzles, inclusive os chefes.

E é aí que se encontra o principal problema de htoL#NiQ. Os puzzles não são óbvios e só possuem uma única solução. Ou seja, se você não solucionar o puzzle em que se encontra, não progredirá no jogo e ficará bastante irritado, pois não há dicas do que se fazer. Obviamente, da mesma forma, se descobrir o que deve ser feito existirá aquela sensação de recompensa. Mas acredite: os puzzles são totalmente dedicados às pessoas que gostam de desafio.

Vou tentar exemplificar com uma batalha contra um chefe (se você não gosta de nenhum spoiler pule para o parágrafo seguinte, mas adianto que não é tão crítico assim, pois o jogo possui inúmeros puzzles). Há três etapas em três andares diferentes. Os dois primeiros são bem óbvios o que deve ser feito, mas o terceiro é muito difícil. Após morrer mais de 50 vezes, descobri na sorte o que deveria ser feito: o chefe, no fim do percurso, abre a boca para comer Mion. Nesse exato momento você deve pausar com o mundo das sombras, ter acesso à parte superior (pois a sombra da boca permite isso agora) e derrubar o teto em cima dele. Falando isso agora parece bastante óbvio, mas imagine ao jogar: você explorará o cenário em todos os cantos possíveis e imagináveis e verá Mion ser devorada inúmeras vezes. Analise se você pensaria em pausar o jogo quando Mion está prestes a ser devorada. Digo que provavelmente que não, ainda mais por entrar em uma animação de quase morte, como se tudo estivesse perdido e nada mais poderia ser feito.

Portanto, de certa forma, htoL#NiQ é limitado, pois só existe a campanha para ser jogada e solucionada de uma única maneira. Isso sem contar que ela pode ser difícil e frustrante. Há colecionáveis no caminho que são fragmentos de memória e que exploram o passado de Mion, mas não há muito mais do que isso.

Outro fato que precisa ser mencionado são os controles. Usar a tela de toque é cansativo e irritante, pois Mion se move de forma muito devagar. Usar o analógico é muito mais fácil e melhoram as coisas, mas ainda assim temos certeza que vez ou outra você se irritará com a locomoção da personagem.

Veredito

htoL#NiQ: The Firefly Diary é um jogo bonito, porém limitado. Além dos controles que podem irritar, temos uma campanha composta apenas por puzzles. Se você empacar em um, ficará nele até descobrir como solucioná-lo – não existirá outro meio de evitá-lo. Se você é fã de desafios mentais, o jogo foi feito para você. Para pessoas que buscam se divertir e descontrair quando jogam, não o recomendamos.

Jogo analisado com código fornecido pela NIS America.

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