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Danganronpa: Trigger Happy Havoc

Para começo de conversa, o que seria Danganronpa? Trata-se de uma série que fez muito sucesso no Japão por causa de sua história de mistério e sobrevivência, sendo comparada como o resultado de uma fusão das séries Phoenix Wright, Zero Escape e Persona.

A história começa quando Makoto Naegi é convocado para a escola Hope's Peak, uma instituição especial que recruta apenas estudantes prodígios do ensino médio. Os alunos são considerados os melhores em uma habilidade específica, como por exemplo, Ultimate Martial Artist e Ultimate Writer (melhor artista marcial e o melhor escritor, respectivamente). Makoto foi recrutado pela escola por meio de um sorteio, fazendo dele o Ultimate Lucky Student (estudante mais sortudo).

Infelizmente para ele, entrar na escola foi um grande azar….

Sortudo ?

No primeiro dia de aula, ao entrar nos portões da escola, Makoto desmaia e logo se encontra em uma situação de vida ou morte. Monokuma, o urso de pelúcia, prendeu Makoto e outros 14 estudantes e todos devem passar o resto de suas vidas dentro da escola em completo isolamento do mundo exterior. A única forma de escapar e retornar ao mundo exterior é por meio da graduação.

A graduação consiste em assassinar um estudante e fazer com que ninguém mais descubra seu crime. Se o verdadeiro culpado for descoberto, o criminoso será executado. Caso contrário, o criminoso sairá da escola e todos os outros estudantes serão executados. Então que começa um jogo de vida ou morte, traição e desespero que me fez ficar grudado ao Vita do começo ao fim.

Danganronpa é um pouco diferente de outras visual novels e utiliza de influências da série Persona e da série Phoenix Wright para criar algo único. Essencialmente, a jogabilidade pode ser dividida em três partes: Vida diária, investigação e julgamento.

Vida diária consiste em simplesmente conhecer melhor os outros estudantes, bastante similar aos Social Links da série Persona, efetivamente caracterizando melhor cada personagem além de seus esteriótipos. Isso me permitiu entender melhor os motivos por trás dos pensamentos e ações de cada indivíduo, fazendo com que eu me importasse com cada personagem e a situação extrema na qual se encontravam.

A versão de Vita (a versão original de PSP nunca saiu do Japão) ainda possui um modo especial que permite explorar melhor a Vida Diária. Como o cenário principal do jogo avança de maneira bastante rápida, isso tornava difícil (senão impossível) conhecer melhor cada personagem sem a necessidade de rejogar multíplas vezes o jogo inteiro. Esse modo é completamente separado do cenário principal do jogo e também possui um pequeno (e viciante) mini-game de coleta de recursos.

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Após um assassinato, temos a parte de investigação onde será necessário coletar pistas para descobrir quem é o verdadeiro culpado. Danganronpa utiliza de alguns sistemas bastante inteligentes para evitar que o jogador se perca ou fique caçando pixels até encontrar a pista correta. No mapa, é marcado com um “!” todas as salas que possuem algo de interesse e dentro de uma sala é possível identificar todos os objetos que são interativos. A investigação não costuma demorar muito e por causa dos sistemas acima, nunca chega a tornar-se cansativa.

E finalmente, o julgamento. O ápice de toda a discórdia, traição, dúvida e desespero, quando você é obrigado a duvidar de cada personagem com o qual já conviveu durante o jogo. Há um assassino no grupo e descobri-lo é uma questão de sobrevivência. Julgamentos surpreendem não só pelo mistério em si ser revelado, mas também da forma que o mesmo é revelado. Você irá duvidar dos personagens que você mais adora e irá odiar outros, só para eventualmente saber que todas as suas pré-concepções estavam completamente erradas.

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A jogabilidade dos julgamentos é similar a série Phoenix Wright. Utilize uma evidência para encontrar contradições até que se descubra a verdade por trás do incidente. O maior diferencial de Danganronpa é que as argumentações acontecem em tempo real, ou seja, cada argumento aparece apenas por um momento na tela antes de vir a próximo. Isso fez com que os julgamentos fossem minhas partes favoritas no jogo, pois tive que desenvolver um pensamento rápido para saber qual evidência deveria ser apresentada em qual argumentação. Isso sem contar que todo julgamento é imprevísivel, cheio de surpresas e reviravoltas.

Os julgamentos possuem várias mecânicas de jogabilidade e que são gradativamente introduzidas durante o jogo, tornando cada julgamento único, interessante e desafiador. Cada tutorial é bem explicado, portanto nunca me senti sobrecarregado conforme a complexidade de cada julgamento aumentava.

Meu único problema com os julgamentos é que alguns trechos não são muito claros. As vezes, a contradição é bastante clara, mas a forma de apresentá-la torna-se um problema. Isso pode ser frustrante, pois torna-se um caso de tentativa e erro ao invés de exercício lógico para se avançar na história.

Por causa dos personagens, dos julgamentos e do próprio mistério da escola em si, Danganronpa acabou tornando-se uma “obsessão” minha até que todos os mistérios fossem resolvidos. Eu não estava preparado para todas as surpresas da jornada e duvido que alguém esteja.

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Em relação a localização do jogo, os atores americanos fizeram um ótimo trabalho com as vozes. Nos melhores casos, a voz se adequa perfeitamente a cada personagem e no pior pode ser simplesmente classificado como “bom”. A NISA ainda incluiu a opção do aúdio em japonês que também é incrível.

A trilha sonora também merece ser um dos destaques, pois a mesma é composta por Masafumi Takada que já trabalhou em jogos como Killer 7, No More Heroes, God Hand, Fatal Frame IV e mais outra infinidade de jogos que você pode achar aqui. A trilha sonora é principalmente influenciada por música eletrônica e contém algumas músicas incríveis como Discussion – HEAT UP – e Thousand Knocks, além de várias outras. Eu adorei essa trilha sonora e recomendo que prestem atenção a variedade de músicas que o jogo possui.

Veredito

Finalizando, Danganronpa é obrigatório para todo dono de Vita. A história é envolvente e intrigante e a jornada até descobrir todos os mistérios do jogo é repleta de momentos incríveis e várias reviravoltas. Será difícil largar o Vita até que a história seja completada e até esse momento chegar, prepare-se para muitos momentos de tensão, dúvida, discórdia e desespero. Principalmente despero. Upupupupu.

Jogo analisado com código fornecido pela NIS America.

Veredito

90

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