Dando continuidade ao Especial Final Fantasy VII, hoje veremos um dos muitos spin-offs da série, Crisis Core: Final Fantasy VII.
CC: FFVII, lançado exclusivamente para o PSP, é um prequel de Final Fantasy VII, o que significa que os eventos do jogo acontecem cronologicamente antes dos passados em FFVII. CC: FFVII conta a história de Zack, um membro do grupo militar SOLDIER, pertencente à empresa Shin-Ra. Diferente do que costumamos ver em RPGs, o enredo não é sobre salvar o mundo de sua destruição eminente ou atos grandiosos. Tudo gira em torno de Zack e sua relação com amigos e membros do SOLDIER, como Sephiroth, Angeal e Genesis. Mas se engana quem pensa que encontrará um jogo monótono pelo simples fato de não ter que salvar o mundo. Tudo começa a ficar suspeito quando Genesis, um dos SOLDIER 1st class, deixa a empresa Shin-Ra sem motivo aparente e leva com ele vários outros soldados de classes mais baixas. Zack e Sephroth são então enviados para investigar a deserção em massa e logo se veem em um problema muito maior do que pensavam. O enredo ainda envolve diversas reviravoltas e com certeza manterá os olhos do jogador grudados na telinha do PSP.
Outra adição interessante ao sistema de batalha é o Digital Mind Wave ou DMW. O DMW nada mais é do que um conjunto de 2 dispositivos semelhantes a caça-níquel, um com imagens dos rostos de conhecidos de Zack e outro com números de 1 a 7, que giram durante a batalha. O rostos determinam quando e qual Limit Break será utilizado por Zack na batalha, enquanto os números determinam bonus como custo de MP zero, level up de materias ou até mesmo do personagem principal. Por exemplo: Caso 3 imagens iguais de Sephiroth apareçam no DMW Zack irá executar o Limit Break ensinado a ele por Sephiroth. Caso o número 7 apareça 3 vezes, Zack irá ganhar um Level. No começo parece um pouco complicado e leva algum tempo para se sentir confortável com o sistema, mas é uma adição significativa e bem vinda.
Um Final Fantasy nunca seria um Final Fantasy sem suas sidequests e com certeza sidequests não faltarão em CC: FFVII. No game elas têm o nome de Missions ou missões e são acessadas através do seu menu em qualquer Save Point. As missões normalmente consistem em matar um monstro específico no labirinto. Ao final de cada missão, o jogador é recompensado com itens ou materias que normalmente não são encontrados nas lojas do game. As missões são normalmente bastante curtas, sendo terminadas em aproximadamente 10 minutos, uma boa pedida para um jogo de um console portátil, dando a sensação de que o jogador cumpriu um objetivo, mesmo tendo jogado por pouco tempo.
É claro que nem tudo são flores em CC: FFVII. A câmera é um pouco teimosa e as vezes fica presa em alguma parede invisível, fazendo com que a exploração de ambientes pequenos seja um pouco complicada. As batalhas são iniciadas randomicamente, como em FFVII, porém apenas em locais pré-determinados, o que quer dizer que, com um pouco de jeito, o jogador pode passar pelo canto das áreas de batalha e conseguir não entrar em nenhuma. Para os mais tradicionais, o sistema de evolução de level pode não parecer o ideial. Em CC: FFVII, os levels são ganhos de forma aleatória através do DMW, bem diferente do velho esquema de experiência encontrado em boa parte dos RPGs.
Deixando os problemas de lado, CC: FFVII é um must have para qualquer um que se diga fã da série Final Fantasy, em especial de Final Fantasy VII. Seu sistema de batalha, o enredo rico de novidades e descobertas além de CG’s impressionantes, que tem a cara da Square-Enix , o tornam um game obrigatório para um maior entendimento do que acontece no mundo de FFVII.
Fiquem ligados para as próximas edições do Especial Final Fantasy VII. Nunca se sabe o que o futuro nos reserva! 😉