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Castlevania: Lords of Shadow 2

Castlevania: Lords of Shadow 2 é a continuação da saga “Lords Of Shadow” da franquia Castlevania. Os eventos do jogo seguem a cronologia dos 2 títulos anteriores, LOS e Mirror of Fate, portanto, se você não jogou nenhum, poderá ficar meio perdido no entendimento da história. Mesmo assim, existem recursos que auxiliam no entendimento de como tudo chegou ao ponto inicial do jogo, com cutscenes contando a história de Gabriel (Drácula) e lembranças de sua memória “apagada” surgem com o decorrer do jogo, clareando o entendimento do jogador.

A história gira em torno de Gabriel Belmont, agora Drácula. Drácula é tirado de sua reclusão por seu antigo “companheiro” Zobek, que o convoca para lutar contra uma sociedade secreta que pretende evocar Satã na era atual. E assim começa a saga de Gabriel Belmont.

O jogo é contado e jogado dentro e fora do castelo do Drácula, ao contrário de muitos títulos da franquia Castlevania. Ainda mais controverso é o fato de o jogo acontecer também na era atual, ou seja, ver Drácula em um mundo tecnológico pode ferir a nostalgia de jogar Castlevania em ambientes medievais. Isso é algo amenizado por você alternar entre os dois mundos do jogo: a era atual e o castelo em que Drácula é o rei de todos os seres. Portanto, você verá Drácula lutando contra cavaleiros de armadura e criaturas demoníacas, além de soldados “robóticos”, robôs gigantes e criaturas com metralhadoras. Parece algo meio caótico, mas as transições entre os mundos acontecem de forma natural na busca por seus objetivos e no desenrolar da história.

Graficamente, o jogo está muito bonito. Com gráficos excelentes, algo recorrente nos títulos de Lords Of Shadow para PS3, o jogo está mais bonito do que o primeiro. A diferença não é tão gritante quanto GT6 em relação a GT5, por exemplo, mas demonstra como o PS3 ainda pode nos proporcionar gráficos sensacionais, com cenários fabulosos, riquezas de detalhes e de luz e sombra.

Pela primeira vez, a série Castlevania tem uma versão totalmente legendada em português, com menus, textos, diálogos, etc. Tal como em LOS, o jogo conta com uma infinita quantidade de textos que explicam a história, seja através de pergaminhos (um dos tipos de colecionáveis) encontrados nos corpos dos soldados mortos em batalhas passadas, seja por meio de memoriais encontrados nos tempos atuais. A versão em português ajuda muito no entendimento dos textos, já que se trata de uma tradução invejável, com uma qualidade excelente.

Castlevania: Lords of Shadow 2 é um jogo de Ação – Aventura – Hack and Slash ao clássico estilo de God of War, com os clássicos ataque fraco, ataque forte, projéteis e combos, além de magias e poderes especiais. O jogo conta com um sistema de batalha intenso, com dezenas de inimigos (dependendo da dificuldade) em batalhas frenéticas e desafiadoras. Sem contar as excelentes batalhas contra chefes, em especial a batalha contra o último chefe… (não vou falar quem é). Vale a pena passar por todo o jogo para no final participar de uma batalha fantástica contra um inimigo extraordinário. Vale ressaltar que as batalhas contra chefes e “mini-boss” são um ponto à parte, ponto esse que a série Castlevania sempre acertou em cheio.

Para os que jogaram o primeiro LOS, verão que quase tudo em relação ao sistema de batalha, armas, golpes e magias, são teoricamente a mesma coisa. Foram adicionadas pequenas mudanças, como um mini-mapa, e algo mais relevante que é a câmera livre, já comum em qualquer jogo em terceira pessoa, mas não existente em LOS até então. As mecânicas de jogo estão muito familiares – praticamente nada mudou. Talvez tenham sido polidas para uma fluência maior, com a inclusão de um sistema de combos mais robusto, em que existe um esquema de porcentagem para que você evolua todos os golpes de cada arma. Isso estimula o jogador a criar diversos tipos de combos e sequências, evitando que fique preso a um único ataque ou sequência que tenha facilidade.

As magias do Vazio (magia azul), que é relacionada à vida, e a do Caos (magia laranja), que é relacionada à força, te dão aspectos e possibilidades diversas durante as batalhas, encontrando inimigos fortes e fracos contra cada uma delas.

