Hatsune Miku Project Diva X

Project Diva X reinventa o formato no qual se apresenta aos jogadores, enquanto mantém o excelente jogo de ritmo que os fãs já conhecem. A parte rítmica continua excelente, com algumas poucas modificações. Para os que desconhecem a série, a parte rítmica utiliza dos quatro símbolos dos console Playstation e do analógico, além de algumas mecânicas simples, como segurar e inputs duplos, para construir sua jogabilidade. Apesar de sua simplicidade, o tempo para pressionar os botões é muito bem sincronizado com a música e, nas dificuldades mais altas, o desafio e considerável, mesmo para os que já estão acostumados com outros jogos no gênero.

Project Diva X contém um total de 30 músicas, número consideravelmente baixo se comparado com os dois jogos anteriores da série, sendo que seis delas são “medleys”, uma música composta por trechos de várias músicas diferentes tocadas em sequência. Em compensação, todas as músicas são estreantes na série, mesmo para quem já jogou os títulos que ficaram no Japão e todos os DLCs até o momento. As músicas “clássicas” só aparecem dentro dos medleys e mesmo neles ainda existem algumas que nunca apareceram na série. Infelizmente, elas têm pouquíssima variedade em relação aos cantores, sendo que grande parte das músicas é cantada pela própria Miku e pouquíssimas são cantadas pelos outros Vocaloids.

Para os fãs que se interessam apenas na parte rítmica da série, essa é toda a informação pertinente para decidirem comprar ou não o título. Como dito anteriormente, as maiores diferenças em PDX está em sua apresentação e isso é demonstrado em absolutamente todos os aspectos do jogo.

O modo principal de jogo está nos Cloud Requests, que divide todas as músicas em cinco categorias e requer que o jogador consiga uma pontuação mínima. Ser bem sucedido na música garante novos acessórios e, caso um trecho da música seja bem executado, novas roupas também. No entanto, existe também a chance de virem acessórios e roupas repetidas, portanto conseguir todos os itens também é um processo que precisa de tempo e sorte.

Nesse modo principal, a pontuação do jogo de ritmo é chamada de Voltagem e todas as roupas e acessórios, que antigamente eram simplesmente cosméticos, garantem um bônus na taxa que o jogador obtém Voltagem, caso sejam da mesma categoria que a música. As roupas, em especial, têm um efeito próprio que sempre ficará ativo e consistem em ajudar o jogador, seja com pontuação ou em melhorar a chance de se obter novas roupas e acessórios e muitos outros. No final, a pontuação da música é repassada para a categoria e, após certo valor, novos desafios vão sendo liberados.

Devido aos modificadores na pontuação, Project Diva X também é um jogo muito mais fácil do que seus predecessores. Não é difícil obter a pontuação mínima requerida e é algo que possivelmente irá atrair mais jogadores iniciantes para a série. Veteranos não têm o que se preocupar, pois é possível jogar o “modo clássico” no Free Play, em que esses modificadores de pontuação não existem, e também há os modificadores de jogabilidade que deixam uma música mais fácil ou difícil (acelerar a velocidades dos inputs ou deixá-los voando aleatoriamente na tela, etc.).

Uma das mudanças de PDX é que os vídeos de cada música foram substituídos por concertos, trazendo uma experiência mais próxima dos shows ao vivo e também mais personalizável, no entanto, os concertos não têm o mesmo impacto e apresentação visual que os vídeos antigos.

Seguindo a idéia de concertos, é possível criar um medley e realizar o seu próprio festival. O festival consiste em três músicas escolhidas pelo jogador (exceto os medleys) que terão seus trechos tocados em seqüência. Baseado nesses festivais há o request mode, que são pedidos que os vocaloids fazem e essencialmente são festivais com pré-condições definidas.

Jogo analisado com código fornecido pela Sega.