O jogo conta com uma relação de 6 relíquias que ajudam (facilitam) e muito a sua vida no decorrer do jogo. São elas: Lágrimas do Santo, que recuperam totalmente sua vida; Demônio Aprisionado, que te dá poder do Vazio e do Caos infinito por um determinado tempo; Ovo de Dodô, que localiza colecionáveis; Talismã do Dragão, que é uma espécie de explosão extremamente poderosa; Relógio de Stolas, que faz com que os inimigos fiquem em modo “câmera lenta” ao serem golpeados; e Selo de Alastor, que libera todas as habilidades ainda não conquistadas por um determinado tempo. As relíquias desequilibram as batalhas, tornando Drácula extremamente poderoso em relação a seus inimigos, facilitando demais sua tarefa e alternando de forma muito aparente o nível de desafio, tornando uma batalha extremamente difícil (praticamente zerando o desafio citado anteriormente) em uma batalha simples e sem dificuldade.

Nesta continuação da franquia, os desenvolvedores introduziram mecânicas novas ao gameplay, porém, parecem ter sido introduzidas de forma forçada, talvez para justificar a inclusão de alguma novidade em um gameplay 90% igual ao título anterior. Isso não funciona no conjunto do jogo e do desenrolar da história, sendo um ponto muito decepcionante ver Drácula, o “Príncipe das Trevas”, se transformar em rato para passar por um soldado teoricamente indestrutível ou acessar uma área restrita. Outra novidade é a inclusão de uma espécie de “minigame” em que você tem que passar por determinados inimigos sem ser notado, um stealth pouco trabalhado e incluído meio que de qualquer jeito e sem justificativa aparente, já que os motivos dados pela história são jogados fora e você enfrenta esses mesmos inimigos logo à frente.

Em relação aos colecionáveis existentes, a produtora do jogo exagerou na quantidade e perdeu a mão nesse aspecto. Talvez para aumentar o tempo de gameplay (mesmo que só para coletar itens), um total de 189 colecionáveis distribuídos em 7 categorias. A retirada da possibilidade de alternar de qualquer cenário para qualquer cenário com mais facilidade tirou as informações de quais colecionáveis estão em cada mapa, dificultando consideravelmente a busca pelos itens. O sistema antigo, em que Gabriel alternava entre os mapas através de um livro, foi mudado e agora você joga de forma totalmente linear, não existindo telas de loading (telas essas que são maquiadas, através de áreas de transição) durante a campanha, apenas ao morrer você tem um pequeno tempo de loading.

Apesar da grande quantidade de colecionáveis, não existe nenhum escondido de forma absurda (como em Uncharted, por exemplo). Você provavelmente recolherá cerca de 60% deles sem nem mesmo procurar. Mesmo assim, a quantidade é um aspecto marcante e a dificuldade em transitar entre os mapas torna a tarefa extremamente maçante e cansativa. Durante a jogatina, você poderá desanimar em ir e voltar dezenas de vezes nos mapas só para coletar itens, já que, assim como em LOS, você encontrará muitos itens inacessíveis no começo, necessitando de uma habilidade a ser adquirida mais para frente para chegar até eles. O processo maçante e cansativo fica mais evidente conforme a quantidade de colecionáveis vai acabando e a relíquia “Ovo de Dodô” (relíquia incluída que mostra em seu mini-mapa onde determinado colecionável está) não te ajuda, já que ela não mostra a localização dos pergaminhos, apenas das gemas, altares e fechaduras.

Castlevania: Lords of Shadow 2 segue o caminho já consolidado na série, com a tentativa de inovar em alguns aspectos sem deixar a qualidade técnica visual e de jogabilidade de lado, mas não deixa de criar um “ato falho” nessa tentativa de introduzir novas mecânicas.

Veredito

Para os fãs da série ou de jogos ao estilo God of War, Lords of Shadow 2 é um excelente jogo de ação e aventura, com excelentes gráficos, jogabilidade fluida com controles muito precisos, possibilidades de estratégias de batalha e combos, e batalhas marcantes contra grandes chefes, além de uma série de challenges muito desafiadoras. A tradução é de qualidade muito acima da média vista em outros jogos, um ponto relevante que mostra respeito dos produtores com o público brasileiro e nossa língua. Ao contrário de todos esses aspectos positivos, a produtora pecou em alguns pontos ao tentar introduzir mecânicas que não agradam, em que nem mesmo é dado um motivo relevante para sua utilização, e um aspecto importante (principalmente se você é um caçador de troféus) é a quantidade excessiva de colecionáveis.

Jogo analisado com cópia física adquirida pelo redator.

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Carlos Oliveira Maciel
Carlos Oliveira Macielhttps://www.youtube.com/user/CalosMaciel
Apaixonado por videogames e tecnologia desde sempre, jogador de Atari, Mega-Drive, SNES, PS1, PS2, X360, PS3, PS Vita, XONE, PS4, PS VR, PS4 Pro, ONE X........ Fora o PC, os fliperamas e os videogames dos amigos....